Regresso à cidade.




Estamos de volta, àquele sítio onde não se pode tocar nas paredes dos prédios, nem sentar no chão, sem ficar sujo.
 
Acabaram os passeios de mota e as corridas, sem medo de pisar cocós.
 
Adeus sombras e brincadeiras na terra porque, aqui, os espaços verdes são entre muros e pertencem só a alguns (como a Igreja, a EPAL, a PSP), a privados e/ou estão murados e abandonados.
 
Já não podemos beber dos bebedouros dos jardins pois, nesta cidade, eles são dos cães.
 
Voltamos aos carros estacionados nos passeios, aos prédios a cair de velhos, aos sem-abrigo e pedintes, ao lixo e ratos mortos no chão, ao ruído permanente do trânsito, às prostitutas, aos assaltos por esticão na rua que calcorreamos todos os dias, aos empregados de balcão mal humorados (pudera, levam com isto todos os dias), aos carteiristas do electrico 28.

Voltamos à cidade onde todas as iniciativas comunitárias são repetidamente boicotadas e arrasadas pelas autoridades que dizem velar pelo nosso bem-estar (como as hortas urbanas de que tanto necessitamos).

Olá cidade do cimento, da deterioração, dos carros estacionados nos passeios, da escassez de transportes públicos, da dificuldade de deslocação, das árvores arrancadas dos jardins públicos.

Cá estamos nós, rodeados de lixo, riscos nas paredes, cartazes colados por toda a parte (muitos de entidades públicas), sem uma única sala polivalente que as famílias possam utilizar para realizar actividades com as suas crianças, sem jardins púlbicos vigiados e limpos, sem espaço público de qualidade... em suma, sem liberdade.

Se tínhamos saudades? Claro que sim, nem sequer conseguimos imaginar a nossa vida sem isto.

Aceitam-se dicas de cooping


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