Maternidade como processo de cura


 A maioria das mulheres anda espremida entre o trabalho pela sobrevivência - quantas de nós trabalham no que amam , ok no que gostam, e são pagas por isso? - as lides da casa e, algumas, poucas, horas por dia/semana, os filhos.

As que conseguem deixar o trabalho remunerado e sem graça, se libertam da crença que que o paraíso é das que conseguem manter uma casa a brilhar, roupas em perfeitas condições e refeições xpto à mesa 3x dia, para se dedicarem ao processo de desenvolvimento pessoal através do encontro com a sombra e cura que também é a maternidade, são criticadas em todos os quadrantes

Portanto, subscrevo tudo no texto que se segue, à excepção da parte "quando as mães não conseguem satisfazer a sua necessidade de desenvolvimento pessoal separadamente das necessidades dos seus filhos e família, as avarias e falhas no sistema sustentador manifestam-se em forma de depressão, ansiedade..." há quem tenha encontrado, precisamente aí, a centelha e a lenha que permitiram iniciar e alimentar o processo de cura.

" Nenhuma mãe humana jamais foi desenhada para ser a única fonte de energia que sustenta a vida do seu filho sem receber também apoio e ajuda externa, para ela pessoalmente e para as suas necessidades individuais. Se bem que de inicio nós as mães sustentamos com a mesma substância do nosso corpo e depois com o nosso coração, mente e alma, a energia que gastamos em criar deve repor-se sempre com o cuidado e desenvolvimento pessoal, sem querermos realizar de um maneira ótima o trabalho de sermos mães. Ninguém esperaria que um campo de colheita produza ano após ano, sem reabastecer o solo e adubar-se periodicamente, e ainda esperamos que as mães façam isso. E muitíssimas mães nem sequer creem poder pedir ajuda! Quando não se repõe periodicamente o combustível necessário para criar e ajudar os outros, ou quando as mães não conseguem satisfazer a sua necessidade de desenvolvimento pessoal separadamente das necessidades dos seus filhos e família, as avarias e falhas no sistema sustentador manifestam-se em forma de depressão, ansiedade, e inclusive violência, que afectam tanto as mães como os filhos. Então a doença converte-se na única forma socialmente aceite para satisfazer essa necessidade de sustento."

Eu sei, somos poucas, somos raras e por isso somos incompreendidas e criticadas, mas, existimos.

Terapeutas, amigos, professores, guias, familiares, conhecidos e desconhecidos, lembrem-se, este é o caminho que escolhemos,
reconhecer e aceitar esta nossa especificidade é a única forma de nos ajudar a traçar e alcançar o tão almejado "sucesso".

De Christiane Northrup por Xuxuta Grave instrutora de kundalini Yoga, uma das mais belas mulheres que conheço. 


Gratidão ♥ *•.¸Paz¸.•♥•.¸Amor¸.•♥•.¸Sabedoria¸♥ •.¸Prazer¸.•♥•.¸Alegria¸.•♥•.¸¸ Vida

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