Perante uma notícia destas sinto um nó na garganta. está aqui e insiste em não ir embora. Preferia 1000 vezes que viessem dizer que estava tudo maluco e o BPA (e outras m#%#%) não fazem mal nenhum.
O que é vão fazer duas gerações expostas a plásticos e mais plásticos cheios de Bisfenol A e outros químicos? Sentar-se e esperar que a doença se anuncie?
O que é o Bisfenol A?
Bisfenol A, um estrógeno sintético encontrado no plástico.
Está presente nas caixas com que aquecemos a comida no microondas, nos biberões e esterilizadores de biberões (que também aquecemos no microondas e levamos à máquina de lavar loiça), nos cafés e chás que bebemos de copos de plástico, nos copos de plástico daquelas 300.000 cervejas que bebemos no verão.
Está nos brinquedos dos nossos filhos, naquelas coisas que lhes damos para morderem para aliviar a dor de dentes, nos tapetes que lhes colocamos no chão para não escorregarem, nas barras de protecção com que lhes forramos as camas.
Está presente nos sacos, tubos e seringas por onde passam os líquidos, e o sangue, que nos injectam nas veias quando estamos no hospital.
Claro que está presente nas garrafas e garrafões de água que bebemos e voltamos a encher, que ficam no carro e aquecem, voltam a arrefecer e, ainda assim, o seu conteúdo vai saciar a nossa sede. E como não poderia deixar de ser, encontrarão bisfenol A nos dispensadores de agua dos consultórios médicos, lojas, empresa etc.. esses mesmos que nos dão água e Bisfeno A servidos em copos de plástico com mais Bisfenol A.
Eu não disse que gostava que estivesse tudo maluco e isto fosse mentira? Afinal é mesmo verdade que estamos a envenenar os nossos filhos e a contribuir diariamente para a degradação da sua saúde.
Há uns meses a mina mãe ofereceu ao neto o seu primeiro conjunto de prato e talheres que era também caixa de alimentos. Podia ser utilziado no microondas e frigorífico. Escrevi para a marca a perguntar se aquele artigo tinha ftalatos e bisfenol A. A resposta foi que os beiberões de vidro da Chicco não tem Bisfenol A. Pois, mas eu tinha nas mãos um prato e não um biberão pelo que nunca cheguei a utilizar o artigo. Sei que esta atitude magoa a pessoa que dá o presente com amor e acreditem que eu preferia 1000 vezes estar a ser maluquinha com a mania das coisas "naturais" e "bio" e "ecológicas" do que saber-nos a tod@s contaminados com tantos químicos.
Como entramos em contacto com o Bisfenol A?
O BPA pode migrar para através do consumo de alimentos ou bebidas acondicionadas em plástico, como biberões, copinhos, pratinhos e talheres. É importante salientar que o aquecimento do biberão leva a um maior desprendimento do bisfenol-A, no entanto, em biberões de plástico a migração vai acontecer independentemente dela ser aquecida ou não.
O BPA também pode migrar de latas, como as de leite em pó, e assim ser ingerido pela criança. É cientificamente comprovado que o bisfenol-A passa pela placenta e a contaminação do feto ocorre sempre que a mãe ingerir um produto que esteve em contacto com o químico.
Pela ingestão de alimentos ou bebidas provenientes de latas, recipientes plásticos usados para guardar alimentos na geladeira, garrafas e garrafões.
Quais os danos causados pelo Bisfenol A?
- Aumento da formação de gorduras e risco de obesidade;
- Alteração do sistema imunológico;
- Puberdade precoce, estimulação de desenvolvimento da glândula mamária, disfunções nos ciclos reprodutivos e disfunções ovarianas;
- Alterações de comportamento específico dos gêneros e comportamento sexual anormal;
- Estimulação das células do cancro de próstata;
- Aumento do tamanho da próstata e decréscimo na produção de espermatozóides.
- Afecta o coração de mulheres;
- Provoca aborto, prematuridade, restrição ao crescimento intrauterino e pre-eclampsia.
- Impacta a permeabilidade intestinal;
- Induz a asma;
- Estudo de 2007 concluiu que o bisfenol A bloqueia os receptores do hormônio da tireóide;
- Em 2007 um painel do NIH (National Institutes of Health) dos EUA demonstrou "alguma preocupação" com os efeitos do BPA sobre o desenvolvimento cerebral e o comportamento de fetos e bebés;
- Estudo de 2008 concluiu que a exposição neonatal ao BPA pode afetar o comportamento ligado ao dimorfismo sexual no adulto;
- Também em 2008 conclui-se que o BPA afeta, mesmo em nanodosagem, o processo da memória, porque altera a potenciação a longo prazo do hipocampo;
- Estudo com primatas da Yale School of Medicine observou interferência do BPA em conexões celulares do cérebro vitais para a memória, aprendizagem e humor;
- Hiperatividade, déficit de atenção e aumento da sensibilidade a drogas de abuso resultam do aumento da atividade mesolímbica da dopamina causada pelo mimetismo da atividade estrogênica pelo BPA
- Estudo de 2008 baseado em experimentos com animais e dados epidemiológicos reforça a hipótese de que a exposição fetal a xenoestrógenos seja uma causa subjacente do aumento do câncer de mama nos últimos 50 anos;
- Estudos de 2009 apontam para anomalias do ovário e efeitos carcinogênicos por exposição durante períodos prenatais críticos de diferenciação, alteração permanente dos mecanismos hipotalâmicos estrógeno-dependentes que organizam o comportamento sexual da fêmea de ratos exposta no período neonatal,disfunção sexual masculina referida por adultos que trabalham com BPA;
- Pesquisa realizada em 2010 demosntrou que o Bisfenol-A, aumenta o risco de disfunções sexuais masculinas, reduz a concentração e qualidade do sêmen, segundo estudo publicado na revista “Fertility and Sterility”. A pesquisa foi realizada durante cinco anos com 514 operários que trabalhavam em fábricas da China.
- Dar às crianças brinquedos feitos com materiais naturais em vez de plásticos;
- Armazenar os alimentos e bebidas em vidros NUNCA em recipientes de plástico (beverages in glass -- NOT plastic -- containers);
- SE escolher usar o microondas, não o fazer em recipientes plásticos;
- Parar de comprar e consumir alimentos e bebidas em latas;
- Evitar o uso de filmes plásticos (e nunca colocar no microondas nada envolto nisto);
- Libertar-se de pratos, copos e outros utensílios de plástico, trocando-os por produtos de vidro;
- Se optar por utilizar utensílios plásticos de cozinha, desfazer-se dos velhos, os lascados ou arranhados e evitar colocá-los na máquina de lavar louças.
- Não lavar plásticos com detergentes fortes, já que pode fazer com que mais substâncias químicas possam ir para os nossos alimentos;
- Evitar água engarrafada, filtrar nossa própria água com filtros de osmose reversa;
- Antes de permitir que o selante dental seja aplicado em nossos dentes e de nossos filhos, questionar o dentista se ele sabe se este material tem ou não BPA
- Utilize recipientes de vidro ou de polipropileno (código 5), em vez de código de policarbonato (7).
- Se continuar a usar recipientes de policarbonato, não lavar louça com detergentes fortes ou lavagem. Esses agentes ajudam a destruir os laços que formam o plástico, liberando bisfenol A. Em vez disso, lave-as em água quente com sabão com uma esponja.
- Evitar aquecimento de recipientes de policarbonato no microondas. Use em vez de recipientes de vidro ou de cerâmica.
- Evite usar a fórmula infantil disponível em latas, a parede está alinhada com revestimento de epóxi de bisfenol A. Ver a este respeito, o relatório do Grupo de Relatório Ambiental. Também contém dicas úteis (apenas em Inglês) (http://www.ewg.org/reports/infantformula).
- Reduza o consumo de alimentos e latas de bebidas.
- Evite enlatados muito ácidos (tomate, etc.) Ou óleo de peixe gordo (, etc.) porque o bisphenol A reage com ácidos e lipídios.
Identificação de plásticos
Os plásticos são compostos por diferentes resinas identificadas por um símbolo triangular com um número de 1 a 7 e uma abreviatura para o material utilizado.O de tipo 7 junta todas as outras classes e alguns plásticos número 7, como o policarbonato (identificado com o número 7 ou as letras PC dentro do símbolo de reciclagem) são fabricados recorrendo ao Bisfenol-A. Quando este tipo de plástico é exposto a líquidos quentes liberta Bisfenol-A 55 vezes mais rápido que em condições normais.
O tipo 3 (PVC) também pode conter o bisfenol-A como antioxidante.
Os plásticos do tipo 1 (PET), 2 (HDPE), 4 (LDPE), 5 (polipropileno) e 6 (polistireno) não utilizam o Bisfenol-A durante o seu processo de fabrico.
Apenas três deles são relevantes no âmbito de desreguladores endócrinos.
7 PC ou policarbonato - plástico libertar bisfenol A |
6 PS ou poliestireno - plástico pode libertar estireno |
3 V ou cloreto de polivinilo - de plástico em que os ftalatos são adicionados |
Como posso saber se determinado Biberão tem Bisfenol-A?
A grande maioria dos biberões existentes no mercado português ainda é fabricada com recurso a plástico com Bisfenol-A. Não existe legislação para a rotulagem de biberões quanto à existência desta substância. Uma vez que a ausência de Bisfenol-A representa uma vantagem competitiva, estes fabricantes tornam bem visível a anúncio "Livre de Bisfenol-A" ou "Bisphenol-A Free". Ao contrário, existência de Bisfenol-A num biberão, tipicamente não é anunciada.
O antiaderente panelas
O antiaderente das panelas é feita de teflon, que contém compostos perfluorados (PFC) reconhecidas como cancerígenas e desreguladores endócrinos. Estes compostos também são encontrados em embalagens de alimentos incluindo sacos de pipocas de microondas. Na verdade, esses poluentes orgânicos persistentes são tão comuns que são detectáveis na maioria dos seres vivos, o Pólo Norte ao Pólo Sul.A utensílios com revestimento de Teflon riscadas ou danificadas não devem ser usadas.
Fontes:
http://www.malapedia.com/malapedia/forum-ftalatos+bisfenol+a+plasticos+latas+latas-pt-X15-1054-saude.php#1054
http://www.otaodoconsumo.com.br/bisfenol
http://www.gforum.tv/board/1735/327346/bisfenol-perigo-nos-biberoes-e-plasticos.html
http://cosmo.uol.com.br/noticia/59071/2010-07-29/o-bisfenol-a-poe-a-saude-e-os-medicos-em-alerta.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bisfenol_A
Muito Obrigada Cátia!
ReplyDeletePost muito completo, com a explicação dos malefícios, alternativas e identificação dos tipos de plástico!
Parabéns!!!
Novidades:
ReplyDeleteMany consumers already look for commercial products that do not contain Bisphenol A (BPA), an estrogenically active compound that some manufacturers use for creating plastics and which leaches out of products over time (estrogenically active compounds are suspected to lead to birth defects, cancers and other health problems).
But BPA is only part of the story. For their study, the research team tested more than 500 BPA-free consumer products for other estrogenically active chemicals and found that 92 percent of the products readily leached the potentially hazardous compounds. Leaching was more common when products experienced ordinary stresses like dishwashing, microwaving and exposure to sunlight.
While BPA is widely known by the public, most consumers do not realize that scientists suspect thousands of other chemicals may be estrogenically active. The researchers' findings showed that those chemicals are consistently detectable in a wide range of BPA-free plastic materials and consumer products, regardless of retail source. In fact, the researchers found that many BPA-free products had higher estrogenic activity than the BPA-containing products that they replaced.
Additionally, the study showed consumers using the recycling numbers to determine safety of plastics may want to rethink their approach, as plastics representing all recycling numbers (1 through 7) have shown easily measurable levels of estrogenically active compounds. The highest levels were detected from baby and water bottles using Polyethersulfone (PES) or polyethylene terephthalate glycol (PETG) with measurements at and above the level of the BPA-containing polycarbonate products those plastics replaced.
http://m.livescience.com/13209-bpa-free-plastics-bottles-safety-ria.html