Hoje acordei atormentada, tão atormentada quanto fico nos dias em que percebo que "nenhuma das ideias que tenho é concretizável", "nunca vou conseguir fazer nada com princípio, meio e fim", "a minha to do list é interminável", "jamais serei capaz de escolher entre o fundamental e o acessório", "tudo o que faço repetidamente me aborrece", "mas porque é que eu não sou capaz de escolher uma coisa e faze-la até ao fim?", "mas, para que é que eu quero saber tanto sobre tantas coisas? assim não sei nada sobre nada?", "´porque é que eu não sou mais como a A. ou a B. que encontaram isto ou aquilo e estão tão animas e tão tranquilas, há tantos anos?"... e a torrente de pensamentos destrutivos continuou, comigo sentada frente à estante de livros enquanto os escrutinava e deixava que a torrente de pensamentos fosse interrompida, aqui e ali, pela ideia de que só uma mente como a minha poderia ter tamanha quantidade e variedade de livros não lidos, amontoados.
De repente, o fixei-me no "Refuse to Choose - A revolucionary program for doing everything that you love", da Barbara Sher. OHHH Deuses, eu pedi uma luz e aqui está ela, acompanhada de explicações clarissimas de quem eu sou, porque sou como sou e como posso agir para aproveitar o melhor de mim, sem culpas, sem justificações.
Mal comecei a ler pensei, "vou traduzi-lo", "vou resumi-lo no blog", "vou esquematiza-lo", vou envia-lo à Mel e à Ana (ups, às duas ao mesmo tempo não dá!). "Ok, escrevo sobre ele no blg e quem quizer pede-o emprestado", "compro uns quantos na amazon e vendo-os", "fotocopio? A A. a B. a C. tem que ler isto", "e se fizer uma mailing list em português? sera que há por aí muita gente como eu?" .... Talvez venha a por em prática todas estas ideias, ou nenhuma delas, não obstante, o que vou seguramente fazer é, agorinha, comprar o mais belo e gigantesco Scanner Daybook que encontrar, com as melhores canetas do mundo e fazer a minha primeira anotação, acompanhada de um bom sushi e chá de jasmim. Pode ser mais um dos meus projectos inacabados mas sera magnífico começa-lo e alienta-lo, enquanto durar, sem culpas.
Digam lá se não é impossível não gostar das ideias que esta mulher transmite?
Não vou resumir o livro pois tal já foi feito:
- http://livinglagom.com/2013/04/29/refuse-to-choose/
- http://www.spiritsite.com/writing/barshe/part23.shtml
Gratidão ♥ *•.¸Paz¸.•♥•.¸Amor¸.•♥•.¸Sabedoria¸♥ •.¸Prazer¸.•♥•.¸Alegria¸.•♥•.¸¸ Vida
P.S. Havia outros tormentos na minha mente, esta manhã, mas deslindar este foi mesmo maravilhoso.
Ai, Cátia, sei bem que isso é. Eu não tenho horas no dia para tudo que queria fazer.
ReplyDeleteE depois dá-me o sono.
ahahahha. o que eu fu encontrar. tantos anos depois!!!! Já passou o sono?
Deletetb estou a ler. quando comecei a lê-lo só me apetecia chorar. já tenho o scanner daybook, e as canetas, os pinceis,....Mas ainda não dei o passo seguinte, ainda não risquei o papel..
ReplyDeletemas, talvez seja hoje mesmo.
DeleteTambém me emocionei quando comeccei a ler mas como já estava a chorar, em vez de chorar ainda mais, fui comprar o bloco e comecei a escrever. Na primeira hora que me encontrar sozinha em casa faço a planta e lugar dos projectos , sendo que, de tanto contrariar a minha natureza, nos útimos anos deitei quase todos os projectos - materiais e imaginados - ao lixo.
DeleteObrigado por este post! Fartei-me de pesquisar material sobre isto em Português e não encontrei mais nada! É incrível, pode haver aí milhares de "scanners" para serem descobertos. Descobri este livro há 1 mês e só ler o resumo mudou a minha vida! Sempre pensei que era doido por gostar de tantas coisas diferentes. Agora estou a tentar criar um estilo de vida que se ajuste à minha personalidade e a todos os meus gostos!
ReplyDeleteComo fazes para aproveitar o facto de seres uma "scanner"?
Ass: Francisco