Cá estamos depois de uma reunião que foi animada e cheia de propostas.
O bebé brincou muito por entre as mesas e perna das cerca de 60 pessoas presentes.
Apresentei a proposta na da Casa Inteiramente dedicada à maternidade, na minha mesa e foi a aprovada por unanimidade (como todas as propostas de todas as mesas).
A facilitadora do meu grupo (voluntária e sem poder ter os seus filhos presentes estava muito contente por estar na companhia do meu bebé.) apresentou as propostas da minha mesa que lá ficou, a pairar no ar, por entre as necessidades de demolição de barracões, alcatroar ruas, recuperar prédios, fazer parques de estacionamento, and so on.
No total, deixei 3 propostas:
- cedência e possível gestão corrente, por parte da CML, de um espaço onde se possa criar uma casa/jardim inteiramente dedicada à maternidade e bebés. Uma casa que esteja aberta ara receber mães e bebés e que seja catalizadora dos esforços da sociedade civil e dos profissionais, pais e mães e trabalham a gravidez, maternidade e cuidados à primeira infância de uma forma global;
- colocação de uma cerca no Jardim da Feira da Ladra que permita criar uma zona livre de dejectos de cães onde os nossos bebés possam gatinhar em segurança;
- reconversão e abertura ao público do jardim do quartel da Graça incluindo uma zona interdita a animais onde bebés e crianças possam brincar em segurança.
Deixei ainda duas sugestões para futuros OP (no questionário de avaliação):
- criar mecanismos que permitam recolher as opiniões das crianças sobre a sua cidade. permitir aos mais pequenos participar no OP;
- nos momentos presenciais do OP, criar espaços e condições para que participantes e facilitadores possam levar os seus filhos.
Numa dada altura, uma das mulheres/mães presentes comentou o quanto as crianças nos limitam na nossa vontade de participar e ser socialmente activos. Respondi que não é o meu filho que me limita, é a sociedade em que me insiro que nos limita, que nos restringe a participação ao tornar o dia-a-dia impossível para uma mãe com um bebé. Somos sistematicamente excluídos de todo o tipo de actividades e isso sim é limitador.
Já devem ter ouvido dizer que "Não existe essa coisa chamada bebé", o que existe é o bebé e sua mãe (seja mãe biológica ou um outro cuidador principal), também não existem cidades sem gente e os bebés e crianças são gente e, como tal, tudo deve ser pensado e feito de forma que estes possam ser incluídos.
Excelente, Cátia. Parabéns pelo exercício da cidadania, coisa tão rara hoje em dia.
ReplyDelete(Vou providenciar os links que pediste, tá bem?)
Cátia,
ReplyDeleteParabéns pela iniciativa! É uma excelente ideia!
Agora é avançar com determinação!