"A saúde da mulher sempre foi tida como situação secundária, bem como sua figura nas ciências biológicas, como todas nós sabemos. O curso de Medicina da USP, por exemplo, trata pouquíssimo ou nada das questões que concernem a saúde da mulher: dentro de toda a grade curricular, somente quatro disciplinas tocam especificamente em pautas femininas. Enquanto doenças como o câncer de próstata recebem mais verbas públicas para pesquisa e tiveram seu diagnóstico e tratamento bastante desenvolvidos nos últimos 5 anos, o câncer de mama, por exemplo, tem suas pesquisas mantidas graças a investimentos majoritários do setor privado, e muito pouco ou quase nada se avançou.
A saúde da mulher e suas patologias e carências específicas pouco recebem atenção. Nas últimas décadas vemos o fenômeno das cesáreas crescer vertiginosamente (48%, sendo que na rede particular vão de absurdos 70% a inimagináveis 90%, quando a Organização Mundial de Saúde preconiza que o número de cesáreas não ultrapasse os 15%) desacompanhado de qualquer auxílio ou possibilidade de escolha por parte das mães, somado ao alarmante dado de 25% das mulheres que alegam terem sofrido algum tipo de maltrato enquanto estiveram hospitalizadas para darem a luz."
http://nascermulher.blogspot.com/2011/03/todo-apoio-continuidade-da-graduacao-em.html
No comments:
Post a Comment