O espaço existente entre o parto esperado e o parto recordado não pode ser relatado por quem viveu o acontecimento por dentro e transporta consigo, mais do que uma memória factual, expectativas, ansiedades, medos e emoções.
Apesar de manter um espírito crítico sobre a experiência e de sentir necessidade de a contar ao mundo devo dizer que, neste momento, o que correu pior não é para mim importante enquanto mulher e mãe. O mais importante é realmente ter o bebé saudável e comigo.
A importância do sucedido e do seu relato encontra-se na responsabilidade que penso ter enquanto cidadã, na necessidade que sinto de contribuir para a melhoria da forma como se nasce em Portugal.
No meu caso, o trabalho de parto e parto correram bem e o "mau atendimento" centrou-se nos cuidados ao recém nascido no pós-parto.
Considero essencial que, em partos sem complicações, se melhore a forma como se recebem os nossos bebés e se lhes prestam os primeiros cuidados. Há questões essenciais a ter em conta:
- colocar o bebé no colo da mãe (ou do acompanhante) logo após a expulsão;
- dar ao bebé tempo para mamar e lentamente activar a respiração pulmonar antes de cortar o cordão umbilical;
- não transportar mãe e bebé de sala em sala no pós-parto para que se mantenham calmos e possam desenvolver devidamente o vínculo mãe-filho;
- prestar todos os cuidados neonatais no colo da mãe;
- apoiar e aconselhar a amamentação nos primeiros minutos de vida (uma má pega inicial pode arruinar por completo a amamentação);
- não dar banho ou vestir o bebé, deixa-lo a receber o calor da mãe pele com pele;
Ou seja, simplificar. Simplifiquem e teremos crianças mais calmas menos mães deprimidas!!!!!!!!!!!!!!
No comments:
Post a Comment