Aprender com prazer - poesia

" I am fond of poetry and know quite a lot of it. When our daughter was little, I used it to put her to sleep. Sometime thereafter we were driving somewhere at night and heard a small voice from the back seat reciting "Lars Porsena of Clusium, by the nine gods he swore"—the opening lines of "Horatius at the Bridge"—in a a two year old’s lisp. She now knows quite a lot more poetry. When I put my son to bed—my wife and I take turns—we generally talk for a while, then he asks for some poems."

http://daviddfriedman.blogspot.pt/2007/12/home-unschooling-practice.html

Vida de Outono


Com o regresso ao trabalho, o pouco tempo que tenho para vir à internet passo-o a ler os blogs do costume que são o Soulemama  e o The parenting passageway 

Continuo a aprender e questionar nos  fóruns e grupos do costume que são o Always Learning e Unschooling em Português 

Espreito a Horta EncantadaEscola é Bela e o Mel do Gabriel. 

Converso, converso e converso com as amigas, por mail e skipe.

Devoro 5 excelentes livros:

Refuse to choose - para quem acredita que não consegue escolher uma só profissão, uma só tarefa, um só projeto, uma só vida.

Slowing down to the speed of life - para quem vive em "modo de sobreviência"

Giving the love that heals - catalogado, pelo meu cansado cérebro como denso, muito sendo e por isso avança uma página por semana, em média.


Gingerbread boy - muito útil agora que apetece ligar o forno 

Room on the broom - a combinar com o chapéu de bruxa que nos tem acompanhado. Também da Julia Donaldson, autora do mostrengo-de-dentes-afiados-que-não-existe, mas, muito melhor. 

Brinco com os amiguitos angry birds, tanto no ecrã digital como espatifando os  ditos gelatinosos contra construções com blocos de madeira.

Descobri as alegrias das tintas ikea que, depois de despejadas em tabuleiros, aguentam os dias no frio. 

Adoro o Gru maldisposto e a Mérida (na verdade, eu queria ser a Mérida) continuo sem vontade de ver os estrunfes e muito menos de lhe mudar o nome. 

Finalmente acertei com um sítio para a mesa da natureza (ou as estações do ano ou o que lhe queiram chamar) que, não sendo uma mesa, cumpre a função sem ser abalroada pelas crianças e pelos gatos. 

A manta que era da minha avó e que foi tecida no tear da sua irmã, voltou ao meu sofá, depois de meses feita refém na varanda da vizinha. Eu pensei que havia caído à rua e sido imediatamente roubada, pelo que, o seu reaparecimento me fez sorrir para a cidade de que tanto reclamo.

Despachei mais roupas e "tralhas" cá de casa, mantendo-me fiel ao princípio "paixão ou lixo" tão bem apresentado pela Mel e algures explicado neste blog. Agora, entre as mudanças de peso e as sacas para doação, falta-me, outra vez, roupa formal de inverno.


A nossa casa, entre crianças que por cá ficam todo o dia em explorações, trabalho fora, micro doenças e cansaço, transformou-se num caos que só a grande amiga Tânia poderia domar mas nem toda a sua sabedoria e boa vontade deram conta do recado. Continuo a precisar de ajuda para as camisas, pólos e calças de trabalho perderem as "gelhas". Fico sempre a pensar como fazem os americanos que tanto dobram roupa sem a engomar?

Não podia estar mais contente com o tempo, chuva, trovões, nevoeiro, nuvens, vento e até um friozito. Perfeito. 

O meu carro funciona. Mesmo, funciona mesmo! Só continua sem rádio.

A "nossa baby sitter" é adorável (mandem sms que eu dou o contacto).

A rotina e actividades planeadas para o Outono foram todas pelos ares pois o trabalho fora de casa intromete-se em tudo mas, outras rotinas começam a  surgir e, finalmente, incluem mais crianças em ED, numa base regular.

A alimentação saudável foi pelo cano. Mantenho as coisas que entraram no dia-a-dia familiar, como rotina - kefir, leite cru, poucos grãos embora eu me empanturre de espelta, 0 trigo, superalimentos -  e tudo o resto, foi-se com os 23% de iva - e outros aumentos que não percebi mas que devem ter existido pois sentem-se na fatura -  e com falta de tempo.

O trabalho é muito, tanto que mal durmo mas é muitissimo bem-vindo e encaixa bem nas horas em que o rapaz dorme, i.e. como agora, por volta das 3 da manhã e por isso mesmo perco o sono. 

Trabalhar bem fora de casa, ser boa-mãe-a-tempo-inteiro-de-criança-não-escolarizada, boa amiga e boa "esposa", parece tarefa impossível! Mesmo com um marido e pai dedicado e presente, sinto-me a fazer tudo pela metade, tudo com falhas e dias há em que me sinto a 1000, prestes a explodir. É por isso que o segundo livrito mencionado lá em cima, vai comigo na mochila para todo o lado.

Nada como um regresso ao trabalho para observar e sentir o quando mudei em 4 anos. Tudo o que faço, digo, sinto, tudo o que vejo, 4 anos depois, é de tal forma diverso que ainda não sou capaz o traduzir em palavras.Não sei se alguém vê ou sente estas mudanças, para além de mim e do óbvio - o filho, as rugas, a memória curta, certo - mas eu vejo e sinto, em cada interação, em cada pequeníssima escolha que faço, a cada minuto do dia. 


Continuo sem perceber como envelopar todos os meus sonhos, como os manifestar, às vezes nem sei se ainda sonho de tão embrenhada que estou em tudo. Um dia, escrevo sobre os sonhos, aqui ou noutro sítio qualquer, só para não lhe perder o jeito. 

E o vosso Outono, que sonhos e realizações trouxe?

E agora, fim da procrastinação e regresso à labuta.

ups, 4, já são 4 da manhã. 

Gratidão ♥ *•.¸Paz¸.•♥•.¸Amor¸.•♥•.¸Sabedoria¸♥ •.¸Prazer¸.•♥•.¸Alegria¸.•♥•.¸¸ Vida