A mortalidade infantil no Haiti era crítica antes do terramoto e facilmente se prevê que se esteja a agravar neste momento. Estima-se que 200.000 mulheres estejam, neste momento, grávidas no Haiti.
75% dos partos Haitianos acontecem em casa e mesmo em caso emergência (por exemplo, hemorragia grave), as parturientes não se dirigem ao hospital quer seja por não confiarem nas instituições de saúde, quer seja por falta de recursos para o fazer.
Neste documentário, filmado antes e depois do terramoto, relatam o trabalho desenvolvido no sentido de aproximar as parteiras tradicionais das instituições de saúde existentes no país.
Não querendo menosprezar a importância do apoio médico sempre que ele é necessário, não consegui deixar de me questionar sobre as práticas de partos hospitalares que aparecem neste vídeo como sendo a solução para os problemas da mortalidade materna elevada: mulheres deitadas de costas em macas com muitas pessoas de luvas, máscaras e utensílios vários à sua volta. Mas não estava provado que isto não funciona?
É interessante como falam e mortalidade por falta de recurso a apoio médico apoio sempre que há uma emergência, para, a seguir, baralharem tudo e acabarem por retratar o parto domiciliar e a intervenção das parteiras tradicionais como os responsáveis por essa elevada taxa de mortalidade.
Para quando um desenvolvimento que respeite os costumes locais, neste caso, que respeitem as formas tradicionais de parir e a fisiologia da mulher e do parto?
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