Curso : Amamentar - O Mais Importante | Setembro Lisboa | E-learning

É um curso destinado e desenhado para quem quer promover a amamentação nas comunidades e apoiar mães que amamentam ou pretendem amamentar.

Os participantes no curso obterão conhecimentos baseados em evidências científicas, que lhes permitirá informar e apoiar as mães a amamentarem, tendo como resultado oferecer o melhor início a um maior número de bebés e a diminuição do número de mulheres que experienciam dificuldades.

Curso Presencial

Lisboa – Nos fins-de-semana de 12 e 13 de Setembro e de 19 e 20 de Setembro, das 9 às 18 horas.

Duração: 40 horas Preço: 150€

Cursos de E-Learning


Temos disponível um curso em modalidade de e-learning (em inglês).


Duração: 18 horas Preço: 100€


Para mais informações visite o site www.infosermae.pt


Telefone: 309 403 184

Telemóvel: 934 234 664

E-mail: amamentar@infosermae.pt

Corte do cordão umbical



Depois de ler aqui os comentários ao post sobre a criopreservação, concluí que deveria escrever algo sobre os procedimentos em torno o corte do cordão umbilical.

Como me fui habituando ao longo da gravidez, este é apenas mais um tema sobre o qual pouco ou nada sabemos.

Da mesma forma que as grávidas não podem cheirar flores ou comer uvas e que os bebés podem ficar cegos se a mãe não fizer a raspagem dos pelos púbicos (sim, diz quem sabe que se nascerem de olhos abertos e um pelo lhes entrar no olho podem ficar cegos), também o cordão umbilical tem que ser cortado com a máxima urgência logo após o nascimento ou .... ou ..... bem.... pelo menos em relação à raspagem sempre há a justificação de que pode causar cegueira... em relação ao corte apressado do cordão umbilical nem sei qual é a desculpa esfarrapada.

A verdade é que o recém-nascido recebe nutrientes essenciais ao seu desenvolvimento através do sangue do cordão umbilical.

De acordo com uma experiência relatada no Journal of the American Medical Association (Dra. Eileen Hutton, Universidade de Hamilton) os benefícios do retardamento do corte do cordão umbilical traduziram-se em melhores níveis de ferro no sangue das crianças o que levou a que estas crianças tivessem menos tendência a ter anemia entre os dois e os seis meses de idade.

Mas, se a anemia não é assim muito comum, aqui fica uma informação que pode por os cabelos em pé a muita gente: "Este procedimento também diminuiu os riscos de icterícia, uma patologia comum nos recém-nascidos, que se expressa na cor amarela da pele e do branco dos olhos."
(Bebé com Saúde)

A mesma revista científica (Journal of the American Medical Association) publica o estudo do professor Weeks cujas conclusões (resultantes da observação de 1900 casos de recém-nascidos), indicam que "se o cordão não for cortado logo após o parto, vai permitir a transferência de um volume de sangue equivalente a 21% do volume final no organismo do bebé".

Também o British Medical Journal (BMJ), publicou o estudo de Andrew Weeks - médico de obstetrícia e professor na Universidade de Liverpool - que "defende que manter o cordão umbilical durante mais tempo possibilita a transferência de sangue da mãe para o recém-nascido através da placenta, o que aumenta o nível de sangue rico em oxigénio a chegar aos pulmões do bebé e enriquece a percentagem de ferro no organismo deste." (DN - Agosto 2007)

O mesmo medico refere que retardar o momento do corte do cordão umbilical em casos de nascimentos prematuros ou de cesariana é mais complicado, devido à necessidade de intervenção médica que podem não se coadunar com a espera - mas que seria ainda mais proveitoso para estes bebés. (Diário Digital Agosto 2007)

A Organização Mundial de Saúde, integrou nas suas recomendações para o parto que se retarde o corte do cordão umbilical mas esta realidade ainda não se observa em todos os países. Em França verifica-se o corte do cordão em 90% dos casos ao passo que na Dinamarca apenas em 17% dos casos o cordão é imediatamente cortado. (DN - Agosto 2007) A que se deve esta disparidade? Porque é que, em nome da saúde, se uniformiza tanta coisa na U.E. (desde os utensílios para fazer queijo à forma como se serve o azeite em restaurantes) e nada se faz em relação ao que se relaciona com o parto? Não é de saúde que estamos a falar?

Há também outras questões associadas ao corte do cordão umbilical. É através do cordão que o bebé respira e se este for cortado precocemente estamos a dizer ao bebé que tem que começar a respirar de rompante, pelos pulmões, ou morre. Poucos segundos depois de nascer o nosso filho já sabe o que é a escassez e o medo porque lhe retiramos abruptamente a fonte de oxigénio. Se lhe dermos tempo, os pulmões começarão a funcionar lentamente até que o cordão deixa de ser necessário e deixe naturalmente de pulsar. Esta parece-me uma forma muito mais pacífica de vir ao mundo :)

Em Portugal, não me consta que exista um protocolo a especificar quantos minutos depois de o bebé nascer o cordão deve ser cortado e por isso, cabe aos pais solicitar que seja feito aquilo em que acreditam. É nisso que devemos apostar, devemos estar suficientemente informados para podermos solicitar aquilo que desejamos num momento tão importante como o parto. Esta opção parece-me mais viável do que entregarmo-nos, de braços abertos, a todos os procedimentos hospitalares a que nos queiram submeter.

Sei que, há quem pense que isto é soberba da minha parte e que os médicos "sabem o que estão a fazer" mas, veja-se que os procedimentos hospitalares variam consoante a equipa médica de urgência e não consoante a parturiente e o bebé que vai nascer. Será que esta não é uma informação suficiente para começarmos a questionar tais procedimentos?

Banco público de criopreservação de células do cordão umbilical

O Centro de Histocompatibilidade do Norte vai disponibilizar de forma gratuita as células do cordão umbilical doadas, a quem precisar.

A decisão foi anunciada pelo Ministério da Saúde no final de Junho e responde à lacuna nacional que denunciámos (Deco) em Abril, num estudo à criopreservação de células do cordão umbilical e serviços em Portugal, publicado na TESTE SAÚDE.

A aplicação de células estaminais ainda é limitada, mas há muitas esperanças na sua utilização médica em futuras investigações para várias doenças. O banco público permite o acesso de todos a estes serviços, através da doação de células do cordão umbilical. A amostra é inserida nas bases de dados mundiais, para ser usada por um doente compatível. Até agora, a criopreservação só existia no privado, em sete empresas no País. Na última análise aos seus contratos, detectámos cláusulas abusivas e exigimos regulamentação nesta área.

Por serem imunologicamente imaturas, as células do cordão umbilical têm menos probabilidades de rejeição após transplan­te do que as da medula. A potencialidade de se transformarem em células de diferentes tecidos é também maior. Por isso, surgiram, em vários países, bancos públicos para doações e/ou empresas privadas de criopreservação.

Fonte: http://www.deco.proteste.pt/servicos-de-saude/banco-publico-de-celulas-do-cordao-no-porto-s567641.htm

Foi publicado em Diário da República (DR), hoje, 2 de Julho, o Despacho n.º 14879/2009, do Gabinete do Secretário de Estado da Saúde, que determina a criação do Banco Público de Células do Cordão Umbilical nas instalações do Centro de Histocompatibilidade do Norte, combinando as funções assistenciais com a investigação.

O Banco Público deverá arrancar de imediato, uma vez que o Centro de Histocompatibilidade do Norte reúne equipamento e profissionais com a formação adequada. As colheitas e a actividade de criopreservação podem ter início logo que o Centro de Histocompatibilidade do Norte considere reunidas as condições adequadas.

A existência de um banco público de células do cordão umbilical permite colocar à disposição de todos os cidadãos células progenitoras hematopoiéticas, necessárias para a terapêutica de transplantação em determinadas doenças hematológicas, imunológicas ou outras.

O Banco Público aceitará apenas dádivas altruístas, que serão colocadas à disposição de todos os potenciais receptores, cumprindo, em matéria de princípios, de organização e de rigor técnico, todas as exigências da Lei n.º 12/2009, de 26 de Março.

O principal objectivo da colheita de células estaminais do sangue do cordão umbilical é, no momento presente, a transplantação, estimando-se que entre 1% e 3% dos espécimes criopreservados podem ser utilizados em cada ano com esse fim.

Por razões microbiológicas ou por limitações de quantidade e ou qualidade das células efectivamente disponíveis, apenas uma fracção das colheitas de sangue do cordão recolhido tem condições adequadas para a criopreservação, estimando-se a taxa de aproveitamento em 50%.

Pelo despacho, o Centro de Histocompatibilidade do Norte e a Administração Regional de Saúde do Norte deverão apresentar, no prazo de 60 dias, o plano de trabalho do Banco para os anos 2009, 2010 e 2011 e as necessidades de financiamento a ele associadas.

As mesmas entidades ficam incumbidas de apresentar, no prazo de 90 dias, uma proposta de enquadramento institucional futuro do Banco Público de Células do Cordão Umbilical, que assegure o adequado envolvimento das instituições científicas, permitindo aproveitar todas as potencialidades de natureza assistencial desta unidade, incluindo no domínio da investigação.

O despacho contitui, como parceiros, o Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto, o Instituto de Biologia Molecular e Celular e o Instituto de Engenharia Biomédica, adicionando que podem ser consideradas outras instituições universitárias e, mesmo, parceiros de natureza privada.

Para saber mais, consulte:

Despacho n.º 14879/2009. DR 126 SÉRIE II de 2009-07-02 - Adobe Acrobat - 231 Kb
Ministério da Saúde - Gabinete do Secretário de Estado da Saúde
Determina a criação do Banco Público de Células do Cordão Umbilical nas instalações do Centro de Histocompatibilidade do Norte

Fonte: http://www.portaldasaude.pt/portal/conteudos/a+saude+em+portugal/noticias/arquivo/2009/7/banco+umbilical.htm

Preparar o parto e a epidural: Somos obrigadas a aceita-la antes do parto?

A data vai-se aproximando e pensei que ia ficar nervosa mas estou mesmo muito tranquila. Sinto que tenho toda a informação de que necessito para preparar o parto e a vinda do Sebastião. Para o parto em si, acabei por concluir que só necessito de algumas informações importantes:

- Confio em mim e na capacidade do meu corpo para parir;
- Confio na vontade que o meu filho tem de nascer;
- Confio nas pessoas que escolhi para me acompanharem neste momento e na sua capacidade para me ajudar;
- Dor não é sofrimento.

Toda a gente e diz que, durante o parto, esqueceu tudo o que aprendeu. Assim sendo, cheguei à conclusão que é melhor reduzir a informação ao mínimo, eliminar as técnicas simples ou complicadas e confiar.

Lembro-me de ensinar muitas vezes aos meus alunos que para trabalhar problemáticas novas devemos utilizar metodologias conhecidas e para metodologias novas, temáticas conhecidas. Ora bem, o parto é de facto uma experiência nova e por isso nada como deixar o meu corpo e a minha respiração seguirem ritmos instintivos, que lhes sejam, ainda que eu não tenha consciência disso, conhecidos.

É com estas ideias em mente que tenho passado os últimos dias. E foi com elas que fui à consulta de anestesia na Magalhães Coutinho. Perguntaram-me se conhecia a epidural, se já tinha lido sobre o assunto e se tinha dúvidas. Eu lá disse que não tinha dúvidas e a médica ficou muito espantada. Imagino que para uma médica anestesista que passou a vida a estudar sobre o assunto, chegar uma leiga e dizer que não tem dúvidas sobre a epidural seja uma verdadeira afronta mas, enquanto parturiente, eu realmente não tinha dúvidas.

Ela reformulou a pergunta e saiu-se com um antipático "Então o que é que sabe sobre a epidural?"
- Expliquei que sabia que era algo que gostaria de evitar se assim fosse possível.
Foi o descalabro total. A senhora riu de sarcasmo, disse que nem escrevia uma coisa dessas na ficha pois os colegas, se sabem que eu disse que não quero epidural "depois não lha dão nem que mude de ideias!!!!!".
Esclareci que não disse não querer a epidural, mas sim que "era algo que gostaria de evitar se fosse possível!!! "mas não adiantou, o sarcasmo continuou, a senhora estava mesmo ofendida e não parou de dizer que não me iria oferecer uma técnica que não dominava completamente e que eu nunca iria conseguir sem epidural.

As palavras de elento e encorajamento para o parto que esta senhora me dedicou foram, entre outras, "não consegue", "não vai ser capaz", "vai-se arrepender" ao que retorqui que "gostava de tentar para perceber se consigo" mas fui imediatamente calada com um "de certeza que não consegue!"´e ainda "nunca teve um filho, não sabe!".

O tom de ameaça, superioridade e sarcasmo estive presente em toda a conversa. Ameaça??? Se realmente a epidural é o melhor para mim e para o meu filo não haveria formas mais eficazes de mo demonstrar sem ser através da ameaça?

Terminamos com um "vá para casa ler sobre a epidural"! e mandou-me assinar um papel a autorizar intervenções médicas não especificadas porque, segundo ela, no dia "tem tantas dores que nem consegue assinar".

Na ficha hospitalar escreveu "Ficou de pensar se quer epidural".

Eu gostaria de poder pensar se quero epidural depois de começar a sentir as dores. Como é que posso decidir agora se quero ou não algo que não sei se vai ser necessário? Até do ponto de vista das despesas publicas faria mais sentido darem a efpidural às mulheres que realmente necessitam dela (como recomenda a OMS) e não "obrigarem" toda a gente a submeter-se ao mesmo "ritual".

Diz ainda a senhora que com a epidural posso aproveitar muito melhor o meu parto, posso aproveitar melhor o meu filho porque estarei alerta para "fazer força quando mandamos, parar de fazer força quando mandamos e o parto será mais fácil para toda a gente". Mais fácil para a equipa médica que tem uma paciente calma e talvez mais fácil para mim naquele momento porque tenho menos dores mas não estou certa de que seja mais fácil para o meu filho nem para mim no pós-parto.

É verdade que nunca tive um filho mas também é verdade que não é a Drª Anestesista que vai parir. Penso que isto nos dá, no mínimo, uma situação de empate quanto às expectativas a ter sobre o meu parto.


Daqui a uns dias até posso ser a primeira a gritar por uma epidural mas agora, depois de muito ler e me informar, gostava de poder optar.

Felizmente, como dizia no início do post, estou tranquila em relação ao parto. Se assim não fosse, teria saído da Magalhães Coutinho aterrorizada e certa de que nunca conseguiria, não seria capaz, de por o meu filho no mundo.

Bebés du Monde

O Centro Nacional de Investigação em Ciências Sociais (CNRS) em França, compilou trabalhos de antropólogos, geógrafos, sociólogos, etnólogos, pediatras e muitos outros cientistas sobre os a relação entre o contexto social e a forma como cuidamos dos nossos bebés.

É muito interessante verificar que partindo da mesma necessidade, i.e., dar o melhor aos nossos bebés, cuidadores de todo o mundo encontram soluções radicalmente diferentes. É também interessante como o conhecimento de como se faz do outro lado do mundo, nos predispõe a repensar os conhecimentos adquiridos no mundo ocidental, nas últimas décadas. Basta ver o sucesso de práticas como enfaixar o bebé, transporta-lo num pano ou massaja-lo.

Como resultado do trabalho destes investigadores, temos uma série de maravilhosos álbuns de fotografias e documentários sobre a temática. Tudo muito bem documentado e com textos explicativos de cada um dos "rituais" descritos. Acima de tudo, muito inspirador

Vale mesmo a pena espreitar este trabalho.


O livro acima vende-se na FNAC mas 12 euros mais caro do que na internet

O DVD está disponível em vários sítios on-line, consultar aqui

Baby wrapping

BABY WRAPPING, trata-se de "embrulhar"/ "enfaixar"o bebé para que este se sinta mais tranquilo e tenha sonos mais profundos.

Esta técnica, para além de acalmar o bebé de forma quase instantânea, pode ajudar a diminuir o síndroma da morte súbita pois faz com que o bebé fique sempre deitado de costas.

Dicas e conselhos:
- os bebés podem ser "embrulhados" desde que nascem até que consigam rebolar;
- para bebés que não gostem nada de ser embrulhados, um saco de dormir também é uma boa opção. Há quem defenda que todos os bebés gostam de ser embrulhados pois é dessa forma que estão habituados a estar no útero materno (vídeos muito esclarecedores sobre o assunto, aqui).
-Não se deve "embrulhar" bebés que partilham a cama com os pais sob risco de sobre-aquecimento;

- No verão, por baixo da faixa, vestir apenas uma camisola de alças e a fralda (para quem usa fralda);
- No inverno, vestir roupas leves para evitar o sobreaquecimento. Não vestir lãs e malhas polares;
- Cuidado para "embrulhar o bebé de forma a que a sua nunca fique coberta nem corra o risco de vir a ficar coberta;

Como "embrulhar o bebé"? Há mil e uma formas, o vídeo acima referido explica uma delas muito bem.

Bons sonhos!

Adaptação livre de: http://www.abc.net.au/parents/parenting_in_pictures/wrapping_newborn.htm

Babywearing

Family in Guatemala 4
upload feito originalmente por goacego1.
Por todo o mundo encontramos as mais diversas formas de transporte de bebés bem juntinho às suas mães.

No flickr há uma galeria muito especial que nos mostra fotos desta enorme diversidade.

Todos podemos contribuir para este maravilhoso arquivo acedendo a:

Ethnic baby carriersEthnic baby carriers

BABYWEARING - Trata-se do transporte do bebé junto ao corpo

Retiro para casais Grávidos | 18 a 20 Setembro 2009 | Arraiolos

Porquê fazer um Retiro de Casais Grávidos?

Acolher uma nova vida, começa antes mesmo de ela nascer...

Porque acreditamos que as tomadas de decisões devem ser feitas com base em informações correctas e actualizadas, e que não é apenas no fim da gravidez que devemos pensar em como gostaríamos que fosse a chegada deste novo ser que se gera...

Neste Retiro pretendemos que os Casais encontrem sobretudo tempo para se reunirem e falarem sobre as decisões que se impõem com a vinda de uma nova vida...

Que encontrem espaço para partilhar os seus receios, as suas dúvidas... E que junto com outros casais, numa troca de experiências, encontrem respostas e caminhos...

Aproveitando ainda para usufruírem de um fim-de-semana a 3 (pai, mãe e bebé)


Quem deve fazer o Retiro?

Todos os Casais que se encontrem grávidos entre as 20 e as 34 semanas de gestação, que sentem que a preparação para o nascimento é algo que deve ser vivido a 3 (mãe, pai, e bebé), que procuram algo diferente ou que não conseguem conciliar os seus horários... Todos os Casais que acreditam que receber uma nova vida, é muito mais do que escolher o enxoval...

Em que consiste este Retiro?

Este retiro, envolve a preparação para o Nascimento e Parentalidade onde vão ser abordados os temas da Gravidez, Nascimento, Pós-Parto, Parentalidade e outros temas Gerais relacionados com este momento.

Neste retiro ensinaremos os pais a fazerem massagens às grávidas, e teremos a oportunidade de fazer alguns exercícios que permitem o alívio de determinados desconfortos naturais da gravidez, parto e pós-parto.

Pretendemos dar as ferramentas necessárias para que os Casais, posteriormente, possam tomar decisões conscientes.

Qual o conteúdo programático do Curso de Preparação para o Nascimento e Parentalidade?



Gravidez
Evolução; Exercícios; Alivio de desconfortos; Cuidados gerais


Nascimento
Fisiologia do parto; Rotinas hospitalares; Evidências científicas;
Recomendações OMS; Alivio da dor; Plano de parto


Pós-Parto
Recuperação; Exercícios; Cuidados gerais; Babyblues; Depressão pós-parto


Parentalidade
Amamentação; Vínculo afectivo ; Cuidados Recém-Nascido;
Seg. infantil; Puericultura; Actividades p/ bebés


Geral
Lei de protecção à maternidade/paternidade;
Mala Maternidade; Papel do pai; Sexualidade, etc


Para além deste conteúdo, iremos ter exercícios e meditação para casais


Onde e quando vai ser o Retiro?

O Retiro será no fim de semana de 18, 19 e 20 Setembro 2009. Será no Distrito de Évora (arraiolos), numa moradia com piscina. (onde também vamos fazer alguns dos exercícios, se o tempo assim o permitir)...

Como posso receber mais informações e/ou inscrever-me no Retiro?


Podem contactar uma das organizadoras:

Bárbara Correia - 927181198
Mãe de 1 filhote lindo
Educadora Perinatal

Conselheira em Aleitamento Materno

Professora Ginástica Acrobática
Professora Yoga para bebés
Professora Ginástica para bebés


Patrícia Paiva - 968795188
Mãe de 1 filhote lindo
Educadora Perinatal

Conselheira em Aleitamento Materno

Professora Ginástica para bebés


Se desejar receber um folheto com mais informações envie um mail para:
prep.nascimento@hotmail.com

Não hesitem em contactar-nos...

Patrícia Paiva & Bárbara Correia
Educadoras Perinatais
Conselheiras em Aleitamento Materno (OMS/UNICEF)

http://prep-nascimento.blogspot.com/

Workshop Gratuito sobre Amamentação | 29 Agosto | Feira do Princípe Real, Lisboa

Cantinho da AmamentaçãoObjectivos:
- Promover um bom início da relação mãe/bebé através da amamentação;
- Facultar informação precisa e actualizada sobre a amamentação;
- Capacitar as grávidas e/ou mães a tomarem decisões de forma informada;
- Incutir confiança às mães;
- Ajudar as participantes a esclarecerem as suas dúvidas;
- Ajudar na prevenção de problemas;
- Capacitar as mães a ultrapassarem as dificuldades que possam surgir no decorrer do aleitamento materno.

Estrutura da sessão:
- Amamentar, a norma biológica vs os perigos do aleitamento artificial
- Vantagens do Aleitamento Materno
- Fisiologia da lactação
- Orientações
- Esclarecimento de dúvidas

Data: 29 de Agosto, às 11 horas
Local
: Feira do Princípe Real, Lisboa
Destinatários: Grávidas/casal; Mães/casal ; Avós; Público em geral
Inscrições
: info@infosermae.pt (Consultora de Lactação: Doula Cristina Pincho)

Informação retirada do blog Feira do Princípe Real.


Via Rituais Maternos

Relembrando o encontro "Crianças em Acção" de 8 de Agosto


No encontro "Crianças em Acção de 8 de Agosto" contamos com as instalações da junta de Freguesia da Graça e decidimos reunir à sombra de uma árvore no seu jardim.

Estivemos com a Doula Sara Almeida (http://www.maeparamae.com/) e conversamos sobre temas muito diferentes:

O que leva uma mulher a ser doula (http://doulasdeportugal.blogspot.com/)? A Sara explicou que, geralmente existem dois caminhos muito distintos: por um lado temos mulheres qe tiveram experiências de parto algo traumáticas e/ou que fugiram do seu controle e que se esforçam para ajudar outras mulheres a não passar pelo mesmo; por outro lado temos mulheres que tiveram experiências de parto muito intensas e graificantes e que querem ajudar o máximo possível de mulheres a ter uma experiência parecida com a sua.

Como curar candidiase e o Streptococcus B? A Sara explicou que se pode ingerir alho cru diariamente e colocar alho na vagina durante a noite. Para aliviar o ardor, a utilização de yogurte natural, aplicado localmente, é muito eficaz. Falou-se também no Streptococcus B (http://pt.wikipedia.org/wiki/Streptococcus). Esta bactéria encontra-se no organismo materno apenas transitoriamente e é inofensiva para a mãe mas pode causar infecções no recém-nascido. O seu diagnóstico realiza-se a partir das 34 semanas de gravidez e é possível a sua cura com a utilização de alho e medicação homeopática. Em alternativa a medicina convencional oferece-nos penincilina intravenosa durante o parto o que pode ser um problema para quem faz alergia a este medicamento e/ou quem não pretende qualquer tipo de medicalização no parto.

Conversamos também sobre a possibilidade de criar um bebé sem fraldas através da comunicação eliminação. Ainda a Sara falou-nos no facto de os bebés actualmente utilizarem fraldas durante muito mais tempo do que o necessário e de como se pode incentivar um bebé a andar livremente sem fralda, especialmente se for verão. A Ana Telhado (outra participante) também partilhou a sua experiência de não utilização de fraldas com o seu filho de 7 meses. A não utilização de fraldas desde o primeiro dia de vida tem sido muito debatida nos países anglófonos e existe já o movimento Diaperfreebaby.org, uma rede de apoio aos pais que praticam a comunicação da eliminação com os seus filhos.

A comunicação eliminação consiste em interpretar os sinais dados pelo bebé quando deseja fazer as suas necessidades fisiológicas. Para tal é necessário uma proximidade muito grande com entre cuidador e bebé (mais uma das componentes da attachment parenting que cooca a tónica no que é importante para o desenvolvimento saudável do bebé e não no que é mais cómodo para os pais).

A comunicação eliminação é um nome complicado que se dá à forma mais natural que existe de lidar com as necessidades fisiológicas de um mamífero humano. Tem como benefícios o estreitamento de laços entre cuidador e bebé, o facto de o bebé aprender mais cedo a utilizar os seus músculos, não ficar sujo, não ter assaduras, não estar em contacto com plásticos e produtos químicos. Este método é também muito económico e ecológico. Como desvantagens as mães presentes no encontram o facto de nem sempre se ser rápido o suficiente para colocar o bebé no pote o que deixa muitos "xixis" pela casa e o facto de no inverno estar muito frio para o bebé estar nú da cintura para baixo (a forma mais fácil de atingir bons resultados pois quase nunca há tempo de libertar o bebé de todas as molas e atilhos das suas roupas).

Para facilitar a não utilização de fraldas, Cátia Maciel falou na possibilidade de se cortarem os bodies mais antigos um pouco abaixo da cintura (e assim não ter que os desapertar e apertar constantemente) e nas chamadas babyslegs http://store.babylegs.com/ que permitem manter as pernas do bebé quentinhas sem ter que o vestir e despir constantemente.

Conversamos ainda sobre o facto de existirem em Portugal poucos livros sobre educação intuitiva, parto natural, ecologia e bebés.

A Cátia e a Tiff partilharam os livros que lhes tem servido de inspiração:
- " Infant Potty Training: A Gentle and Primeval Method Adapted to Modern Living" (http://www.pottytrainingconcepts.com/1888580240.html)
- Our Babies, Ourselves: How Biology and Culture Shape the Way We Parent(http://www.naturalbirthandbabycare.com/our-babies-ourselves.html)
- Continuum concept (http://www.continuum-concept.org/)
- Parto na água
- Birthing from within (http://www.birthingfromwithin.com/)

Infelizmente ainda não temos nenhuma destas obras com tradução portuguesa.

Durante todo o encontro esteve em exibição o filme "The happiest baby" (http://www.thehappiestbaby.com/) que nos fornece técnicas preciosas para que os nossos bebés se acalmem e parem de chorar de forma simples e natural.

Os artigos do mercadinho de trocas ficaram na Junta de Freguesia para serem distribuídos à população que deles necessitar.

O próximo encontro será em Setembro, em Benfica, brevemente teremos novidades.

Website e Fórum do "Movimento Crianças em Acção": http://gaia.org.pt/criancas
Comenta, questiona, PARTICIPA!!!!

Como fazer o meu sling?

Depois das fraldas reutilizáveis dediquei-me às pesquisas sobre slings.

É perfeitamente possível costurarmos os nossos próprios slings e para tal aqui ficam as informações que, até ao momento, considerei mais importantes.

Para saber quando, porquê e como utilizar o sling basta consultar o Blog das Matrioscas e o Site e Blog da empresa O tecido e a estampa. Está tudo muito bem explicado, com imagens, vídeos e tudo o mais!!!!!

A segurança dos Slings

A maioria dos slings que encontramos no mercado são de produção caseira e como tal não são testados da mesma forma que os produtos de comercialização em massa. Pelo que sei, não existem normas específicas para a fabricação de slings, pelo que, a sua compra e utilização deve ser feita com base na confiança que temos em que os produz e comercializa. O melhor é ter sempre o cuidado de verificar as costuras e o estado de conservação do tecido dos nossos slings para garantir que não vão deixar cair os nossos bebés.


Dicas para a confecção dos vários tipos de sling (Adaptado de Artes de Antigamente e de Laboratório de Ideias):
- A máquina de costura deverá ser capaz de costurar através de várias camadas de tecido;
- Quando se usa o sling, ambos os lados do tecido serão exibidos, portanto, procure um que não tenha um avesso feio ou costure dois tecidos, um na parte de dentro e outro do lado de fora;
- O tecido poderá ser de algodão ou uma composição algodão/poliéster; Também me agradam muito os pouch slings em malha polar para que os bebés fiquem muito quentinhos no inverno :)
- Criar um bolso incorporado no sling permite que este tenha mais utilidade;
- Fazer uma bolsa para guardar o sling aproveitando as sobras de tecido é também uma ideia prática e útil. A bolsa do sling pode ser utilizada, por exemplo, como porta fraldas;
- Escolha o tecido. Se usar tecido elástico certifique-se que a elasticidade é na largura e não no comprimento, pois isso iria alterar o tamanho do sling depois de feito;
- Antes de iniciar a confecção do sling, lavar o tecido e passa-lo a ferro porque se depois de confeccionad encolher pode já não servir.


Tipos de sling:

Sling de Argola
O Movimento sling seguro, no Brasil, aconselha que uma argola de sling suporte até 80 kg de tracção. Pode paracer exagerado porque os bebés são leves mas diz quem sabe que é a melhor forma de garantir alguma segurança.

Em nome da segurança, dizem-nos Las Cholitas que "Os Slings de argola, de uma vez por todas, não podem ser feitos com argolas de plástico, de cortinas de chuveiro, argolas metálicas para fabricação de bolsas, de latão, nem ARGOLAS SOLDADAS." O peso do bebé e o uso constante acaba por partir a maioria das argolas e as argolas soldadas acabam por rasgar o tecido do sling. O resultado acaba por ser o bebé no chão o que é mesmo muito perigoso.

Em termos de costura, as costuras que prendem a argola devem ser, no mínimo, 3 e reforçadas e no sentido transversal a faixa do sling. O tecido deve ser dobrado e depois costurado.

Os autores de O casulinho, explicam e demonstram através de imagens, o que não fazer nem utilizar quando se confecciona um sling de argolas.

Para saber tudo sobre materiais a utilizar e condições de segurança dos slings de argola basta visitar o Blog Sling Seguro

Tutoriais para confeccionar um sling de argolas, aqui (inclui tamanhos standard) e aqui (este é e francês)


Pouch Sling
Segundo as Matrioscas "O pouch sling é uma faixa de tecido com apenas uma costura côncava, sem velcro e sem argolas, ou seja, não tem ajustes e é feito de acordo com a medida de quem o usa. Também conhecido como tipóia, é o modelo mais prático de baby slings e de muito fácil adaptação. Basta colocá-lo e ele estará pronto para uso."

O pouch sling deve ser confeccionado de acordo com o tamanho de quem vai transportar o bebé. Geralmente os tamanhos adequam-se ao tamanho da t-shirt.

As medidas para o sling tiram-se na diagonal e do ombro à anca. Se estiver grávida meça pelas costas. Use uma fita métrica maleável de costureira.

Medidas e correspondência com tamanhos standard de slings aqui

Descrição detalhada de como confeccionar um pouch sling aqui

Só por curiosidade - Vídeo da Globo que, entre outras coisas, ensina a fazer Slings muito simples.



Dicas de costura para pouch slings aqui (em inglês e infelizmente não está em cm)
Mais perguntas e respostas sobre slings (nomeadamente medidas e tamanhos para quem os vai utilizar, aqui)

Medidas standard para a confecção de Pouch Slings aqui (em cm e inches)
1: Extra Small: 51 - 55cm
2: Small : 56 - 61cm
3: Medium: 62 - 66cm
4: Large : 67 - 71cm
5: Extra Large : 72 – 77cm


Vários métodos de fabricar slings em casa aqui

bebés sem fraldas ou comunicaçação eliminação

De uma hora para outra, os bebês e seus penicos invadiram o noticiário americano. Deu na "Newsweek", na "People", no "Boston Globe", na CBS, NBC e ABC, na capa do "New York Times" e no jornalzinho do meu bairro. Mães, pediatras, psicólogos, ecologistas e apresentadores de TV estão discutindo se os bebês devem ou não viver sem fraldas desde o primeiro dia de vida. O movimento Diaper-Free (Livre das Fraldas) começou a ganhar força nos Estados Unidos quando duas mães de Boston criaram, há dois anos, a Diaperfreebaby.org, uma rede de apoio aos pais que praticam com seus filhos a comunicação da eliminação (EC, na sigla em inglês). Para eles, os bebês são capazes de avisar quando precisam ir ao banheiro e os pais devem aproveitar a oportunidade para "dialogar" e dispensar a fralda.

"Se uma criança é capaz de algo, por que não deixá-la fazer? A EC traz benefícios para minha filha, que nunca fica suja, não tem assadura e aprende a usar seus músculos mais cedo, para minha família, porque economizo dinheiro e me comunico melhor com o bebê, e para o meio ambiente, porque produzo menos lixo", diz a co-fundadora da Diaperfreebaby.org Melinda Rothstein, de 31 anos, que é mãe de Hannah, de 8 meses, e Samuel, de 3 anos. Adepta do attachment parenting - ou criação afetuosa -, Melinda segue uma cartilha rígida de entrega aos filhos: Hannah, por exemplo, nasceu de parto natural em casa; dorme na cama dos pais; mama no peito; é imediatamente atendida quando chora; passou a maior parte de sua vida num sling - espécie de faixa que mantém o bebê junto ao corpo materno; está aprendendo a linguagem dos sinais com a mãe para se comunicar antes de aprender a falar; é tratada com homeopatia e, claro, usa o penico desde que nasceu.

A comunicação da eliminação é o mais novo e polêmico capítulo do attachment parenting. "Entendo que muitas pessoas fiquem chocadas. Depois de décadas de escolhas convenientes para os pais e ruins para os filhos, parar de usar fralda é uma grande mudança cultural, um retrocesso. Mas nem todas as invenções modernas são positivas. Preservativos e pesticidas não fazem o menor sentido para mim. Acho mais sensato olhar para as crianças e ver que a EC é uma oportunidade de aprender algo novo, revivendo um hábito antigo de cuidados com o bebê, anterior às fraldas", explica Melinda.

Como africanas e asiáticas

O movimento Diaper-Free é inspirado em mães de países da África e da Ásia que, sem outra opção, criavam as crianças sem fralda. Autora de dois dos três únicos livros sobre comunicação da eliminação nos Estados Unidos (" Infant Potty Training: A Gentle and Primeval Method Adapted to Modern Living" e "Infant Potty Basics: With or Without Diapers, the Natural Way"), Laurie Boucke é uma das pioneiras entre as mães americanas. Ela aprendeu o método com uma amiga indiana no início dos anos 80. "Eu usei o método convencional com meus dois filhos mais velhos, mas tive a oportunidade de fazer diferente com o caçula, que hoje tem 25 anos. Ele tinha três meses quando aprendi o infant potty training (treinamento de penico para bebê, nome que Laurie deu em seus livros para a comunicação da eliminação) e, depois disso, raramente precisou de fralda. Todo o processo foi ótimo e ele não teve qualquer problema psicológico. Mas, infelizmente, muitas mães na Ásia e em algumas partes da África estão começando a usar fraldas descartáveis, que agora são vendidas em qualquer esquina. Elas querem ser modernas, ocidentais", conta Laurie, que citou mães e bebês de tribos indígenas brasileiras em seu primeiro livro.

Comunicação da eliminação, higiene natural do bebê e infant potty training são péssimos nomes para o mesmo método, como as próprias mães do Diaper-Free admitem. "É algo tão natural para asiáticas e africanas que nem sequer tinha um nome. Aqui nos Estados Unidos, já ganhou três, mas nenhum deles traduz bem o que é a EC. Estamos em busca de um nome melhor, com uma palavra apenas", diz Melinda. O método parte de um princípio simples: os bebês demonstram que querem fazer xixi e cocô tão naturalmente quanto demonstram que querem mamar ou dormir. "Alguns bebês dão pistas claras, enquanto outros são mais subjetivos. Há os que ficam irritados ou choram antes da eliminação. Outros apenas se aquietam e ganham uma expressão tensa", indica Laurie.

Ignorar os sinais nos primeiros meses de vida pode significar mais trabalho depois, lá pelos dois anos, quando chega a hora definitiva de ensinar a usar o penico. Mas, para que as fraldas virem artigos dispensáveis na vida de um bebê recém-nascido, não basta prestar atenção aos sinais. A mãe precisa conhecer os horários do filho, estabelecer uma comunicação através de sons como "psss", seguir a intuição, ter o penico sempre à mão e jamais perder a paciência.

Quanto mais cedo começar, melhor. As defensoras do método aconselham iniciar o "diálogo" no primeiro dia de vida do bebê. "Existe uma janela de aprendizagem que vai do nascimento até os 6 meses. Começar nesta fase é muito mais fácil. Mas nunca é tarde. Fiz a comunicação da eliminação com meu primeiro filho quando ele tinha 8 meses. O mais importante é ver todo o processo como algo gostoso. O método não é um treinamento nem envolve punição. E a mãe precisa estar tranqüila para não provocar traumas no bebê", lembra Melinda.

A principal crítica dos opositores do movimento é quanto ao tempo. "Poucas mães têm disponibilidade para ficar o dia inteiro segurando um penico debaixo dos filhos. Eu acho que os métodos de livros como 'Toilet Training in Less Than a Day ' (Treinamento de Toilette em Menos de Um Dia) são mais realistas para a mulher de hoje", opina a pediatra Jenifer Gardner, do Georgetown University Hospital, de Washington. Talvez. Mas o fato é que, hoje, cerca de 2 mil pessoas de 13 países e 37 estados americanos estão inscritas na Diaperfreebaby.org. Elas tiram dúvidas e conversam sobre suas experiências em encontros mensais e fóruns online - só o Yahoo tem 58 sobre o assunto. São leitoras da revista de attachment parenting “Mothering” e compram penicos e roupas de baixo para crianças na EC Store, entre outras lojas online. Algumas se envolveram tanto que criaram sites para divulgar o método, como o Born Potty Trained. E a maioria leu os livros de Laurie Boucke ou Ingrid Bauer sobre o tema.

Freud complica

Mãe de cinco filhos, Elizabeth Parise fez EC com os dois últimos. Quando nasceu o caçula, Jack, ela descobriu a Diaperfreebaby.org. "Encontrei apoio e encorajamento nos encontros com outras mães. Hoje, consigo pegar de 50% a 90% do xixi com o penico e quase todo o cocô. E ele se sente mais confortável também quando tem gases e eu o levo para o penico. Sempre fica mais relaxado", conta Elizabeth, que acabou virando a Relações Públicas do movimento. A comunicação da eliminação é uma brincadeira para o menino de cinco meses: "Nós tentamos fazer com que esta seja uma experiência prazerosa", comenta a mãe, que usa calçolas de algodão orgânico ou de cânhamo no filho.

Nos encontros e fóruns, as mães novatas aproveitam para tirar dúvidas sobre "como fazer a EC com gêmeos", "como explicar a EC à minha sogra", "levar ou não levar o penico ao sair de casa com o bebê", "EC depois da licença-maternidade" etc... Inscrita nos principais fóruns sobre comunicação da eliminação na Internet, Laurie responde algumas questões: "Não existem regras fixas, o processo varia de bebê para bebê. Ao sair de casa, por exemplo, algumas mães preferem botar fralda em seus bebês, outras levam o penico numa bolsa e há ainda as que não se importam de usar banheiros públicos. Se a mãe trabalha o dia todo e o bebê fica com a babá ou numa creche, ela pode pedir para alguém botá-lo no penico algumas vezes por dia."

Assim como Laurie, Ingrid, a autora de "Diaper Free! The Gentle Wisdom of Natural Infant Hygiene", vendeu 50 mil livros pela Internet. Atualmente, ela faz palestras sobre comunicação da eliminação pelo país, enquanto Laurie procura mães dispostas a participar de uma pesquisa médica e um documentário. "Quando publiquei meu primeiro livro sobre o assunto, em 1991, a mídia não teve nenhum interesse. Graças à Internet, divulguei e vendi meus livros. E logo notei que a maioria das mães começa a fazer o infant potty training para ajudar o meio ambiente ou economizar dinheiro. Com o tempo, elas descobrem que os benefícios são bem maiores. Elas passam a ter uma relação mais próxima e comunicativa com seus bebês. O problema é que os pediatras ainda não falam sobre o tema nos consultórios. Então, nós estamos tentando mudar isso com uma campanha de conscientização", explica Laurie, que uniu forças com Ingrid e as mães da Diaperfreebaby.org.

Uma pesquisa da Academia Americana de Pediatria – a AAP - mostrou que a idade de deixar a fralda mudou nos últimos 20 anos. Até os anos 80 do século passado, as crianças aprendiam a usar o penico antes dos dois anos. Agora, cerca de 60% ainda usam fralda aos três. Culpa da descartável, que vai até o número 6 (para crianças até 15kg), e dos livros de psicologia infantil, que defendem a idéia de que cada criança tem seu tempo. Os que seguem a linha freudiana alertam: pais que competem para tirar a fralda dos filhos mais cedo podem transformá-los em adultos desorganizados e destrutivos e os que punem os filhos durante o processo criam adultos ditadores e fechados.

O resultado da pesquisa não parece incomodar os pediatras. O site da AAP recomenda tirar a fralda apenas depois que a criança completar dois anos. E garante que bebês com menos de um ano não têm qualquer controle sobre os movimentos dos rins e intestino. As mães do Diaper-Free discordam: "Toda vez que o bebê faz xixi, a mãe deve fazer um som, sempre o mesmo som, ou um sinal. O bebê vai associar o som ou sinal com a eliminação e, quando sentir vontade de fazer xixi, vai fazer o mesmo para você. Nós usamos "pss pss" para xixi e um som como "hmm hmm" para cocô. Nós também usamos o símbolo da linguagem dos sinais para penico. Nosso filho, de seis meses, sempre responde ao sinal de xixi. Ele senta no penico para brincar e não faz xixi até que a gente dê o sinal. (...) Eu agora rio quando leio livros sobre tirar a fralda que contêm o mito sobre bebês não terem controle dos esfíncteres urinário e anal… isto é claramente falso!", escreveu uma adepta da comunicação da eliminação em seu site pessoal, Free to EC!.

Na opinião de Laurie Boucke, o bebê terá controle antes dos seis meses de vida se começar a praticar cedo. "É verdade que recém-nascidos não têm controle muscular ou sistema nervoso desenvolvido para reter voluntariamente xixi ou cocô. Mas bebês podem relaxar imediatamente seus músculos com um simples comando se está quase na hora de fazer. Muitos médicos ao redor do mundo estão certos de que os bebês têm algum controle sobre seus músculos por volta dos cinco meses de idade. Isto acontece gradualmente se o bebê pratica", escreveu ela em seus livros.

Fralda de pano: ruim também

O processo é mais longo do que parece. Acidentes são comuns até que a criança complete um ano e meio. Para não perder tempo tirando as roupas, as mães americanas estão importando calças chinesas para bebês, que têm uma abertura entre as pernas. No lugar da fralda, a calçola de algodão orgânico ou cânhamo. A fralda de pano também é rejeitada pelo movimento Diaper-Free. "Quanto menos fraldas a gente usar, melhor. Não importa o tipo. Assim como a descartável, que demora 500 anos para se decompor, a de pano também usa recursos naturais para ser feita, limpa e decomposta, além de provocar assaduras", diz Laurie.

Um dos sites mais consultados pelas mães americanas, o DrGreene.com faz coro com a AAP no combate ao movimento Diaper-Free. Para os médicos do site, os pais só devem se preocupar em estabelecer uma comunicação por sinais com os filhos depois dos seis meses, quando chega a hora de ensinar a - antes esquisita e agora popular - linguagem dos sinais para bebês. Eles aprendem a fazer gestos para demonstrar que estão com fome, sede, dor de ouvido, com a fralda suja etc. E, segundo um estudo dos Institutos Nacionais de Saúde com crianças de oito anos, as que usaram os sinais antes das primeiras palavras são mais inteligentes do que as outras.

Nada como um teste de QI para convencer os americanos. Hoje, os principais pediatras do país consideram a linguagem dos sinais tão benéfica para a mente da criança quanto a amamentação é para o corpo. "Balançar a cabeça ou mexer a mão é muito mais fácil de aprender do que a intricada manipulação de lábios, mandíbula e língua necessária para dizer cada nova palavra. A coordenação de grandes músculos é aprendida antes da coordenação de pequenos músculos", diz o DrGreene.com, que recomenda o livro “Sinais - A Linguagem dos Bebês”, de Linda Acredolo e Susan Goodwyn, para pais de crianças com menos de três anos.

Para as mães do movimento Diaper-Free, a linguagem dos sinais e a comunicação da eliminação deviam andar de mãos dadas. Melinda explica: "Tanto uma quanto a outra facilitam a comunicação entre pais e filhos em estágios do desenvolvimento que costumam ser frustrantes para ambos. A linguagem dos sinais deve ser usada em conjunto com a EC, porque é mais simples para uma criança fazer um gesto do que imitar um som ao sentir vontade de se aliviar." Tem toda razão. Mas, diante de tantas tentativas de simplificar, o alívio nunca pareceu tão complicado.

Fonte: Adriana Maximiliano do Blog No Mínimo, via Acções provocativas

Lisboa | Meditação | À quarta" meditações activas Osho celebrando o movimento interno

Ciclo de Verão
"À quarta"
meditações activas Osho
celebrando o movimento interno

Convite :) para dançar a primeira de uma série de noites de Verão em Lisboa...

...esta 4ª-feira, dia 19 de Agosto, às 21h (novo horário) no Espaço Maaiana


As Meditações Activas Osho foram desenvolvidas com muita investigação, intuição e Amor por um Ser que ousou entender este maravilhoso estágio do ser humano... complexo, pleno de desafios e com uma necessidade imensa de se exprimir e de celebrar o seu potencial criativo.

Todas as 4as-feiras iremos propôr uma técnica de meditação activa diferente, surpresa! Traz a tua venda e prepara-te para viajar.

Ciclo de Verão "À quarta"
todas as 4ªas-feiras
às 21h (novo horário)
no Espaço Maaiana

contribuição:

7€ - Sessão
20€ - Mensal

Inscrições:
dancingzion@gmail.com www.dancingzion.org
96 908 43 59

Espaço Maaiana

Av. Duque de Loulé, 47 - 7º dto 1050-086 Lisboa

Corpo de Mulher, sabedoria de mulher - Dra. Northrup


Como o corpo feminino trabalha? Como é influenciado pelo externo/cultural e o interno/emocional? Como influi o passado sobre o presente? Quais são as enfermidades da mulher e como elas podem ser combatidas? Tudo isso e muito mais é ?Corpo de Mulher, Sabedoria de Mulher?, o livro que nos deu a conhecer a eminente e hoje mundialmente famosa ginecologista americana, Dra. Northrup. Um guia maravilhoso sobre a anatomia feminina, a saúde e os diferentes métodos para atuar contra as enfermidades. Um guia médico e holístico que aborda a saúde da mulher como um tudo e enfatiza a importância de cuidar não só do corpo, mas também da alma e nossas raízes; de fazer as pazes com o passado para olhar em direção ao futuro. O livro consiste de três partes:
- A primeira - do controle externo para o guia interior - fala da herança cultural, a inteligência feminina, o guia interior e o sistema energético feminino.
- A segunda parte é sobre a anatomia feminina, incluindo aqui as diferentes doenças e enfermidades associadas a cada área ou órgão.
- E na terceira parte fala dos passos para a cura integral ponto de vista alopático e holístico.
Também inclui um apêndice sobre a terapia hormonal substitutiva.

Em resumo - Corpo de Mulher, Sabedoria de Mulher é um guia indispensável para toda mulher que quer ser responsável e encarregar-se de seu próprio bem-estar integral, mas também para o homem interessado em entender um pouco mais sobre a fisiologia e psicologia feminina. Uma verdadeira obra-prima, uma Bíblia para as mulheres.
(http://www.netsaber.com.br/resumos/ver_resumo_c_3883.html)

Esta obra apresenta-se em dois volumes sendo a gravidez, parto e maternidade exploradas no volume 2.

Até ao momento só havia lido bibliografia em inglês e foi com alegria que recebi esta obra clara e sintética que de forma simples apresenta tudo aquilo em que acredito em relação à doença, à cura, à relação corpo/espírito e, claro, em relação à gravidez e parto.

É interessante ver uma médica obstetra questionar o facto de a gravidez e o parto serem tratados como uma doença. A autora questiona práticas rotineiras e invasivas como o descolamento das membranas, o rompimento da bolsa, a posição supina, a monitorização contínua dos batimentos cardíacos do feto, a falta de tempo para dar "tempo ao parto", a panóplia de intervenções médicas de que se reveste o parto hospitalar, a falta de consideração pelas mulheres e pela sua capacidade de parir, o afastamento do bebé para limpeza e "verificação", os banhos de bebés no pós parto, as incubadoras, luzes e aquecimentos artificiais. Em suma, o domínio da tecnologia e da ciência e as suas consequências nefastas em situações de baixo risco.

Expõe de forma fundamentada os malefícios - para mãe e bebé - de tais intervenções e a sua inutilidade sempre que se trata de uma gravidez saudável e um parto de baixo risco.

Aborda ainda a gravidez e o parto ao longo da história e relaciona-os com o papel da mulher nas nossas sociedades relegada para segundo plano e condenada a parir em sofrimento. A nossa herança cultural - ainda que inconscientemente - diz-nos que temos que ser salvas do parto pela ciência e pela tecnologia, diz-nos que a esterilização e anonimato de uma sala de partos nos liberta do pecado da concepção. O parto querce limpo, indolor e inaudível.

A obra Incluí ainda um capítulo sobre o consumo/absorção e cálcio e o consumo de leite de vaca e seus derivados.

Parto mitos e factos


São poucos os factos da vida envoltos em tanto mistério, medos e tabus quanto o parto. Talvez nem o sexo tenha sido tão mistificado, alguém aqui já ouviu falar de quem tenha medo de morrer de sexo? Ou de ter falta de líquido, cordão enrolado, bacia estreita para o sexo?

Quem já esteve grávida fartou-se de ouvir de amigos, parentes, conhecidos e até de desconhecidos sobre os grandes perigos do parto. Toda a gente parece ter uma história trágica a contar. São tantas histórias dramáticas que não consigo entender como é que as nossas cidades não estão povoadas de pessoas lesadas, plisadas, ressecadas e enroladas em cordões assassinos! Sem contar com mulheres alargadas e com incontinência urinária de último grau.

Qual é a grávida que não foi parada pela manicure, pela, pela cunhada da prima da vizinha para ouvir uma história tenebrosa sobre o bebé que bebeu água do parto, que chorou na barriga, que fez cocó no líquido amniótico, que secou de tanto que passou da hora, que tinha 30 voltas de cordão no pescoço, que teve um parto seco...?


Mito
Explicação
Facto
Falta de Dilatação
Muitas mulheres hoje em dia dizem que não conseguiram ter um parto porque tiveram falta de dilatação. Tecnicamente não existe falta de dilatação em mulheres normais. Ela só não acontece quando o médico não espera o tempo suficiente.
A dilatação do colo do útero é um processo passivo que só acontece com as contracções uterinas.
Bacia Estreita
Uma mulher com bacia estreita não teria espaço para a passagem do bebé.
Existem situações – não mais de 5% de todos os partos - em que um bebé é grande demais para a bacia da mulher, ou então está numa posição que não permite seu encaixe.
Tecnicamente é impossível saber se o bebé não vai passar enquanto o trabalho de parto não acontecer, a dilatação chegar ao máximo e o bebé não se encaixar.
Parto Seco
Um parto depois que a bolsa rompeu seria uma tortura de tão doloroso.
A verdade é que depois que a bolsa rompe o líquido amniótico continua a ser produzido, e a cabeça do bebé faz um efeito de "fechar" a saída, de modo que o líquido se continua a acumular no útero. Além disso o colo do útero produz muco continuamente que serve como um lubrificante natural para o parto.
Parto Demorado
Um bebé está em sofrimento porque o parto está a ser demorado
Na verdade o parto nunca é rápido demais ou demorado demais enquanto mãe e bebêé estiverem bem, com boas condições vitais, o que é verificado durante o trabalho de parto. Um parto pode demorar 1 hora como pode demorar 3 dias.
O Bebé passou da hora
O bebé teria como uma "data de validade" após a qual, se não nascer, ficaria doente.
Os bebés costumam nascer com idades gestacionais entre 37 e 42 semanas. Mesmo depois das 42 semanas, se forem feitos todos os exames que comprovem o bem-estar fetal, não há motivos para preocupação. Caso os exames apontem para uma diminuição da vitalidade, a indução do parto pode ser uma óptima alternativa mas, a ocitocina sintética não é a única forma de indução de um parto, apesar de ser a única solução apontada pelos hospitais ocidentais.
Cordão Enrolado em torno do pescoço
A explicação é de que o bebé se iria se enforcar no cordão umbilical
O cordão umbilical é preenchido por uma gelatina elástica, que lhe confere a capacidade de se adaptar a diferentes formas. O oxigénio chega ao bebé pelo cordão umbilical e vai directamente para a corrente sanguínea pelo que o bebé não pode sufocar por estrangulamento do pescoço.
Não entrou/não teve trabalho de parto
A ideia aqui é de que a mulher em questão tem uma falha que a impede de entrar em trabalho de parto
A verdade é que toda mulher entra em trabalho de parto, mais cedo ou mais tarde. Ela só não vai entrar em trabalho de parto se a equipa médica não souber esperar e se a operarem antes disso.
Não tem dilatação no final da gravidez
A explicação é que o médico fez exame de toque com 38/39 semanas e diz que a mulher não vai ter parto porque não tem dilatação nenhuma no final da gravidez.
Tecnicamente uma mulher pode chegar a 42 semanas sem qualquer sinal, sem dilatação, sem contracções fortes, sem perder o tampão e de uma hora para outra entrar em trabalho de parto e dilatar tudo o que é necessário. É impossível predizer como vai ser o parto por exames de toque durante a gravidez.
Placenta envelhecida
A placenta ficaria tão envelhecida que não funcionaria mais e colocaria em risco a vida do bebé
A ecografia não consegue avaliar exactamente a qualidade da placenta. A qualidade da placenta isoladamente não tem qualquer significado. Ela só tem significado em conjunto com outros diagnósticos, como a ausência de crescimento do bebé, por exemplo. A maioria das mulheres tem um "envelhecimento" normal e saudável de sua placenta no final da gravidez. Só será considerado anormal uma placenta com envelhecimento precoce, por exemplo, com 30 semanas de gravidez.



Curiosamente, a amamentação também tem uma maravilhosa lista de mitos e lendas, sempre no sentido de diminuir a confiança da mãe em sua capacidade.

Adaptação livre do texto original de Ana Cristina Duarte, Doula, Educadora Perinatal, Graduada em Obstetrícia pela USP Leste.
Texto original disponível em: http://www.partodoprincipio.com.br/conteudo.php?src=mitos&ext=html

Hormonas naturais versus hormonas sintéticas no parto

Em situações normais (não patológicas), o corpo produz tudo o que é necessário para que o parto seja um evento seguro, e a interferência nesse processo tem consequências ainda que a olho nu e de imediato possam não ser visíveis.

Mesmo sem receber informações sobre o que deve ser feito, sem ser "educado" para o parto, o corpo feminino será capaz de realizá-lo, da mesma maneira como realiza qualquer outra função fisiológica sem que haja necessidade de um comando racional para accionar esse mecanismo.


O obstetra francês Michel Odent, nos seus seminários, lança sempre a pergunta: "qual é a parte mais activa em uma mulher em trabalho de parto?" - o cérebro. É ele que comanda todas as contrações uterinas, a intensidade com que acontecem, o ritmo do trabalho; é o cérebro que accionará e liberará no organismo da mulher as hormonas que vão além do nascimento em si, agindo na transformação da mulher (e todas as outras fêmeas) em mãe.

Algumas hormonas actuam não apenas no nível físico, mas também no nível comportamental e emocional, como a prolactina, que activa a vinculação mãe.filho, ou as beta-endorfinas que criarão o laço de dependência e cuidado entre mãe e filho.

Sempre que - de forma arbitrária e desnecessária - se fazem intervenções médicas que alteram este processo natural, estamos a aumentar a probabilidade de ter partos difíceis, traumáticos e com sequelas comportamentais e emocionais que, muitas vezes, levam as mulheres, ainda que inconscientemente a depressões pós-parto, à ideia de que não são capazes de ser mães e/ou de cuidar dos seus filhos.

As hormonas sintéticas utilizadas para induzir ou acelerar o trabalho de parto, os analgésicos, epidurais ou mesmo as condições do local de parto como a iluminação forte, interferem com o desenvolvimento natural do trabalho de parto e interrompem a sequência hormonal fisiológica que é necessária ao mesmo.

Sendo verdade que a ocitocina sintética actua a nível fisiológico, acelerando o trabalho de parto, é também verdade que estas não se comportam da mesma forma que as hormonas produzidas naturalmente elo cérebro. As hormonas sintéticas tem uma acção isolada, não são reguladas de acordo com os processos fisiológicos do resto do corpo da mãe ou do bebé.

Quando é ministrada ocitocina sintética a uma mulher durante o trabalho de parto, o número de receptores de ocitocina no útero é reduzido pelo corpo para prevenir uma estimulação em excesso. Isso significa que a mulher tem maiores riscos de hemorragia pós-parto, pois sua própria libertação de ocitocina, crítica nesse momento para contrair o útero e prevenir a hemorragia, será inútil devido ao baixo número de receptores.

A ocitocina materna atravessa a placenta e entra no cérebro do bebé durante o trabalho de parto, agindo para proteger as células cerebrais fetais "desligando-as", e diminuindo o consumo de oxigénio num momento em que os níveis de oxigênio disponíveis para o feto são naturalmente baixos. A ocitocina sintética, não tem a capacidade de atravessar a parede placentária, e não atingirá o organismo do bebê.

Outro efeito da ocitocina sintética é que as contrações produzidas por podem acontecer muito próximas umas das outras, impedindo que o bebé se recupere da pressão sofrida pelo útero. Em condições normais, o cérebro da mãe libera a ocitocina por meio de pulsações, e como os
dois organismos – mãe e bebé - estão em comunicação durante o trabalho de parto por meio do fluxo sanguíneo comum, o cérebro conseguirá "ler" o nível de catecolaminas liberada na corrente sanguinea pelo bebé, regulando a intensidade e o ritmo das contrações de acordo com o nível
de stress vivido pelo bebé e pela mãe.

Os níveis de todas as hormonas presentes no momento do parto são regulados de acordo com o andamento do trabalho e do estado físico em que se encontra a mãe e o bebé. A alteração de um só elemento desestrutura toda essa delicada rede, cujas consequências se estendem
para o pós-parto, o aleitamento e a relação emocional entre mãe e filho.

Nos momentos finais da preparação do bebé para o nascimento, as
hormonas actuam para amadurecer os pulmões e regular o sistema termogénico (regulação térmica) do recém-nascido.

Durante o período pré-natal, o cérebro do bebé está mais vulnerável a danos irreversíveis e estudos indicam que substâncias ministradas por volta da hora do parto, mesmo em pequenas doses, podem causar efeitos colaterais na estrutura do cérebro e na química do recém-nascido que talvez não sejam claros até a idade adulta.

Os medicamentos ministrados à mãe entram imediatamente na corrente sanguínea e vão igualmente ao bebê, e alguns desses medicamentos serão absorvidos preferencialmente pelo seu cérebro. O tempo que se leva para reduzir em 50% o nível do medicamento da corrente sanguínea é muito maior no organismo do bebé após o corte do cordão umbilical. A buvicaína, por
exemplo (medicamento derivado da cocaína, usado como anestésico local), tem uma meia-vida de 2,7 horas no organismo adulto, mas cerca 8 horas em um bebé recém-nascido.

Os medicamentos utilizados em procedimentos de rotina nos partos continuam a agir no corpo da mãe e do bebé por horas após o parto, fazendo com que a mãe esteja sedada no momento de seu primeiro encontro com seu filho, e que o bebê nasça sob efeito dessas drogas, o que causa um imprinting químico no seu cérebro.

O imprinting previsto pela natureza para o cérebro do bebé neste momento seria aquele realizado pela ocitocina produzida pelo cérebro da mãe e do bebé durante um trabalho de parto
sem interferências.

Para que o trabalho e o parto aconteçam de forma ideal, algumas medidas simples podem ser tomadas, que permitem que o sistema límbico (parte primitiva do cérebro, comum a todos os mamíferos) faça o trabalho de produção das hormonas necessárias ao parto e ao imprinting no cérebro da mãe e do bebé.

O neo-cortex humano - que quando em ação impede o perfeito funcionamento dos comandos do sistema límbico, que comanda as funções fisiológicas previstas para o parto - é estimulado por luzes fortes, pela construção de um raciocínio por meio da linguagem, pelo frio (liberta adrenalina), e pela sensação de estar em risco. Evitar todos esses fatores é a condição básica para que o parto seja facilitado, e que o corpo coloque em ação o modelo fisiológico previsto para um parto seguro.

Adaptação livre do texto original de Letícia Koehler disponível em versão portuguesa (BR) em www.partodoprincipio.com.br

Dicas e tutoriais sobre fraldas de pano e toalhetes

Com o empurrão de uma amiga, la me animei para continuar a pesquisa sobre as fraldas de pano feitas em casa.

Algumas dicas:
- Fraldas de pano ou toalhetes para limpar os bebés devem ser confeccionados com tecidos que contenham absorventes e e mais naturais possível.
- os tipos de tecidos mais absorventes: Bamboo, algodão, cânhamo. Assim que conseguir indicações claras de onde comprar os materiais a bom preço, actualizo este post;
- O plástico da capa da fralda deve ser macio. O ideal será um tecido impermeável;
- A flanela é um excelente tecido para a confecção desde tipo de artefactos;
- Para poupar ainda mais podemos (re)utilizar lençóis de flanela ou de algodão;
- As linhas utilizadas devem se de fibras naturais para serem mais macias;
- Para a confecção de toalhetes reutilizáveis com reutilização de lençóis de algodão brancos, a utilização de linhas coloridas pode ser o elemento diferenciador dando um toque colorido ao toalhete;
- Na falta de moldes para a confecção de fraldas de pano, podemos sempre pedir uma fralda emprestada e cortar o molde que nos é dado na net tendo como tamanho de referência a fralda verdadeira. Depois, com as várias fraldas que vamos fazendo, podemos aperfeiçoar os moldes.

Perguntava-me eu como faziam as pessoas sem recursos económicos para comprar fraldas de pano tão caras, modernas e atraentes quando encontro uma boa resposta chamada "calça-enxuta" vinda do Brasil através do blog Rosa Manga. A "calça-enxuta" é uma capa de fralda e imagino que se encontre facilmente à venda no Brasil. Seria interessante utilizar uma dessas como molde;


Tutoriais para costurar fraldas de pano:

- Aqui fica um modelo muito simples para principiantes

- Tutoriais para vários tipos de fraldas mas sempre em inglês. Aqui

- Comprar tutoriais para 10 modelos diferentes de fraldas de pano por apenas 11 dolars. Aqui

- Moldes para fraldas de pano com as medidas em cm aqui


Outros:

- Um fórum cheio de informação útil e discussões abertas sobre a confecção de fraldas de pano (em inglês)
- Vendas on-line de materiais para confecção de fraldas, moldes e tutoriais. Directamente da Austrália aqui





Como fazer uma fralda de pano a partir de um T-shirt? Ficam muito giras e até se consegue aproveitar o pescoço da t-shrt e tudo. Todas as infos neste link

Porque não devemos transportar o bebé no pano/marsupio com a face virada para o mundo

Ora aqui está a resposta a uma dúvida que poderá ser comum a muitas pessoas.