Vamos retomar a Comuncação Eliminação (EC)

Existem tantas formas práticas parentais como existem culturas, no entanto, em sociedades onde a pressão consumista é menos evidente (ou inexistente),as semelhanças também são impressionantes.

Práticas a amamentação exclusiva, amamentação em livre demanda (sempre que o bebé quer, sem horários) e amamentação prolongada,resposta imadiata ao choro do bebé, nunca deixar o bebé sozinho, sono partilhado (co-sleeping/ dormir como bebé, transporte do bebé pele com pele, integração do bebé nas actividades do dia a dia, são praticamente universais nas sociedades que não se tornaram excessivamente "ocidentalizadas".

Tudo isto surgiu para nós de forma natural e foi integrado na nossa dinâmica familiar sem qualquer conflito.

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Na maioria das culturas não-industrializados, as mães também sabem como sintonizar com as necessidades de eliminação dos seus bebés e como mantê-los limpos e secos, sem fraldas.
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Esta última questão revelou-se mais difícil seja pelo frio que se fez sentir este inverno ou pela preguiça em estar atenta e pronta a responder aos sinais do bebé (penso que é mais a a segunda).

Nos primeiros três meses tivemos o bebé praticamente todo o tempo sem fralda e cheguei a fazer algumas noites também sem fraldas mas as cerca de 5 vezes que acordava para os xixis juntamente com as que já costumava acordar para mamar, desmotivaram-me de tal forma que desisti. Também sinto que o facto de não ter por perto famílias que fizeram EC com sucesso não me permitiu inspirar-me o suficiente para manter a convicção de que a vida sem fraldas é melhor para toda a gente.

Agora que o calor voltou, quero recomeçar o processo. Vamos a isto!

Enquanto não conheço as vossas histórias, vou-me inspirando na Ingrid Bauer e o seu Diaper Free (Edições Plume). Se bem que as experiências dela de partos domiciliares não assistidos, pós-partos de tranquilidade e respeito pela necessidade de silêncio do bebé, transporte pele com pele (sim, mesmo nus),EC desde o nascimento ... me parecem tão além das minhas possibilidades que... há por aí pessoal que experimentou fazer EC e que é menos "perfeito" do que ela, certo?

Saber +: http://www.naturalchild.org/guest/ingrid_bauer.html


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2 comments:

  1. Olá!
    LOL!Pois, também não sou tão radical como a D. Ingrid.
    A nossa experiência tem corrido bem... O primeiro mês foi com descartáveis, porque ela sujava uma fralda por mamada e estavamos a habituar-nos a tanta coisa nova que nem tinhamos tempo para pensar se devia ser assim ou não. Depois de uma assadura fulminante devido às Huggies recém-nascido, mudámos para as pré-dobradas de pano durante o dia e Auchan ou Moltex descartáveis de noite (1 a 2) ou sempre que saímos. Não costumo usar creme, mas confesso que adoro o cheirinho do creme barreira da Mustela e enquanto grávida e inconsciente dos produtos que ele continha, forneci-me abundantemente deste creme, e agora ponho-o c. de 1 a 2 vezes por dia, numa quantidade muito pequena e muito bem espalhado para ficar com uma espessura mínima, não porque ela fique assada, mas porque adoro o cheirinho do rabiosque àquele perfume... Em casa, quando fazia cocó líquido, lavávamos-lhe sempre o rabinho com água corrente ou com umas gotas de teatree oil (óleo de melaleuca) e água abundante. De resto, usamos paninhos de flanela que embebemos em água ou em 1ere Eau da Uriage (que vem numas embalagens dispensadoras fantásticas e também tem um cheirinho agradável), para fazer as vezes de toalhetes.
    Desde os 4 meses (não foi mais cedo porque não reconheci os sinais), senti que percebia quando ela estava aflita: antes de fazer xixi ficava irritada e berrava de uma forma especial, e antes de fazer cocó sustinha a respiração e ficava vermelha. Era o sinal para ir a correr buscar o bacio. Muitas vezes já não chegávamos a tempo, mas algumas vezes ela fazia (xixi ou cocó) e depois ficava aliviada e contente por não se sentir suja ou ter que ficar com a fralda suja colada ao rabo (isso foi outra coisa que notámos com as de pano: ela reclamava mais rápido que estava suja). Assim, criámos a "rotina" de logo ao acordar e após as principais refeições a colocar no bacio para fazer as suas necessidades ou durante o dia, sempre que ela demonstre vontade.
    Agora com quase 15 meses, ela gosta do bacio e fora uns episódios de não se querer sentar (por preferir ir brincar, penso), tem corrido muito bem.
    Agora com os dias melhores, quando lhe mudo a fralda, deixo-a andar em pelota, mas já me fez xixi em cima ou no meio do chão várias vezes... O que vale é que o chão é tijoleira!
    bjs, m.

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  2. sabes que sempre pensei que ia utilizar o tal óleo de árvore do chá (óleo de melaleuca) e só ao ler isto é que percebi que nunca o cheguei sequer a comprar. que curioso....
    vou adoptar essa estratégia: escolher certas horas do dia para o pôr no pote e estabelecer essa rotina. parece-me que pode resultar tb connosco :)
    Quanto ao demonstrar vontade,consigo identificar os sólidos mas para os líquidos "0", não dá mesmo sinal absolutamente nenhum. São xixis no chão e no colo de enfiada. O que vale é que seca rápido.

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