Independentemente do tipo de pais que queremos ou conseguimos ser, vai sempre haver um (ou muitos) dia(s) em que os nossos filhos se vão atirar ao ar (ou ao chão) a fazer uma grande birra. São crianças, ainda não aprenderam a esconder as emoções e quem me dera, de vez em quando, ter a liberdade de também dar uns gritos e pontapés sem ninguém para me recriminar por isso :)
Uma vez, vi um miúdo a chorar e gritar de tal maneira por não o deixarem fazer determinada coisa que até ficou com falta de ar e tiveram que o socorrer com uma maquineta de vapores. Fiquei impressionada com aquilo. Todos estavam em sofrimento e penso que muito dificilmente alguém poderia dizer que aqueles pais estavam errados por não deixar o seu filho de 3 anos ir para a rua numa noite de frio e chuva (era disso que se tratava).
O miúdo já estava constipado, tinha febre, estava com sono e havia visitas em casa. Agora penso que a birra e a crise de falta de ar foram a única forma que ele encontrou de exprimir o seu mal estar.
Só espero saber lidar, de forma não violenta, com situações destas quando acontecerem com os meus filhos porque sei que vão acontecer :)
eu também acho que os pais são os melhores do mundo para os filhos e que umas repreensões na hora certa não podem ser consideradas 'violência'. uma coisa tenho como certa: aos quase 19 meses a minha filha é muito feliz, as birras que faz são muito poucas e fazem parte dela estar a explorar o mundo. tem o privilégio de crescer muito perto da mãe e do pai e, por isso, tem de levar com eles quase a toda a hora :), o que torna as relações mais intensas, em todos os sentidos. como filha única que é, exige atenção e quando não tem como deseja, exige da forma que conhece: chama a atenção através de comportamentos que já sabe que vão surtir em nós efeito. E nós, adultos, Pais, caímos muitas vezes nessa falácia... simplesmente porque temos de fazer outras coisas para além de passar o dia a olhar para a nossa menina... que já tem 90% da nossa atenção e que fica a reclamar pelos outros 10%. parece-me tudo não normal, tudo tão seguro, que decido não me preocupar nem por mais um minuto. nomeadamente sem culpas. Eu sou a educadora, já não sou mais a filha. É a ela que eu dedico os meus dias e a minha vida. mas não tento ser uma super mãe, porque não sou uma super mulher. sou apenas como sou e sei que a minha filha gosta muito de mim assim. o meu amor é absolutamente incondicional e sei que ela sabe disso, mesmo nos momentos de aperto. e tudo corre pelo melhor, quando temos uma vida cheia de saúde e de riso contagiante, a mais simpática das leoas de 2008 :)
ReplyDeleteamiga, o quanto eu quero dizer o mesmo quando o meu pequeno tiver essa idade :) já te ligo :)
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