"PROFISSÃO "MÃE"
Ana foi renovar a sua carta de condução. Pediram-lhe para informar qual era a sua profissão.
Ela hesitou, sem saber bem como se classificar.
-"O que eu pergunto é se tem um trabalho", insistiu o funcionário.
-" Claro que tenho um trabalho", exclamou Ana.
-"Sou mãe".
-"Nós não consideramos 'mãe' um trabalho. Vou colocar Dona de casa", disse o funcionário friamente.
Não voltei a lembrar-me desta história até ao dia em que me encontrei em situação idêntica...
A pessoa que me atendeu era obviamente uma funcionária de carreira, segura, eficiente, dona de um título sonante.
-"Qual é a sua ocupação?" Perguntou.
Não sei o que me fez dizer isto; as palavras simplesmente saltaram-me da boca para fora:
-"Sou Doutoraem Desenvolvimento Infantil e em Relações Humanas. "
A funcionária fez uma pausa, a caneta de tinta permanente a apontar para o ar e olhou-me como quem diz que não ouviu bem...
Eu repeti pausadamente,enfatizando as palavras mais significativas.
Então reparei, maravilhada, como ela ia escrevendo, com tinta preta, no questionário oficial.
Posso perguntar", disse-me ela com novo interesse, "o que faz exatamente?"
Calmamente, sem qualquer traço de agitação na voz, ouvi-me responder:
-"Desenvolvo um programa a longo prazo (qualquer mãe faz isso), em laboratório e no campo (normalmente eu teria dito dentro e fora de casa).
Sou responsável por uma equipa (a minha família) e já recebi quatro projectos (todas meninas). Trabalho em regime de dedicação exclusiva (alguma mulher discorda???), o grau de exigência é em nível de 14 horas por dia (para não dizer 24 horas).
Houve um crescente tom de respeito na voz da funcionária que acabou de preencher o formulário, se levantou e pessoalmente foi abrir-me a porta.
Ana foi renovar a sua carta de condução. Pediram-lhe para informar qual era a sua profissão.
Ela hesitou, sem saber bem como se classificar.
-"O que eu pergunto é se tem um trabalho", insistiu o funcionário.
-" Claro que tenho um trabalho", exclamou Ana.
-"Sou mãe".
-"Nós não consideramos 'mãe' um trabalho. Vou colocar Dona de casa", disse o funcionário friamente.
Não voltei a lembrar-me desta história até ao dia em que me encontrei em situação idêntica...
-"Qual é a sua ocupação?" Perguntou.
Não sei o que me fez dizer isto; as palavras simplesmente saltaram-me da boca para fora:
-"Sou Doutora
A funcionária fez uma pausa, a caneta de tinta permanente a apontar para o ar e olhou-me como quem diz que não ouviu bem...
Eu repeti pausadamente,enfatizando as palavras mais significativas.
Então reparei, maravilhada, como ela ia escrevendo, com tinta preta, no questionário oficial.
Posso perguntar", disse-me ela com novo interesse, "o que faz exatamente?"
Calmamente, sem qualquer traço de agitação na voz, ouvi-me responder:
-"Desenvolvo um programa a longo prazo (qualquer mãe faz isso), em laboratório e no campo (normalmente eu teria dito dentro e fora de casa).
Sou responsável por uma equipa (a minha família) e já recebi quatro projectos (todas meninas). Trabalho em regime de dedicação exclusiva (alguma mulher discorda???), o grau de exigência é em nível de 14 horas por dia (para não dizer 24 horas).
Houve um crescente tom de respeito na voz da funcionária que acabou de preencher o formulário, se levantou e pessoalmente foi abrir-me a porta.
Quando cheguei a casa, com o título da minha carreira erguido, fui recebida pela minha equipa.
Senti-me triunfante.
Maternidade... que carreira gloriosa!
Assim, as avós deviam ser chamadas "Doutora-Sénior
As bisavós: "Doutora- Executiva-Sénior".
E as tias: "Doutora - Assistente".
Mande isto às futuras mães, às mães, avós, bisavós e tias que conheça.
Uma homenagem carinhosa a todas as mulheres, mães, esposas, amigas e companheiras.
Doutoras na Arte de fazer
"Somos do tamanho dos nossos sonhos."
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