há por aí alguém que saiba muito sobre este assunto? Estou com várias dúvidas muito urgentes:
- será que é possível fazer uma avaliação do períneo e pavimento pélvico de uma grávida de forma a perceber quais as probabilidades de estes resistirem a um parto vaginal sem episio? Ou será que esta ideia é absurda? Se isto se faz, quem o faz na AML?
- Quais as probabilidades de haver "rasgões" num parto vaginal quando houve uma episio num parto anterior? Há algum estudo que fale nisto? Alguém tem mais do que palpites sobre o assunto?
- É sempre melhor "rasgar" do que "cortar"? Quando é que sabemos se é melhor "rasgar" ou "cortar"?
- Quanto tempo antes do parto é necessário fazer os exercícios kegel e as massagens do períneo para que sejam eficazes?
- Alguma sugestão para lidar com uma episio que dói passado muitos anos de ter ido feita?
poderia fazer muito mais perguntas sobre o assunto mas são estas as que tem carácter de urgência.
Um grande obrigada antecipado a quem me puder ajudar :)
envio para o teu mail ok? beijinhos
ReplyDeleteOi Cátia,
ReplyDeleteA Cat já te deve ter enviado milhares de coisas.
Sempre li e ouvi que o melhor é rasgar e não cortar: primeiro porque pode não rasgar (e daí o corte ser desnecessário) e depois porque o corte envolve geralmente tecido e músculo enquanto que o rasgão é geralmente apenas no tecido. Por isso a recuperação é muito mais fácil no caso de uma laceração do que de uma episio.
Aconselho a leitura de blogues como xoepisio e fiqueamigadela.
Há um estudo recente português de gynob da MAC que chegam a esta conclusão. Se quiseres envio.
Quanto aos kegel, quanto mais cedo melhor. O acto de pompoar (exercitar os músculos da vagina) é benéfico não só para o parto mas para a saúde do nosso sistema reprodutor e urinário e na satisfação sexual do casal. Penso que se deve praticar desde a puberdade! Quanto à massagem no períneo, eu comecei a fazer pontualmente desde as 12 semanas, até quase ao parto, mas fui preguiçosa...
Dizem que há posições e movimentos que são mais propensos a rasgões ou o contrário: p.e., posições verticais ajudam a pele a esticar e a evitar rasgões, no entanto já ouvi dizer o contrário, que por o peso estar a contribuir para o acelerar do processo de parto, pode não dar tempo para a pele esticar o suficiente.
A imersão em água pode ajudar os tecidos a distender assim como a aplicação de óleo no períneo (mas há riscos associados a esta última pelo que deve ser feito por alguém com experiência). Na minha opinião, a mulher deve adoptar a posição que mais lhe for conveniente, mas se notar (ou pedir ao acompanhante que lhe diga) que está a ser demasiado rápido ou que o tecido está a adquirir uma coloração branca, deve amparar o períneo com a mão, para lhe dar tempo de esticar...
Quanto a segundos partos, sei de mulheres que rasgaram em locais diferentes da 1ª episio, porque o tecido cicatrizou bem.
Quanto a dores subsequentes a qualquer destes processos: recomendo que consultes esta sra.
Laira Ramos
Fisioterapeuta
(00-351) 964 224 220
lairaramos@perineo.info
www.perineo.info
Uma amiga minha teve um colóide doloroso após ser cosida e em poucas semanas com o tratamento localizado, aquilo regrediu! o site tem também muita info!
Não sei se há maneira de avaliar a resistência do soalho pélvico, mas se ele não resistir, há inúmeras maneiras de o reabilitar...
Espero ter ajudado,
m.
Se ainda ajudar, recomendo a comunidade G.O. Baseada em Evidências, no orkut. A dona é Dra. Melânia Amorim, obstetra brasileira que não faz episio há anos, e tem estudos sobre o assunto.
ReplyDeletehttp://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=1615199
À primeira pergunta, a resposta é com certeza não: não há como avaliar o períneo antes do parto. E mesmo as recomendações da OMS são ambíguas - falam que o profissional deve avaliar a necessidade da episio, mas não há nenhuma orientação ou evidência que diga em que circunstâncias ela se faria necessária.
Obrigada. Este tempo todo depois e ainda são infos muito úteis.
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