Há semanas que tenho vindo a sentir um acentuar do mal estar com todos os pequenos (e alguns bem grandes) pormenores que estavam por finalizar em casa.
O facto de o final da gravidez não ter coincidido com o final das obras, fez com que, apesar dos nossos esforços para criar um ninho acolhedor, muitas coisas se arrastassem, até hoje, sem serem terminadas. São portas que nunca chegaram, roda-pés que não se montam sozinhos, paredes que não se vão pintar enquanto houver crianças que as utilizam para exercícios criativos, ou para, depois do repasto, limpar as mãos engorduradas.
Para viver confortavelmente, necessito de odores que meu olfacto imediatamente associe a segurança, conforto e tranquilidade. Não se trata de um perfume ou ambientador específico, trata-se do "cheiro a casa". Será que há muitas pessoas com esta forte e indescritível sensação de "cheiro a casa"? Necessito também de um universo imagético rico. Não tem que ser caro, muito menos "clean" ou "minimalista", tem que ser exuberante em pormenores e referências diversas, quanto mais claro melhor, quanto mais quente e colorido melhor, quando mais exótico melhor. Nada de coisas novas, brilhantes com luzes fortes e brancas. Eu gosto mesmo é do velhinho, em sobreposições de memórias.
Por algum motivo, desde que nos mudados, nunca me senti em casa e estas duas componentes vinham sempre no topo da lista das reclamações - "a casa não cheira a casa, cheira a rua." Acompanhada de, "não me sinto em casa, é um espaço despido de memórias, sem alma".
Tendo deixado a antiga casa mobilada e equipada (incluindo as nossas loiças, roupas de cama, objectos decorativos...), estando a viver num espaço permanentemente em obras e com uma criança a correr e saltar por todo o lado, tem sido difícil criar e manter os 5 sentidos satisfeitos (ou isso ou há outra explicação qualquer que tenho esperança que o Feng Shui Feminino me ajude a desvendar).
Não dispor de um cantinho para me inspirar, para relaxar, um espaço dedicado à calma, ao belo, no qual me posso sentar e pensar, sentir, escrever, ler, observar imagens bonitas (e que cheire "a casa", claro), tem sido uma queixa recorrente e já nem eu me podia ouvir a reclamar.
O mal estar foi-se agigantando ao ponto de ter empreendido uma super limpeza e (felizmente, feita com a a ajuda de 3º's) e a total reorganização dos espaços que já dura há praticamente um mês. Quase nada ficou no mesmo lugar, nem sequer dentro dos armários.
Para viver confortavelmente, necessito de odores que meu olfacto imediatamente associe a segurança, conforto e tranquilidade. Não se trata de um perfume ou ambientador específico, trata-se do "cheiro a casa". Será que há muitas pessoas com esta forte e indescritível sensação de "cheiro a casa"? Necessito também de um universo imagético rico. Não tem que ser caro, muito menos "clean" ou "minimalista", tem que ser exuberante em pormenores e referências diversas, quanto mais claro melhor, quanto mais quente e colorido melhor, quando mais exótico melhor. Nada de coisas novas, brilhantes com luzes fortes e brancas. Eu gosto mesmo é do velhinho, em sobreposições de memórias.
Por algum motivo, desde que nos mudados, nunca me senti em casa e estas duas componentes vinham sempre no topo da lista das reclamações - "a casa não cheira a casa, cheira a rua." Acompanhada de, "não me sinto em casa, é um espaço despido de memórias, sem alma".
Tendo deixado a antiga casa mobilada e equipada (incluindo as nossas loiças, roupas de cama, objectos decorativos...), estando a viver num espaço permanentemente em obras e com uma criança a correr e saltar por todo o lado, tem sido difícil criar e manter os 5 sentidos satisfeitos (ou isso ou há outra explicação qualquer que tenho esperança que o Feng Shui Feminino me ajude a desvendar).
Não dispor de um cantinho para me inspirar, para relaxar, um espaço dedicado à calma, ao belo, no qual me posso sentar e pensar, sentir, escrever, ler, observar imagens bonitas (e que cheire "a casa", claro), tem sido uma queixa recorrente e já nem eu me podia ouvir a reclamar.
O mal estar foi-se agigantando ao ponto de ter empreendido uma super limpeza e (felizmente, feita com a a ajuda de 3º's) e a total reorganização dos espaços que já dura há praticamente um mês. Quase nada ficou no mesmo lugar, nem sequer dentro dos armários.
Lembram-se do meu quarto da confusão? o nosso "Quarto, escritório, roupeiro, dispensa" que não conseguíamos definir nem organizar? Finalmente passou a ser um quarto com sentido e que preenche os sentidos.
Finalmente, tenho um quarto para mim, bem ao jeito do "Room of One's Own" da Virginia Wolf (livro que tenho em lista de espera e que tendo encontrado o "meu quarto", posso, finalmente, ler).
Assim que ficou pronto, vieram os gatos rebolar no tapete novo, reconhecer cada objecto, miar muito....
Agora que o S. tem menos vontade de se pendurar nos armários e atirar todo o seu conteúdo para o chão (ainda acontece mas com menos frequência), pude voltar a criar o meu cantinho de oração e contemplação, este ano dedicado à Deusa Mãe.
Andava eu eu plena mudança, já havia esvaziado todos os armários, ensacado montanhas de coisas para dar e vender, atirado com alguns móveis par o lixo (melhor dizendo, devolve-los ao lixo dado que respigamos quase tudo), quando soube que se aproximava o Novo Ano Lunar. Tempo de "Relembrar, libertar e renascer".
"Em casa é importante fazer uma revisão do que já não se precisa, arranjar ou deitar fora o que está estragado."
Curiosamente, uma das coisas que senti necessidade de fazer, foi a criação de um painel branco, mesmo à entrada de casa, pode possamos ir escrevendo a nossa história, em imagens e palavras. A acompanha-lo, um cabide novo. Como é que haveríamos de sentir que chegamos a casa se não havia um sítio para pendurar o casaco? (o S já tinha o dele há muito tempo, nós é que não). Só ainda não foi desta que fizemos o cabide de tronquinhos, com cheirinho a floresta....
Já há muito que invisto na criação de espaços agradáveis e divertidos que permitam ao S. brincar e gostar de estar em casa. Em 2011, dediquei muito tempo e energia a pesquisar como tornar a casa mais apelativa para o S. de forma a que ele tivesse menos necessidade de ir para a rua. Desta forma, cansa-mo-nos muito menos e estamos menos expostos ao que eu chamo de "agressividade da cidade".
A estratégia resultou e passamos muito tempo a brincar na cozinha improvisada debaixo da bancada da cozinha de verdade ou, a brincar às tendas debaixo de panos vários que vou espalhando pela casa. Outra das coisas que ele adora é brincar com os carrinhos na pista que fizemos no chão com fita-cola ou, brincar aos tractores na caixa de areia que está na varanda.
Também desenvolvemos algumas actividades rotineiras como regar as plantas, pôr a mesa (3X por dia e ao ritmo de uma criança de dois anos que tem que atravessar a casa para chegar da cozinha à mesa da sala, é actividade para horas e horas), pôr a roupa a secar, dar banho aos bonecos e carros, ver os senhores das obras trabalhar (vemos obras, camiões, betoneiras e gruas de todas as janelas)...
... não restam dúvidas de que o rapaz está satisfeito em casa e agora também estou muito satisfeita com a energia de mudança com que esta Lua Nova brindou o meu lar.
Desde a gravidez que acompanho a lua. Apesar do fascínio universal pela lua cheia e de essa ser praticamente a única referência anterior que eu tinha sobre as lunações, quando comecei a lua em mim, foi a Lua Nova que me atraiu.
Depois de pesquisar, percebi que a Lua Nova é altura ideal para deixar partir o que já não nos serve, de esvaziar e arrumar a vida, a casa, a alma. É tempo de libertar velhos padrões e paradigmas, de recomeçar com novo fôlego que nos aproxime da nossa verdade. Tempo de renascer, de plantar novas sementes, de traçar novos objectivos ou de trazer nova vida a projectos antigos. É tempo de focar no que realmente é importante e de fazer alterações nas nossas vidas que nos aproximem da nossa verdade (o meu favorito: http://newmoonmanifesting.com/).
Desde a gravidez que acompanho a lua. Apesar do fascínio universal pela lua cheia e de essa ser praticamente a única referência anterior que eu tinha sobre as lunações, quando comecei a lua em mim, foi a Lua Nova que me atraiu.
Depois de pesquisar, percebi que a Lua Nova é altura ideal para deixar partir o que já não nos serve, de esvaziar e arrumar a vida, a casa, a alma. É tempo de libertar velhos padrões e paradigmas, de recomeçar com novo fôlego que nos aproxime da nossa verdade. Tempo de renascer, de plantar novas sementes, de traçar novos objectivos ou de trazer nova vida a projectos antigos. É tempo de focar no que realmente é importante e de fazer alterações nas nossas vidas que nos aproximem da nossa verdade (o meu favorito: http://newmoonmanifesting.com/).
A experiência da maternidade trouxe tantas alterações que, mês após mês sinto esta necessidade de renovação, mês após mês sinto o novo eu a tentar emergir (muitas vezes envolto em angustia e sofrimento), a lutar contra os velhos padrões, paradigmas e crenças, a procurar e testar novos alicerces. A Lua Nova é, sem dúvida, o meu tempo por excelência e, todos os meses, a celebro e ritualizo, com a intenção.
Não terá sido por acaso que, 22 meses depois do parto, voltei a menstruar, em plena lua nova (ciclo da lua branca). O turbilhão que senti nos 32 meses anteriores (sim, porque eu estive gravida 10 meses), intensificou-se com a chegada da menstruação, as vivências tornaram-se cada vez mais fortes, sinto-me cada dia mais visceral, mais intensa....
Amanhã, 23 de Janeiro, dia de Ano Novo Lunar, recebo a visita da Sofia Batalha, vamos analisar a nossa casa e a minha relação com ela. A minha alma necessita desta abordagem como o corpo necessita de água, sem uma compreensão profunda de mim e da forma como me relaciono com o espaço em que me movimento, sei que não serei capaz de agradecer o que construí até agora e de continuar a caminhada.
Parabéns pela "revolução" ou revoluções.
ReplyDeleteSó gostaria de comentar que nós, Touros, temos muito esse instinto de conforto caseiro. Para mim, o ideal é ter uma casa confortável e prática. Penso sempre naquelas cottages inglesas com papel de parede de flores e sofas e almofadas de estampado florido em fundo creme, com quadrinhos de ponto de cruz ou paisagens campestres pendurados... (não, a minha casa não é assim, lol)... Quanto a cheiros, acho que isso depende daquilo com que crescemos... Apesar de certos cheiros me serem agradáveis e reconfortantes (um ou outro ambientador ou detergente), dou por mim a preferir apenas o cheiro neutro da roupa lavada e engomada, o cheiro do pão acabado de fazer ou de terra fresca na varanda...
Uma das coisas que me ajudou nesta semana que passou foi precisamente arrumar a casa, mexer em coisas que estava a adiar há muito tempo "porque agora tenho outras coisas mais importantes para fazer". Notei que me trouxe paz, que trouxe harmonia à M. e ao P... Que coincidiu com um fim e um recomeço...
Bjs