Alerta para as mães - Todos os dias estamos a contribuir para a degradação da saúde dos nossos filhos

Se no ano de 2010, numa capital europeia, uma mãe com recursos económicos e curso superior, alimenta o seu amado filho com leite em pó, aquecido num biberão de plástico, no microondas..... o que será de esperar dos biliões de mães do mundo com menos recursos e menos acesso à informação?
Deixemos de lado a questão do tipo de leite e concentre-mo-nos no "bisfenol A (BPA), que é libertado pelos plásticos duros quando são expostos a alimentos ou líquidos quentes."

O que é que andamos a fazer com os nossos filhos e com a humanidade?
"A esperança de vida que aumentou foi a das pessoas que nasceram antes de 1950. A esperança de vida das crianças que nascem hoje nos Estados Unidos é inferior à dos seus pais. E é a primeira vez na História da humanidade que isso acontece."

Mais infos sobre bebés e produtos químicos aqui

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Porque é que gostavas muito da chucha?

As respostas poderiam ser enternecedoras se a postura corporal, a voz e o olhar destas crianças não revelassem uma tristeza tão profunda ao lembrar a sua chucha.



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Enquanto houver quem defenda o Estivill na minha presença (física ou virtual).....

o Estivill é pediatra, neurofisiólogo e dono da conhecida Clínica do Sono com o seu nome (http://www.doctorestivill.com/). O seu método, está assente numa excelente máquina de marketing mas carece de fundamentação teórica. Ou seja, o seu método popularizou-se pela capacidade de venda da estrutura em que se sustenta e pela necessidade dos pais em dormir para ir trabalhar no dia seguinte e/ou de ter um filho que cumpre com as expectativas da maioria i.e. que dorme tranquilo muitas horas.
Acontece que a história da humanidade e as investigações tanto da pediatria, pedopsiquatria, psicologia, etnografia, antropologia e etnopediatria, neurciência, desmentem este mito de que um bebé humano, alimentado a leite materno , durma muitas horas.
Um recém nascido, alimentado a leite materno, necessita de mamar, no máximo, de 3 em três horas (vejam que escrevi no máximo, é raro o bebé que aguenta mais e quase todos fazem intervalos menores) e isto acontece 24 horas por dia. Não há um botão que permite desligar o estado fisiológico normal de um bebé (sono e vigília) durante a noite para que este passe a dormir 12 horas seguidas.
Se o bebé for alimentado a leite em pó ou de vaca, cujos factores de crescimento são adequados para crias não humanas, dormirá mais horas porque levará mais tempo a conseguir digerir a alimentação e porque o leite de vaca existe para satisfazer as necessidades dos bezerros, muito maiores e sedentários do que u bebé humano. Se colocarmos papa no biberão do bebé, mais horas ainda este dormirá mas encontrarão revisão bibliográfica suficiente para vos convencer de que não há nada de saudável nesta prática.
Quanto ao chorar até adormecer (método á anteriormente popularizado por Richard Ferber e amplamente contestado por especialistas de todo o mundo), está comprovado que não leva a um sono profundo e relaxado mas sim a uma sobrecarga do cérebro do bebé/criança com cortisol o que o danifica. Ou seja, não conseguindo dar resposta ao aumento de cortisol (só ara nomear a substância mais conhecida) o bebé/criança literalmente desliga as suas funções e "adormece" mas não está em sono profundo. Mais, está também comprovado que o bebé/criança não aprende a dormir, o que aprende é que é inútil chorar porque o seu choro não será respondido.
Se não houvesse 1001 investigações a contrariar as ideias do Estivill, podia-os olhar para todas as sociedades não industrializadas e/ou para humanidade antes da revolução industrial (tão bem estudada pelos arqueólogos e historiadores) e veríamos que não há registo ou memória de métodos para adormecer bebés. Aliás, só há cerca de 90 anos (período vitoriano) é que se criou a ideia de que mãe e bebé devem dormir separados: Também conhecemos os métodos de puniçã física aplicada às crianças no periodo vitoriano e felizmente já evoluímos no sentido de os considerar um atentado aos direitos humanos mas infelizmente, no que ao sono diz respeito, não só mantemos práticas violentas como temos médicos que as preconizam.
Os autores e investigações médicas que desmentem o Estivill são muitos, posso nomear alguns: Meredith Small (antropóloga); Penelope Leach (psicóloga); Gordon Neufeld (http://www.gordonneufeld.com/); Bowlby J (pai da pedopsiquatria); Juan Campos (Psicoterapeuta); T. Berry Brazelton (http://www.brazelton-institute.com/index.html), carlos gonzalez (pediatra); John Holt (educador); Winnicott (psicanalista)... são tantos que não consigo lembrar de todos.
Para ficarmos só em Portugal, vejam o que diz o Daniel Sampaio e o Eduardo Sá sobre o assunto. Citando Daniel Sampaio "A nível da família, constato muitas vezes uma diminuição do prazer dos adultos no convívio com as crianças: vejo pais exaustos, desejosos de que os filhos se deitem depressa, ou pelo menos com esperança de que as diversas amas electrónicas os mantenham em sossego durante muito tempo. "
Espero ter rebatido o argumento de que o Estivill está bem documentado e apelo agora ao coração com este vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=i6_t100Nj2Y&feature=player_embedded
o meu coração fica despedaçado a ouvir uma criança a chorar desta forma e isso basta-me para saber que algo está errado com o tal método Estivill.



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Os bebés choram para controlar os pais?



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Porque é que ser pai/mãe é cada vez mais difícil? Este senhor parece ter algumas respostas!


















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Experiência de parto: Alguns factores e consequências associadas (*)

Partos percepcionados pelas parturientes como sendo difíceis podem aumentar as dificuldades de vinculação mãe/bebé:

Lee (1995) realizou uma entrevista estruturada a uma amostra de 63 mulheres (82% caucasianas, 18% afroamericanas), primíparas (49%) e multíparas (51%), com idades entre os 20 e os 45 anos e concluiu, entre outras coisas, que:
"a maior parte das vezes a experiência de parto é, sob diversos aspectos, relatada como uma experiência difícil, sendo que quanto mais difícil é a experiência de parto pior é o ajustamento emocional da mulher no puerpério, assim como menos"

Thune-Larsen e Pedersen (1988), entrevistaram, sobre a experiência de parto, 161 mulheres norueguesas (ao 1º e 5º dias de puerpério) e concluem que existem evidências de que:

"qualidade da experiência da mulher durante o parto se relaciona com o seu estado emocional após o parto. As mães que relatam um parto mais difícil, assim como aquelas que referem mais dor, mais ansiedade, mais perda de controlo, da noção de tempo e espaço, e aquelas que exibem uma reacção emocional mais negativa para com o parto e apontam que tiveram menos suporte por parte dos técnicos, apresentam níveis mais elevados de perturbação emocional no 5.º dia do puerpério.

A importância do contacto imediato mãe/bebé:
"Na investigação de Klaus e Kennell (1976), junto das mães a quem o bebé não foi retirado e se permitiu o contacto corporal com o bebé nos momentos que se seguiram parto, verificou-se uma maior proximidade com o bebé um mês depois do parto, estratégias mais eficazes de apaziguamento do mal-estar do bebé ao ano de idade e mais estimulação verbal do bebé aos 2 anos de idade. Resultados semelhantes foram obtidos em outros estudos realizados em diversos contextos culturais (e.g., DeVries, Wellemans Camus, & Landeur- Heyrant, 1983; Windstrom, Wahlberg, Matthiesen, Eneroth, et al., 1990), designadamente no nosso país (Gomes Pedro, 1982), e mostram a importância do contacto imediato com o bebé na qualidade da interacção e dos cuidados que a mãe providencia ao bebé"
O tipo de parto interfere na experiência da mulher e, consequentemente, na percepção e satisfação com o parto, assim como no estabelecimento da ligação inicial da mãe ao bebé e nos cuidados que lhe dedica.

Marut e Mercer (1979), num estudo efectuado junto de 50 puérperas (30 parto normal e 20 cesariana), 48 horas após o parto, verificam que

"as mulheres com um parto normal percepcionam de forma muito mais positiva a experiência de parto do que as mulheres que foram sujeitas a uma cesariana, as quais, entre outros aspectos, hesitam mais e demoram mais tempo a dar um nome ao bebé, tendem a ver o seu parto como não normal e a ter um estigma social. No grupo das puérperas que fizeram uma cesariana, observam que as que tiveram anestesia local têm melhor percepção do parto do que as que foram submetidas à anestesia geral, assim como verificam que a presença de uma figura de suporte durante o parto torna mais positiva a experiência da mulher.a cesariana tem um profundo impacto adverso sobre a percepção e satisfação da mulher com o parto, o que se repercute nos sentimentos da mãe para com o bebé, sendo que a presença do pai e o sentimento de participar na decisão tomada diminuem esse impacto negativo. Consideram que a anestesia geral não permite que a mulher se certifique do que se está a passar e estabeleça de imediato uma relação com o bebé, o que interfere nos sentimentos maternos para com o bebé que são neste caso menos positivos."

Quanto às cesarianas:

"Quando a mãe e o bebé ainda se encontram no hospital e se observa a interacção entre eles, verifica-se que as mães que fizeram uma cesariana, passam menos tempo, cuidam menos, pegam menos ao colo e interagem menos com o bebé, em comparação com as mães que tiveram um parto normal. Este resultado foi encontrado nos seguintes estudos: Bradley, Ross, e Warnyca (1983), que consideram 90 mães com parto normal e 25 mães que foram alvo de uma cesariana não planeada; Tulman (1986), cuja amostra é composta por 452 mães com parto normal e 36 mães com parto por cesariana; Cummins, Scrimshaw, e Engle (1988), que investigam 36 mães que fizeram uma cesariana e um igual número de mães com parto normal. Por sua vez, as mães que tiveram uma cesariana avaliam menos positivamente o bebé e exibem menor envolvimento emocional positivo com ele (Bradley et al., 1983; Cranley et al., 1983; Cummins et al., 1988; Garel, Lelong & Caminsky, 1987; Hwang, 1987), assim como aleitam menos ao peito o bebé (Bradley et al., 1983; Cranley et al., 1983; Cummins et al., 1988; Tulman, 1986)."
As diferenças na interacção mãe/ bebé tendo por base o tipo de parto esbatem-se com o tempo, no entanto, há estudos que indicativos que que estas subsistem:


" num estudo sobre 17 mães com parto normal e 6 mães que foram sujeitas a cesariana,
observam que as mães que tinham tido uma cesariana providenciam menos estimulação táctil ao bebé, numa observação realizada em casa, 5 meses depois do parto"
"DiMatteo, Morton, Lepper, Damush, Carney,Pearson, e Kahn (1996) realizam uma extensa revisão da literatura que inclui 358 artigos e apresentam uma meta-análise sobre 74 estudos, publicados entre 1979 e 1993, os quais examinam as diferenças entre parto normal e parto por cesariana, em termos das repercussões numa série de 23 variáveis relativas à mãe e ao bebé.
Tendo em conta esses estudos, os autores concluem que o parto por cesariana implica um vasto conjunto de consequências adversas sobre a mãe e o bebé. Os resultados mais robustos sugerem que as mães que fizeram uma cesariana, sobretudo quando a cesariana não foi planeada, quando são comparadas com as mães que tiveram um parto normal: estão menos satisfeitas com a experiência de parto, quer no imediato quer até 12 meses depois do parto; têm menos probabilidade de vir a amamentar ao seio o bebé; expressam uma reacção inicial menos positiva para com o bebé, a qual se mantém 6 semanas depois do parto; demoram mais tempo a interagir pela primeira vez com o bebé; interagem menos com o bebé em casa, por exemplo, providenciam menos estimulação táctil, prestam menos cuidados, e têm menos brincadeiras íntimas com o bebé durante os seus primeiros 6 meses de vida.
"
 Os efeitos esquecidos da epidural:

"Muhlen, Pryke, e Wade (1986), por exemplo, estudam o efeito do tipo de parto (parto normal, estimulado, induzido, e por cesariana) e da anestesia epidural sobre o comportamento neo-natal do bebé. Uma amostra de 106 bebés é avaliada, através da Escala de Avaliação do Comportamento Neo-natal de Brazelton (Neonatal Behavioral Assessment Scale, NBAS), no 1.º, 5.º e 28.º dias de vida. As mães são todas primíparas, têm idades entre os 18 e os 44 anos e são predominantemente de classe média. Os resultados mostram que as maiores diferenças, observadas no comportamento neo-natal dos bebés, se devem à analgesia epidural e não ao tipo de parto. Os bebés das mães que receberam analgesia epidural de parto exibem aos 28 dias resultados significativamente
mais baixos nas seguintes escalas do NBAS: processos motores e resposta ao stress. A desorganização que observam no comportamento do bebé, na opinião dos referidos autores, em consequência da analgesia epidural, pode perturbar a relação com a mãe, o que deveria ser considerado quando a decisão de analgesia epidural é tomada. Consideram ainda necessário desenvolver drogas de baixa toxicidade e  técnicas para remover a dor que não recorram a medicação.
Estes resultados foram mais recentemente replicados por Sepkoski, Lester, Ostheimer, e Brazelton  (1992). Estes investigadores quiseram de igual forma estudar o efeito da analgesia epidural de parto sobre o comportamento neo-natal do bebé, durante o primeiro mês de vida. Nesse sentido, avaliam através da NBAS, administrada no 1.º, 3.º, 7.º e 28.º dias, 20 bebés que nasceram de um parto com anestesia epidural e 20 bebés cujas mães não foram medicadas durante o parto. Verificam que os bebés cujas mães tinham feito uma anestesia epidural exibem um pior desempenho na escala (e isso, sobretudo no respeitante à resposta de orientação e ao desenvolvimento motor) do que os bebés cujas mães não tinham sido sujeitas a intervenção anestésica."
 (*) Fonte: FIGUEIREDO, Bárbara (2002) Experiência de parto: Alguns factores e consequências associada
Análise Psicológica (2002), 2 (XX): 203-217
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Nascer em Portugal - Instituto de Ciências Sociais - 18 de Maio de 2010

Nascer em Portugal - ganhou-se muito. Mas o que se perdeu?
2010/05/19
Ana Esteves

No passado dia 18, o pediatra e professor Mário Cordeiro esteve no Instituo de Ciências Sociais, para uma palestra sobre a forma como se nasce hoje em Portugal. O IOL Mãe revela-lhe o essencial do que foi dito.
Nascer em Portugal - ganhou-se muito. Mas o que se perdeu?

Reduzimos o nascimento a um acto clínico e isso tem custos. Um nascimento é muito mais do que um parto. O parto faz parte do nascimento, mas não é o seu epicentro. O que está em causa, ou devia estar, é o nascimento. É dele que temos de falar. O nascimento converteu-se em parto na nossa sociedade e às vezes em formas sinistras de parto.

A grande maioria das pessoas que pensa na hipótese de ter um filho não sabe o que é o nascimento. Tal como a maioria dos profissionais que lidam com estas questões.

Do sonho de um filho, que vem desde os 18 meses, nasce o projecto de um filho. E finalmente, a realidade de um filho. O significado de um filho real é tão grande que nos ultrapassa. Depois de uma primeira emoção com a notícia da gravidez, e de umas semanas em que parece não se passar nada, entra-se numa escalada de ansiedade que passa pelo momento alto do parto.

Esse momento é de uma transcendência e grandiosidade imensas. Por isso devia ser um momento de intimidade, até de recolhimento. E foi sempre assim ao longo dos tempos, se fizermos uma análise antropológica. Todos os rituais respeitavam a intimidade necessária ao parto. E é necessária porque é a única maneira de haver, logo a seguir, um momento fundamental de contemplação.

Esse momento não existirá se o stress inibir as endorfinas naturais, se a intrusão for mais que muita... Hoje rouba-se, muitas vezes, a intimidade a este momento. E isso é mau. Sou a favor que os partos aconteçam em meio hospitalar, mas o momento é tão solene que se deve respeitar como tal.

Seriam precisos uma série de apoios para se fazer a triagem clara das mulheres que poderiam ter em segurança o bebé em casa. Não há risco zero e não se deve facilitar. Mas também é verdade que nos hospitais se correm os riscos das más práticas, que levam muitas vezes a resultados funestos.

As más práticas têm de acabar!
Não percebo por que razão a Ministra da saúde, ainda por cima uma pediatra, não deu ainda um murro na mesa para acabar com as práticas que vão contra o que é mais benéfico para a mulher e para o bebé. Os riscos aparecem como justificação para muitas práticas nefastas. Mas são outras, muitas vezes, as verdadeiras razões.
Quando se fala de taxas de mortalidade perinatal para justificar todos as intervenções no momento do parto, deve também mostrar-se o outro lado. Ou seja, todas as outras taxas de riscos acrescidos e de prejuízos reais devido a más práticas. E aqui penso que os académicos têm estado demasiado caladinhos, como se não fosse nada com eles. Parece que nada se passa, ninguém estuda estas questões.

A taxa de cessarianas é obscena
A taxa de cesarianas que temos, muito acima dos 20 por cento, é obscena. No meio privado chega-se a 70 ou 80 por cento de cesarianas. Isto tem riscos. Não é igual nascer de parto normal ou de cesariana. Há diferenças importantes para o bebé e para a mãe. Isto não é dito às mulheres, não se mostra todo o filme todo, o que considero uma má prática. As mulheres deviam ser informadas dos riscos reais de uma cesariana, de uma epidural, de uma episiotomia.
A taxa de cesarianas nos hospitais privados só tem uma razão e é financeira. O preço de uma cesariana é cinco vezes superior ao de um parto normal. Isto tem de ser assumido!
Devemos tomar decisões informadas e não baseadas em meias-verdades. Uma cesariana é uma intervenção cirúrgica. Ser o utente a pedi-la é inaceitável. Nenhum médico, mesmo no serviço privado, vai tirar o apêndice a alguém que chegue lá e diga que é isso que quer! Tem de haver critérios e têm de ser iguais em todos os hospitais, tal como acontece nas outras áreas da medicina.

Cesariana a pedido é má prática
Outra coisa que me choca é a cesariana on demand. As mulheres que marcam uma cesariana porque não querem sofrer estão a passar por cima de um processo que tem um papel muito importante. Para elas, a separação do bebé não se fez. E quando aos seis meses ele tem um surto de autonomia, é um sofrimento para elas. Porque o nascimento não existiu. Vejo mães agarradas aos seus bebés, que não conseguem mudá-los de quarto, que não os deixam fazer o seu percurso de autonomia.

O nascimento não é apenas chegar e tirar um bebé da barriga da mãe. É muito mais do que isso. E um bom começo é um bom começo, quem o rejeitaria, conhecendo o filme todo?

O que nos é roubado: intimidade e o momento de contemplação
É uma decisão pessoal, mas sou completamente intolerante em relação às visitas a seguir ao nascimento de um bebé. É horrível, é perversa a quantidade de gente de invade a intimidade da família. Toda a gente corre para o hospital, em romaria, pessoas que às vezes estão meses sem ver um amigo doente. É também um fenómeno a estudar. Parece que andamos todos ávidos de bebés. Parasitamos os filhos dos outros e roubamos-lhes momentos cruciais.

É precisamente o que fazem as enfermeiras que pegam no bebé acabado de nascer e o levam sob o pretexto de ter de ser aquecido. Agarram num bebé que os pais não tocaram e dizem «Estão a ver o vosso filho?» É uma coisa sádica. Se tirarmos um gatinho acabado de nascer a uma gata e o colocarmos aninhado junto a uma cadela, é a esta que ele vai apegar-se. E a gata vai rejeitá-lo.

Então porque fazemos isto aos bebés e às mães e pais? Um recém-nascido não corresponde a nenhuma idealização de um bebé. Mas se ele for colocado sobre a mãe assim que nasce, pele com pele, se esse tempo de contacto for respeitado, quando a mãe olhar finalmente para a cara dele, está num estado de êxtase e vai achá-lo o bebé mais lindo do mundo.
Se pelo contrário o vê de longe e o levam embora é um choque. «Aquilo era o meu bebé? Credo!Coitadinho!», vai pensar.

Só 15 por cento dos bebés precisam de reanimação após o nascimento. Todos os outros deviam ficar ao pé dos pais naqueles momentos únicos e tão importantes.

A dor faz parte do ritual de passagem
Cada dor tem o seu sentido e é muito relativa e subjectiva a forma como a sentimos. Há rituais de passagem e em alguns a dor está incluída. No parto, ela dá-nos a nítida consciência de que houve de facto uma separação entre a mãe e o bebé. Trata-se da separação de dois corpos, é um fenómeno brutal, do ponto de vista físico, mas também conceptual. É normal que doa.

O sofrimento que muitas mães sentem nos primeiros anos de vida dos filhos tem muito a ver com o facto de não terem passado por este ritual de passagem. Foi tudo tão leve, que nem percebemos, foi como se não tivesse acontecido nada.¿
Há velórios porque é preciso passar por esse ritual para fazermos o luto. Dói, mas é preciso. Queremos uma sociedade, uma vida sem dor, mas isso não existe, é postiço. Querer não sentir nada é perverso, tem consequências negativas.

Claro que quando digo isto, respondem-me muitas vezes que falo assim porque sou homem, chamam-me machista ou coisas piores. Mas também há mulheres a falar assim, felizmente.

Fonte: http://www.mae.iol.pt/artigo.php?id=1163859&div_id=3626

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Vamos retomar a Comuncação Eliminação (EC)

Existem tantas formas práticas parentais como existem culturas, no entanto, em sociedades onde a pressão consumista é menos evidente (ou inexistente),as semelhanças também são impressionantes.

Práticas a amamentação exclusiva, amamentação em livre demanda (sempre que o bebé quer, sem horários) e amamentação prolongada,resposta imadiata ao choro do bebé, nunca deixar o bebé sozinho, sono partilhado (co-sleeping/ dormir como bebé, transporte do bebé pele com pele, integração do bebé nas actividades do dia a dia, são praticamente universais nas sociedades que não se tornaram excessivamente "ocidentalizadas".

Tudo isto surgiu para nós de forma natural e foi integrado na nossa dinâmica familiar sem qualquer conflito.

"
Na maioria das culturas não-industrializados, as mães também sabem como sintonizar com as necessidades de eliminação dos seus bebés e como mantê-los limpos e secos, sem fraldas.
"

Esta última questão revelou-se mais difícil seja pelo frio que se fez sentir este inverno ou pela preguiça em estar atenta e pronta a responder aos sinais do bebé (penso que é mais a a segunda).

Nos primeiros três meses tivemos o bebé praticamente todo o tempo sem fralda e cheguei a fazer algumas noites também sem fraldas mas as cerca de 5 vezes que acordava para os xixis juntamente com as que já costumava acordar para mamar, desmotivaram-me de tal forma que desisti. Também sinto que o facto de não ter por perto famílias que fizeram EC com sucesso não me permitiu inspirar-me o suficiente para manter a convicção de que a vida sem fraldas é melhor para toda a gente.

Agora que o calor voltou, quero recomeçar o processo. Vamos a isto!

Enquanto não conheço as vossas histórias, vou-me inspirando na Ingrid Bauer e o seu Diaper Free (Edições Plume). Se bem que as experiências dela de partos domiciliares não assistidos, pós-partos de tranquilidade e respeito pela necessidade de silêncio do bebé, transporte pele com pele (sim, mesmo nus),EC desde o nascimento ... me parecem tão além das minhas possibilidades que... há por aí pessoal que experimentou fazer EC e que é menos "perfeito" do que ela, certo?

Saber +: http://www.naturalchild.org/guest/ingrid_bauer.html


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Ser mãe e ser diferente

A apresentação de uma mãe manifestamente diferente que deixa antever muitas histórias para contar: http://earthangelmumma.blogspot.com/2010/05/this-is-me.html

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Pelo direito ao parto normal

“Pelo direito ao parto normal” é um projecto de promoção do parto natural “sem qualquer intervenção, mas assistido por profissional de saúde”, proposto por um vasto grupo de especialistas em saúde reprodutiva.

A indução do trabalho de parto (com recurso a medicamento ou rupturas de membranas), o uso de fórceps, ventosas ou anestesia geral ficam, segundo esta proposta, excluídos da classificação de parto normal, bem como o nascimento por cesariana.

A rotura artificial de membranas só poderá ser incluída caso seja realizada sem o intuito de induzir o trabalho de parto.

O documento, a que a agência Lusa teve acesso, recomenda ainda que se evite a utilização por “rotina” de clisteres, a raspagem dos pelos púbicos, a aceleração do trabalho de parto e a restrição de alimentos e água, procedimentos comuns em maternidades portuguesas.

Os especialistas aconselham o apoio à liberdade de movimentos da mulher durante o trabalho de parto, o acesso a líquidos, como água, e possibilitar o contacto “pele a pele” do bebé com a mãe, mal este nasça.

Como prática promotora do parto normal, o documento sugere que não separem a mãe do recém-nascido para prestar cuidados de rotina.

“É um projecto que se propõe construir um consenso sobre conceitos, princípios e práticas promotoras do parto normal, entre os grupos profissionais directamente envolvidos na assistência ao parto, utilizando uma metodologia que inclui a perspectiva do cidadão”, refere o documento.

No documento, em que se revê todo o conceito e prática do parto normal, pretende alcançar-se um consenso e neste momento está a ser certificado pela Ordem do Médicos, Ordem dos Enfermeiros e Direcção-Geral da Saúde, segundo fonte ligada ao processo.

Do grupo de peritos que subscreve o documento, encontram-se o presidente da Sociedade Portuguesa de Obstetrícia, Luís Graça, o também ginecologista e presidente do conselho de administração da Maternidade Alfredo da Costa (ANA), Jorge Branco, e Ana Campos, directora do serviço de Obstetrícia da mesma maternidade.

in: http://www.publico.pt/Sociedade/parto-normal-a-caminho-de-uma-revolucao-de-conceitos_1433899

Mais info: http://www.parto-normal.com/home.html

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Ensino domiciliar

Uma excelente reportagem sobre o ensino domiciliar:

Quando a escola é em casa - DN e N




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Porquê forçar uma criança a utilizar biberão?

Perdi a conta às vezes que li/ouvi pais lamentarem-se porque os seus filhos não querem o biberão.

Nós achamos óptimo que o nosso filho não saiba o que é um biberão. Acreditamos que mamar do biberão é anti-natural e não me espanta que um bebé saudável o rejeite tal utensílio.

As maternidades que seguem as recomendações da organização mundial de saúde já não aceitam chupetas nem biberão e nos casos em que é necessário amamentar os bebés sem ser ao peito, utilizam a técnica do copinho.
http://wantamiracle.blogspot.com/2010/01/lactacao-de-copinho.html

Se a OMS desaconselha a utilização de biberão, se as maternidades mais conscientes já não o fazem, porque é que havemos de habituar os nossos filhos a tal coisa?

Alguns motivos pelos quais penso que não ter biberão é bom:

- não confundir a tetina e o mamilo (o que muita vezes leva o bebé a rejeitar o mamilo e compromete a amamentação ao peito);

- não engolir ar ao mamar da tetina do biberão - é importante para as cólicas mas também para garantir que não chega ar frio e "contaminado" - não filtrado - aos pulmões.

- não deformação do maxilar. Ver estudo: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572006000600015
Os resultados deste estudo mostraram que o uso da mamadeira, mesmo entre crianças que receberam aleitamento materno, interfere negativamente sobre o desenvolvimento orofacial.

- não ter substâncias plásticas ou de borracha na boca;

- não fazer o movimento de sucção que a tetina do biberão obriga a fazer e que faz com que o maxilar da criança se torne mais fechado levando a posteriores problemas com dentes do siso inclusos (http://wantamiracle.blogspot.com/2010/05/bebes-amamentados-ao-peito-por-mais-de.html);

Alternativas ao biberão?

- a técnica do copinho que está acima - pela minha experiência funciona melhor com recém nascidos. os maiores querem sempre agarrar o copo e atiram tudo ao chão :)

- o copo de transição - Quando tive que ir trabalhar (tinha ele 3 meses) começamos a dar-lhe o leite materno com um copinho e mais (4 meses) tarde com um dos chamados copos de transição (daqueles com o bico achatado e que só sai o líquido se pressionado com as gengivas).

- um copo normal - O nosso bebé aprendeu muito cedo a beber de um copo normal. Sempre que tenho paciência par lhe mudar a roupa molhada, deixo-o beber de um copo normal. Com 8 meses já o faz sozinho e com muita segurança :)

Outras alternativas ao biberão (que nós não experimentamos): http://www.askdrsears.com/html/2/T026000.asp)

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Assadura de fralda

Acho interessante que tanta gente coloque cremes na muda da fralda numa base diária. O nosso bebé tem 8 meses e meio e apenas lhe colocamos creme (da Weleda, com calêndula) quando fica vermelho mas é muito, muito raro ser necessário.

Penso que é mais importante identificar e anular as causas das "assaduras" do que tentar corrigir com a utilização continuada de creme.

A "assadura" é só a expressão visível de algo que não está bem com os nossos bebés quer ao nível digestivo, quer ao nível tópico pelo contacto com substâncias que lhe são prejudiciais.

Os momentos em que o nosso filho vermelho tem motivos muito específicos:

Do foro digestivo - tudo o que acidifique a urina e as fezes:

- se lhe colocarmos soro fisiológico no nariz. Como é uma solução salgada fica imediatamente assado. O melhor é utilizar umas gotas de chá de salva em vez do soro;

- se consumir algum alimento com sal (às vezes acontece :));

- se tiver espectoração, temperatura um bocadinho elevada (nestas alturas o creme é uma benção);

A nível Tópico:

- se passar muitas horas com a mesma fralda - tentamos que ele esteja o máximo de tempo possível sem fralda para a pele respirar;

- se utilizar fraldas descartáveis que contenham materiais alérgenos (nós optamos pelas fraldas descartáveis com componentes naturais, infelizmente as de componentes biológicos são demasiado caras para nós e pelas fraldas de pano convencionais com uma capa impermeável por cima);

- se utilizarmos toalhetes de limpeza é certo que fica com o rabinho vermelho. Preferimos por isso limpa-lo apenas com panos humedecidos em água. Sempre que faz cocó lavamos o rabinho na torneira. Fazemos isto mesmo fora de casa.

- se lhe vestirmos roupas sintéticas (atenção à composição das roupas de recém-nascido, devem ser só de 100% algodão) fica vermelho nas axilas, virilha, preguinhas das pernas, pescoço etc... igualmente preocupante são as unhas encravadas e os pés vermelhos devido à composição sintética das meias;

- o banho do nosso bebé é feito apenas com água. Só muito raramente utilizamos algum produto (dito) de higiene e ainda assim só se for biológico. Acredito que as substâncias químicas contidas nos produtos de cosmética contribuem para problemas como o da "assadura" da fralda; Até aos 6 meses apenas tomava banho uma vez por semana (ou menos). Como o lavava-mos com água sempre que fazia cocó, não havia necessidade de tomar banhos frequentes. Acredito que o banho diário - seguido da aplicação de cremes - retira à pela dos bebés a capacidade de se respirar e de se regenerar sozinha;

Até agora estas estratégias resultaram muito bem.

8 meses e meio depois de nascer, o nosso filho, nunca esteve "assado".

Preocupa-e ter a pele do meu bebé em contacto constante com cremes cuja composição inclui substâncias como o zinco, perfumes sintéticos, conservantes etc... mais grave me parece colocar estas substâncias e fecha-las contra a pele do bebé com uma fralda criando um ambiente quente, húmido e perfeito para a propagação de bactérias.

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Fórum sobre endometriose

http://endometriose.forumeiros.com


Este é um espaço dedicado à Endometriose onde todas as mulheres que sofrem com esta doença podem falar abertamente e partilhar as suas vivências e experiências!
Na esperança de conseguirmos ajudar quem sofre, muitas vezes em silêncio e sem um diagnóstico, peço-vos que partilhem este mail com os vossos contactos!

As nossas dores são REAIS!
SOFRER a cada menstruação (e para além desta) NÃO É NORMAL!
Nunca desistam de lutar pela vossa qualidade de vida!

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A amamentação em Portugal

Esta tarde li um comentário sobre o facto de a amamentação em Portugal ser normalmente feita ao peito e de as mães optarem pelo leite em pó apenas quando existem problemas associados (como na subida do leite, leite fraco etc...). Comecei logo a pensar quem são as mulheres que conheço que amamentam e nos porquês subjacentes. Já fizeram este exercício? Quais as vossas conclusões?

Deste lado os resultados são verdadeiramente desoladores. Percebi que nenhuma das mulheres que eu conhecia na minha vida "pré-gravida" amamentou em exclusivo. Nem na minha família, nem no meu círculo de amigas há mulheres que tenham amamentado os seus filhos esclusivamente ao peito e durante, pelo menos, seis meses.


hum...a situação em Portugal é mais grave do que parece porque os erros que se cometem em relação à amamentação são tão comummente aceites que nem sequer são questionados. Aliás, quem os conhece e os tenta contornar é que costuma ser criticado.

Amamentar uns dias (ou poucos meses) e em simultâneo com o leite em pó é a norma em Portugal. Amamentação exclusiva é muito raro. Mais raro ainda é quem amamente em exclusivo até aos seis meses como recomenda a OMS (sim, sem água, chás etc...)e/ou que se amamente depois dos 6 meses.

Actualmente o pessoal médico já tem conhecimentos sobre a subida do leite e consegue ajudar as mães nessa altura (nem sempre da melhor maneira mas, lá vão conseguido, pelo menos às que tem a subida de leite nos 3 dias de internamento pós-parto).

Depois da subida do leite é que a coisa se complica.

É culturalmente aceite que amamentar dói e que o peito tem que "fazer calo" quando a verdade é que um peito magoado é sinónimo de má pega (forma como o bebé abocanha o mamilo). Infelizmente recomendam-nos porcarias como os mamilos de silicone e pomadas várias mas raramente conseguem ajudar uma mãe a colocar o seu bebé à mama de forma a que haja dores. Muitas mulheres tem mesmo que parar a amamentação por não suportarem as dores. Não parece ridículo que uma cultura baseada no conhecimento e na tecnologia não consiga passar a uma uma informação tão básica como "por o seu filho à mama sem dor"? Pessoal de enfermagem e dos cursos pré e pós parto, o que andam a fazer?

Também é culturalmente aceite, e não desmentido pelos pediatras, que o leite de algumas mães (infelizmente muitas) é "fraco" ou que "não chega", que o bebé fica com fome e as mães, por quererem o melhor para os seus filhos, complementam as amamentação ao peito com leite em pó. Isto é uma grande, enorme, mentira. Até o leite de uma mãe subnutrida (sim, com FOME) "chega" para alimentar o seu bebé.

Se verificarem, o leite em pó é introduzido porque, a dada altura, "o leite materno deixa de ser bom e o bebé passa a ficar com fome". Não seria estranho a composição do leite mudar de repente? O que geralmente acontece é que o bebé tem "picos de crescimento" e nesta alturas tem necessidade de mamar muito mais. Alguns bebés até tem necessidade de passar uns dias, literalmente, "pendurados na mama" e convenceram-nos que isso é mau, que muita mama está errado, de forma que as mães e vêem obrigadas a dar leite em pó para acalmar os seus rebentos.

Acreditem que já conheci muita mãe defensora da amamentação que em tempos de crise (bebé que chora muito, grita, quer sempre mais mama) vai ao pediatra e sai de lá lavada em lágrimas e com uma receita de leite em pó. A receita óbvia seria "mais mama, mais colo, mais horas passadas na cama com o bebé, em contacto pele com pele e em silêncio". Mas isto parece ser demasiado simples para que um simples médico possa compreender e receitar.

Para a amamentação correr melhor em Portugal, bastava os pediatras dizerem às mães para esquecerem o relógio, não darem de mamar a horas certas ou durante X tempo mas para oferecerem a mama muitas vezes ao longo do dia (sem esperar que o bebé chore para o fazer).

Mamar não é fazer uma "refeição" como tantas vezes ouço. Mamar não é "comer". Mamar é alimento mas também é carinho, conforto, amor, segurança... é tudo isto que o bebé procura e por isso é que não lho podemos dar com horas marcadas, ou em amena cavaqueira com os amigos.

O leite da mãe é o melhor e mais completo alimento que um bebé pode ter mas se for oferecido ao bebé só X em X horas e durante X tempo, o mais provável é a criança estar sempre irrequieta, chorosa, irritadiça. Este estado emocional que tanto nos desespera num bebé não se resolve com leite em pó mas sim com mais e mais e mais mama.

Uma mãe que amamente o seu filho em "livre demanda", sem restrições de horário, tempos etc... arrisca-se a ouvir constantemente que a criança está "viciada", "mal habituada", que "faz da mama uma chucha", que faz "da mãe uma escrava" etc...


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Amamaentação prolongada: Ingorância versus conhecimento




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Coosaaaaa? Il metodo Estivill? Ma vaffa...!!!

Para os pais que ainda não experimentaram o método Estivill com os seus filhos e quer saber o que os espera, aqui ficam vídeos elucidativos. Tão elucidativos que eu não fui capaz de os ver e muito menos ouvir:



Sim, os bebés pequenos também sofrem porque venderam aos seus pais a ideia de que devem dormir sozinhos numa cama de grades.





Algumas considerações sobre o método:



E tenho dito!

Pena ser apenas em italiano. Talvez possamos fazer uma coisa destas em português?

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Pesquisar antes de seguir métodos agresivos como o proposto pelo Sr. Estivill

A obra do Dr. Estivill sobre o sono dos bebés tem levado às mais variadas reflexões e nem todas são tão simplistas como as veiculadas recentemente pela revista Visão e pelo Jornal Expresso.

é pena que a D- Quixote tenha publicado a tradução da obra deste senhor e não aposte em trazer para Portugal obras de pediatras, obstetras, antropólogos, etnopediatras e pais reflexivos e experientes que nos poderiam dar a conhecer formas simples e naturais de organização familiar muito mais respeitadoras das nossas crianças.

Vale a pena pesquisar sobre esta temática antes de tomar o que nos chega através da comunicação social como verdade absoluta. Só para dar alguns exemplos (há muito mais na barra lateral deste blog):

The Continuum Concept, Jean Liedloff

The Natural Child: Parenting from the Heart, Jan Hunt

Nonviolent Communication: A Language of Life, Marshall Rosenberg

Learning all the Time, John Holt

Freedom and Beyond, John Holt

Parenting for a Peaceful World, Robin Grille

Primal Health, Michel Odent

The Scientification of Love, Michel Odent

Letting Go as Children Grow, Deborah Jackson

Baby-led Weaning, Gill Rapley

Our Babies, Ourselves, Meredith Small

Secret of Childhood, Maria Montessori

When You Baby Cries, Deborah Jackson

Tocar: o Significado Humano da Pele. Ashley Montagu

Attachment, Bowlby, J.

Babies and Their Mothers : D.W. Winnicott

The Science of Parenting by Margot Sunderland

The No Cry Sleep Solution by Elizabeth Pantley

Heart to heart parenting by Robin Grille

Helping your baby to sleep by Anni Gethin & Beth MacGregor

Diaper Free, the gentle wisdom of natural infant hygiene by Ingrid Bauer

You Are Your Child's First Teacher by Rahima Baldwin Dancy

Natural Childhood John Thomson

Fussy Baby Book, Parenting Your High Need Child & Attachment Parenting Book - William & Martha Sears

Raising Our Children, Raising Ourselves - Naomi Aldort

Three In A Bed - Deborah Jackson

Misconceptions - Naomi Wolf

Birth Reborn, What Childbirth Should Be - Michel Odent

Guide To Childbirth & Spiritual Midwifery - Ina May Gaskin

Buddhism For Mothers, a Calm Approach to Caring for Yourself and Your Children - Sarah Napthali

Childbirth WIthout Fear Grantly Dick REad

Vital Touch Sharon HEller

The Diaper Free Baby Christine Gros Loh

Why Love Matters Sue Gerhardt

Hold On to Your Kids Gordon Neufeld and Gabor Mater

The Secret Life of the Unborn Child Dr Verny

Hypnobirthing Marie Mongan

Birth Without Violence Frederick Leboyer

How to Raise a Healthy Child by Dr Robert Mendelssohn

Toxic Childhood Sue PAlmer

Womanly Art of Breastfeeding La Leche League

Raising Boys Steve Biddulph

How Children Learn John Holt

Instead of Education John Holt

The Politics of Breastfeeding Gabrielle Palmer

Mothering a Nursing Toddler La Leche League



Lista reunida no fórum do CC



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O direito a ser mãe sem ser excluída

"a maternidade na sociedade industrializada ficou encerrada no âmbito do doméstico e do privado. Contudo, durante milênios a mulher realizou suas tarefas e suas atividades com seus filhos pendurados a seus corpos, como todavia ocorre nas sociedades ainda não ocidentalizadas. A imagem da mulher com seus filhos deve voltar aos cenários públicos, aos locais de trabalho sob pena de comprometer o futuro do desenvolvimento humano."
e muito mais aqui

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Ultimamente estou rodeada de textos cheios de verdades absolutas e de regras rígidas sobre os métodos a adoptar na educação dos nossos filhos.

Através do portal do bebé cheguei às "30 dúvidas dos pais" e às respostas no mínimo controversas da "especialista" de serviço. Aconselho a leitura para quem quer saber exactamente o que não fazer.

Aqui fica o meu comentário:

Olá,


depois de ler o artigo não resisti a tecer um comentário.


Estou em desacordo com praticamente tudo o que escrevem e sinto-me muito desapontada pelo facto de opinarem sobre a intimidade das famílias de forma tão contundente. ... Ver mais


A humanidade tem milhares de anos e múltiplas formas de organização e apenas nos últimos 100 anos e na sociedade ocidental se permite que os bebés chorem sem que o seu choro seja atendido.


O facto de alguns ditos especialistas considerarem que deixar um bebé a chorar, não andar com ele ao colo ou não dormir com ele vão torna-lo num ser independente, não significa que essas sejam as opções universalmente correctas e/ou desejáveis para todos os seres humanos.


Se apenas respondermos prontamente ao choro de um bebé quando este está doente, poderemos estar a criar um ser humano que fica doente sempre que necessita de atenção.


se o lugar dos bebés fosse o chão, não existiriamos enquanto espécie pois teríamos sido comidos por predadores e o que farão os povos onde não há carrinhos?


Quanto à terceira resposta, vejam, por exemplo, a documentação da organização mundial de saúde que aconselha a amamentação, pelo menos, até aos dois anos (o que significa que pode ser mais. Se algum médico diz o contrário, deveriam as mães considerar em mudar de médico;


O vosso artigo apresenta estes e outros conselhos como sendo verdades universais quando existem tanto povos, tantas culturas, tantas evidências científicas, tantas opiniões especializadas a comprovar que não existe qualquer fundamento para os mesmos.


Peço, por favor, que tenham mais cuidado com as opiniões que veiculam. Se um bebé for, como vocês aconselham, constantemente negligenciado, não admira que desenvolva, como mecanismos de defesa, muitas das atitudes que descrevem nas perguntas e respostas seguintes.

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Bebés amamentados ao peito por menos de 6 meses ou amamentados por biberão por 24 meses, tem maior probabilidade de ficar com dentes do siso inclusos e terão problemas mais tarde.



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365 coisas que posso fazer...: Encontrar prendas para bébés amigas do ambiente

Resposta ao desafio colocado aqui

se é verdade que é importante reciclar e reutilizar quando falamos de bens de consumo para bebés e crianças, também é verdade que a melhor forma de evitar desperdícios é não comprar.

Actualmente, nas sociedades ocidentais, fazem os pais acreditar que são necessários muitos bens de consumo para se poder ter um filho mas isso simplesmente não é verdade.

Querem mesmo que a vida daquele bebé seja marcada pela vossa presença? ofereçam respeito, paz e tempo. i,e:

- não invadam o seu espaço de tranquilidade, pelo menos, no primeiro mês após o nascimento. Adoramos ir visitar (e incomodar) um recém nascido mas desaparecemos nos meses subsequentes que é quando a mãe mais necessita de companhia;

- ofereçam comida saudável, os recém pais não vão ter tempo para a fazer e é muito importante que a mãe se alimente bem;

- ofereçam os vossos serviços para limpar a casa e engomar libertando assim a mãe para o que é importante, cuidar do bebé. também podem oferecer vales da lavandaria mais próxima;

- ofereçam vales de compras com entrega ao domicílio. Ou ofereçam-se para ir ao supermercado. vai ser uma bênção para os recém pais não ter que enfrentar o supermercado;

- esterilizador, termos, biberões são tudo objectos perfeitamente desnecessários se a mãe amamentar. Não os ofereçam: Ao darem uma destas coisas estão a dizer à mãe que acreditam que ela não vai conseguir amamentar o seu filho e que por isso vai necessitar daquelas coisas. Ofereçam antes um curso/workshop de amamentação. Nenhuma mãe sabe tudo, nenhuma mãe sabe o suficiente e podemos sempre melhorar e tornar mais fácil a amamentação dos nossos filhos;

- carrinhos de passeio com 1001 acessórios integrados são perfeitamente dispensáveis se o bebé passear no melhor sítio do mundo, o colo de uma adulto. Para possibilitar isso, ofereçam um sling;

- quartos cloridos, cheios de mobiliário infantil e parafernálias várias são desnecessários pois o bebé apenas vê a uma distância de 20 cm e vai-se sentir tão só e desesperado num quarto "de sonho" como num espaço vazio. O melhor é mesmo dormir com o bebé por perto; Ofereçam um berço de encostar à cama dos pais para que todos fiquem juntinhos. pensem no bom que vai ser a mãe não ter que se levantar para dar de mamar;

- uma gama de cremes e pós perfumados são prejudiciais para a pele do bebé. O melhor é utilizar apenas água e leite de mama para a limpeza do bebé e também para a desinfecção de pequenos arranhões e assaduras; Querem oferecer algo? Escolham produtos bio, as conhecidas marcas de cosmética para bebés estão cheias de parabenos, perfumes e outros produtos químicos;

- brinquedos de plástico ou de peluche são tão desinteressantes para um bebé que eles só querem as etiquetas. Se acham mesmo importante que um bebé brinque sem ser com o seu corpo ou com objectos do quotidiano, ofereçam-lhe brinquedos de madeira ou de borracha natural. Pelo menos não estarão a engolir ftalatos e Bisphenol A, entre outros componentes químicos prejudiciais;

tenho tantas mais ideias :)

puxando a brasa à minha sardinha, ofereçam fraldas reutilizáveis feitas em Portugal. Bookmark and Share

Adiado para 15 de Maio | FRALDISKEIRAS no Car Boot Sale - Carcavelos - 15 de Maio - 10:00 às 14:00


Sempre gostei de vendas em feiras e há muito que almejo fazer uma com o bebé. Imagino o deleite dele no meio de  tantas cores, gente, sons e parafernálias. Surgiu a oportunidade com o Car Boot Sale de Carcavelos (Sábado, 8 de Maio, na Feira de Carcavelos -  10:00 - 14:00) e lá vamos nós. Levamos também as fraldas das FRALDIKEIRAS, para quem tiver curiosidade de as conhecer ao vivo.

A atestar a minha veia de feirante, aqui fica uma foto de tempos idos. Com avental e tudo! 



Mais sobre as FRALDISKEIRAS aqui: http://www.facebook.com/?ref=logo#!/pages/Fraldiskeiras/113615415328349?ref=ts

 Mais sobre o WRVS Car Boot Sale:

Saturday May 8th 2010

Carcavelos Clothes Market 10.00h to 14.00h

€12 per car (Payable on the day) 100% of your pitch price goes to charity!



Browse for treasures such as toys,

books, baby items, clothing,

household goods, furniture

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including WRVS hot and cold drinks, snacks sandwiches and delicious home made cakes

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Email Simon on sdjwebb@yahoo.com or phone 919760644

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and leave a message with your name, Tel No or email address.

If you would like to donate items email Ineke on wrvsportugal@gmail.com
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Televisão ocupa 90% das crianças nas creches


Em Portugal, as creches e os jardins-de-infância públicos são escassos e caros. Um terço das crianças que consegue vaga passa lá mais de nove horas por dia, a maior parte do tempo a ver televisão, indica um estudo da Deco. Os especialistas criticam o "desequilíbrio".


As vagas e o custo das creches (1-2 anos) e dos jardins-de-infância (3-5 anos) são o principal problema com que se confrontam as famílias com filhos, revela o inquérito realizado a 2900 pais.
A maioria dos progenitores (71%) está insatisfeita com a oferta dessas instituições na área de residência - porque não correspondem às expectativas ou porque não têm vaga. Por precaução, 80% dos pais inscrevem os filhos com cinco meses de antecedência. Paralelamente, surge a dificuldade do preço. Duas em cada cinco famílias admitem que o encargo com a creche - entre 110 e 300 euros mensais - tem um impacto significativo no orçamento familiar. Portanto, quando estes dois problemas são superados, os pais "relativizam o resto", afirma Ana Brandão Bastos, coordenadora do estudo [ler entrevista ao lado].
Mas é o resto, defendem os especialistas ouvidos pelo JN, que "determina os adultos que estas crianças poderão vir a ser, sendo aí que o Estado deve intervir", defende Albino Almeida, presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap).
"Televisão não substitui pais"


O facto de 69% das crianças passar mais de oito horas por dia na creche e de 90% passar a maioria do tempo a ver televisão "é inaceitável", mas não é novidade. "Este estudo confirma o que dissemos em 2008: as escolas deveriam organizar a componente de apoio à família, com actividades lúdicas, que nada têm que ver com professores. É aquilo a que os franceses chamam a Escola Maternal, ou seja, um projecto de educação com objectivos a cumprir ao nível da socialização e da motricidade - aquilo que competiria aos pais, caso não estivessem a trabalhar".


No entanto, na altura em que publicamente defendeu este projecto, foi acusado, lamenta, "de querer armazenar meninos na escola". Albino Almeida acrescenta agora: "Referia-me às crianças do 1º Ciclo, entre os 6 e os 10 anos. Afinal, esse projecto deve desenvolver-se muito mais cedo. É inadmissível que, numa creche, a actividade da criança seja baseada nas funções de adormecer e acordar, comer e ver televisão". O responsável só encontre duas soluções, e ambas passam pela intervenção do Estado: "Ou melhora a qualidade do trabalho que se faz nessas instituições para que as crianças esperem de forma correcta e positiva pelos pais, ou concede-se aos pais a redução do horário laboral durante cinco anos."
Manuel Coutinho, psicólogo Clínico e coordenador do SOS-Criança, vai mais longe. "Por um lado, o Estado deveria subsidiar as inscrições em instituições particulares; por outro, é importante facilitar a vida laboral dos pais, concedendo-lhe uma jornada contínua de trabalho até aos 12 anos da criança (seis horas em vez de oito)." E justifica: "A relação que a criança estabelece com os pais é fundamental para o seu desenvolvimento harmonioso. Isso exige tempo". Esse tempo, conclui, "não pode ser substituído pela televisão, nem a televisão, actividade passiva, pode ser substituída pelo que é o ponto de honra da educação nestas idades: ler, desenhar, fazer de conta". Qual é o tempo razoável para dedicar à televisão? Resposta peremptória: "Um filme por dia, no máximo".


Fonte:  
http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=1505180
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Maio - mês internacional da Doula

Maio - mês internacional da Doula

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De Espanha ... os bebés do outro lado da fronteira

Do outro lado da fronteira encontrei um conjunto de iniciativas interessantes e que dizem respeito aos nossos bebés.

* Dormir sem chorar

Já sabemos que deixar o bebé a chorar pode ser prejudicial para o seu desenvolvimento cerebral, assim sendo há que encontrar estratégias para, por exemplo, permitir que este adormeçam sem lágrimas. Cá em casa, por enquanto, funciona a mama e/ou colo. Se um dia necessitar de mais ideias, aqui está um site dedicado ao assunto:


* Kangur@s
Para o ser humano o contacto pele com pele, com outras pessoas, é essencial ao desenvolvimento e sobrevivência. No caso dos bebés até +ou- os primeiros 6 meses de vida este contacto permanente com um cuidador principal é fulcral e não deve ser descurado em  prol de berços, carrinhos, cadeirinhas e outros apetrechos que nos fazem acreditar serem os melhores para os nossos filhos. Sempre que deixamos os nossos bebés sozinhos é como se o seu mundo acabasse, o sofrimento que lhes causamos é, para nós, inatingível. Para um bebé ele e a mãe são a mesma pessoa e deixa-lo sozinho a baloiçar numa qualquer cadeirinha é rouba-lo de si mesmo, esvaziar o seu agora dando lugar apenas ao desconforto e ao terror de nunca mais voltar a sentir o conforto que só o contacto pele com pele pode trazer. O bebé humano quer-se nos braços de um adulto, o bebé humano não existe sem um adulto  e para o compreendermos basta pensar que a prática de manter os bebés sozinhos apenas se verificou no último século e em exclusivo no ocidente. 

 * Criando
Amamentar sim, em exclusivo (sem água, chá, comida etc...), pelo menos, até aos seis meses e de forma prolongada pelo tempo que a criança e a mãe se sentirem confortáveis, sim, mesmo que isso sigbifique que a criança mama até aos seis anos.


* Episiotomia.info
Cortar as mulheres só porque sim, sempre, mesmo quando não é necessário, só porque é mais prático para a equipa médica, sem informar, sem perguntar... simplesmente chegar ali e cortar como se o nosso corpo fosse sua propriedade? 














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A simplicidade voluntária (à procura do que é realmente importante)


A simplicidade voluntária (à procura do que é realmente importante)

05 ABR 10

http://www.tsf.pt/paginainicial/AudioeVideo.aspx?content_id=1536470
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