Na mitologia grega encontramos as DEUSAS cujas características, no seu conjunto, formam o "Feminino Sagrado" que existe em cada uma de nós. Chamam-lhes os "espelhos do feminino esquartajado e ferido".
De forma natural, cada uma de nós, de forma cíclica e em diferentes períodos da vida, tendemos a desenvolver mais as características de um dos arquétipos do que de outro e, de forma permanente, as marcas que transportamos (sejam de ordem societal, transgeracional ou familiar) levaam-nos a negligenciar, anular regeitar uma ou várias das características dos arquétipos que a seguir transcrevo:
A mulher ATENA: justiça, realização profissional, intelecto, política, estratégia, lógica, o pai;
A mulher AFRODITE: amor, sexualidade, relacionamentos, paixão, intrigas, beleza, artes;
A mulher PERSÉFONE: mundo oculto, misticismo, visão, morte e transformação, ingenuidade, a filha;
Mulher ÁRTEMIS: liberdade, instinto, desporto, natureza, meio ambiente, comunidades de mulheres;
A mulher DÉMETER: reprodução, a mãe, gravidez, crianças, nutridora, dar;
A mulher HERA: matrimónio, parceiro, compromisso, a esposa, poder;
A mulher HÉSTIA: solteira, meditadora, introspecção, reservada, virgem, lar interior;
A mulher HÉCATE: maturidade, sabedoria, menopausa, experiência, a anciã.
Não há uma que seja melhor ou mais completa do que as outras. Não é uma que seja pior ou menos completa do que as outras. Todas somos nós, todas se complementam e nós somos tudo isto.
O "segredo" está em aprender a contrabalançar as características de cada uma delas para que, pelo exagero da fixação num dos arquétipos ou pela sua negação, não se criem padrões patológicos.
Como exemplo.... a mulher Hera que estando focada no seu parceiro e não tendo feedback positivo do mesmo (ou mesmo sendo por este traída) desenvolve comportamentos auto-destrutivos, vingativos ou obcessivo-compulsivos perdendo a oportunidade de canalizar a sua energia para projectos construtivos como o faria a mulher Atena. Do mesmo modo, a Atena, quando desligada do seu potencial enquanto parceira, amiga, amante pode desenvolver um padrão individualista/egoísta que a afastará da sua essência feminina e de relacionamentos completos tendo neste caso necessidade de se completar com as características inerentes ao arquétipo da Deusa Afrodite, Hera, Ártemis....
Intrepertação da obra O Feminino reencontrado, Nathalie Durel
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