Amamentar até aos 8 anos

11 comments:

  1. Muito perturbador, Cátia! Mas tu concordas com a senhora, amamentar até essa idade?
    É muito raro não entender algo com que não concordo - consigo sempre ver o ângulo da opinião - mas aqui, não consigo de todo.

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  2. Olá Mel,

    também considero tudo muito perturbador. Nem sei bem o que pensar porque sei que, fisiologicamente, a idade natural de desmame de um humano deveria andar entre os 2 e os 7 anos mas a verdade é que esta foi a primeira vez que vi tal coisa e não consigo deixar de reagir com muita estranheza. Talvez se fosse para um local onde se vissem muitos miúdos mais velhos a mamar a coisa se fosse entranhando? Enfim, prefiro dizer apenas que não me consigo imaginar em tal situação.

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  3. já agora, espero não estar a dizer asneira quando digo entre os 2 e os 7.

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  4. O problema é que do fisiológico ao cultural vão mil passos. Fisiologicamente devíamos parir aos 20 e poucochinhos, porque é quando estamos mais aptas, e morremos pouco depois da menopausa, porque já não há razão para cá estarmos. Já estamos bastante afastados do nosso estado natural. Acho que sim, que devemos encontrar o nosso caminho de volta em algumas coisas - simplificar, simplificar, simplificar - mas outras, não, porque o preço social é demasiado alto.

    Acho muito violento prender essas meninas à primeira infância assim. Crescer já é duro o suficiente sem esses sinais confusos de quem mais as devia ajudar.

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  5. O pai de uma amiga minha mamou até aos 11 anos.
    Hoje é uma pessoa realizada, trabalhadora, casado e com 2 filhos. Não vejo que o desmame tardio lhe tenha trazido problemas. O "problema" está na cabeça das pessoas. Há quem defenda que fisiologicamente, o ser humano deveria mamar até começar a ter dentes definitivos (a partir dos 6 anos) ou até deixar de ter dentes de leite (até aos 11-12 anos)...
    Pessoalmente, gostaria que a minha filha não mamasse até tão tarde, porque dá mais trabalho ter sempre a mama de fora que ir ao frigorífico buscar um copo de leite (de aveia, arroz ou soja) ;P
    bjs e obrigada pela partilha.

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  6. Vi esse vídeo há uns anos atrás (e não agora ;)) e certamente há também quem me considera uma "aberração" (as pessoas que me conhecem pessoalmente se calhar nem tanto, mas quem só ouvisse os "factos" bem o podia achar), mas como costumo dizer, "o que os outros dizem sobre mim, não diz nada sobre mim e tudo sobre os outros".
    E ao que me lembro essa menina algures disse que "mamar era melhor do que comer marshmallows" não foi?
    Ninguém obriga nenhuma criança a mamar, é fisiologicamente impossível. Não será um assunto íntimo que se calhar teria sido melhor não se publicar (nem aqui, nem no youtube?)...a) para ninguém se sentir "perturbado" e b) para proteger essa famílias (não sei se a menina tem noção que um vídeo no youtube significa)

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  7. Obrigada Natália por pores o dedo na questão mais importante: isto nem devia andar na net ou noutro lado qualquer porque faz parte da intimidade. Ao ler o que escreveste fez-se clic: isto não devia estar aqui nem em lado nenhum. Pertubou-me porque eu não deveria estar a ver estas imagens. Como dizia, eu sei que a idade de desmame natural anda algures entre os 2 e os 7 anos (ou 111 ou 12 como diz a Moya) e o meu cérebro aceita esse facto, no entanto, não reagi bem às imagens de uma menina de 7 anos a mamar. Pois claro, não podia reagir bem porque estas imagens não deveriam existir e
    não deviam estar aqui.

    Quando ao dia-a-dia, gostaria muito que fosse habitual ver crianças mais velhas a mamar ao peito. Mamar ao peito deveria ser algo muito natural mas, como eu mesma posso constatar ao ver este vídeo e a "estranheza" que me causa, não o é.

    No meio disto tido, o mais difícil e traumatizante para estas meninas é o facto de ter sido feito este vídeo e transmitido na net. Essa é que é a verdade.

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  8. Só um aparte: este vídeo também me causa alguma estranheza, mas não é por ser certo ou errado, íntimo ou público. É apenas porque, no contexto em que vivi toda a minha vida 1) não conheci ninguém que tivesse dado de mamar até tão tarde; 2) nem sequer ouvi falar (até há alguns anos) dessa possibilidade; porque 3) eu e a maior parte das pessoas que conheço da minha idade são filhos únicos (ou com poucos irmãos), que não foram amamentados nem cresceram num ambiente em que isso fosse o normal (com "normal" não estou a fazer juízos de valor, mas apenas a reportar um valor estatístico). Assim, o facto desta família ter decidido partilhar a sua realidade é uma mais valia para mim, pela qual agradeço.
    Também fui algo criticada por ter mostrado parte do meu vídeo do parto na TV, "porque essas coisas são íntimas", mas fico feliz por saber que algumas pessoas o viram e abriram as suas mentes para uma possibilidade que nunca lhes tinha passado pela cabeça que fosse possível, devido ao "balizamento" de que foram alvo toda a sua vida.
    A malícia está nos olhos de quem a vê... Com tanta informação xxx com que somos bombardeados dia e noite, penso que não é um vídeo que reporta um momento familiar - íntimo, é certo - que nos deve deixar indignados... Mas isso é só a minha opinião... Um abraço a tod@s, m.

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  9. Mel, essa de que depois da manopausa já não fazemos cá falta é muito boa. Desde que me comecei a interessar sobre este o feminino fisiológico e mamífero nunca me visto as coisas desse ponto de vista. Lembro-me de já ter feito comentários cómicos nessa óptica mas nunca me ocorreu tal coisa como contraponto à necessidade que agora sinto de responder mais à fisiologia do que à cultura. O contraponto fez-me rir à brava!!!

    Moya, também concordo que o documentário sobre o parto em casa abriu muitas portas e trouxe à luz uma realidade que andava "escondida" ainda bem que o fizeste! Também não recrimino esta mãe mas sim a sociedade em que vivemos que transformou coisas simples em grandes complicações.

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  10. Outro aparte: Acho que fisiologicamente o nosso "trabalho corporal" pode acabar com a menopausa, mas o nosso trabalho etéreo continua: todas as informações que ficaram gravadas na nossa memória podem ser passadas às gerações mais novas - as nossas experiências, aquilo que vimos - pelo que discordo quando se diz que depois da menopausa "já não estamos cá a fazer nada"... Agora é que se pensa que os "velhos" só dão trabalho e se "despejam" num lar para viverem o resto dos seus dias; onde há sociedades - e há nem tanto tempo atrás, na nossa sociedade também, - as pessoas de idade são consideradas sábias e dignas de aconselhar, devido à sua experiência... Mas isso são outras histórias.
    bjs, m.

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  11. lol, nós também não concordámos, era só piadinha!

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