A casa como extensão do eu


A nossa casa deve ser um refugio para a alma.
Mas nem sempre é sinónimo de bem estar, harmonia e segurança.

Temos fases da nossa vida em que não conseguimos estar em casa. Parece que a casa nos oprime e contrai.
São geralmente alturas de vazio. Altura em que o nosso próprio ki está num turbilhão.

Por vezes tentamos mudar de local de forma a nos livrarmos dessa sensação, tentando encontrar uma habitação ideal onde nos sintamos em casa. Mas a sensação não desaparece.

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Como tal, quando não nos sentimos bem em casa, estamos a fugir de nós próprios ou não nos sentimos bem na nossa pele.


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As nossas casas fazem parte do nosso corpo físico, são as nossas fronteiras mais externas, como tal estão intrinsecamente ligadas aos nossos pensamentos e emoções.
A nossa casa reflecte sempre quem nós somos, e não só o nosso lado racional de quem “pensamos que somos”, mas todo o outro lado escondido e indomável das emoções e sentimentos, a forma como sentimos o nosso espaço, como escolhemos utilizar ou não as várias divisões da casa, como optamos por resolver ou não os problemas que esta nos vai apresentando.

Escolhemos as casas conforme os desafios que temos de passar na vida, se não evoluímos numa determinada habitação a seguinte terá as mesmas questões por resolver.

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in http://serpentedalua.com/note/a-casa-como-inimigo/ via Catarina Pardal

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