Ómegas e ácidos gordos

Ómega 3 versus ómega 6

Na obra "Anti-cancropode-se ler:

"Desde a Segunda Guerra Mundial, os animais de criação, que nos dão a carne , manteiga, leite, queijo, natas e ovos não são mais nutridos com erva e folhas mas sim com soja e milho. A erva é muito rica em ómega-3, mas o milho não contém nenhum ómega 3 e os produtos de soja contém muito pouco . Os produtos de origem animal que comemos agora são, portanto, altamente desequilibrados, com demasiado ómega-6 e muito pouco ómega-3. Uma vez que estes alimentos são (erroneamente ) a base da dieta ocidental , os estudos mostram que quase todos nós estamos em desequilibro, com um forte excesso de ómega-6.


Em média, as pessoas no Ocidente têm de 10 a 15 vezes mais ómega-6 do que ómega-3. Esta é uma das razões pelas quais todas as doenças que são nutridas pela inflamação (artrite , alergias, problemas cardíacos, Alzheimer, depressão e cancro) estão em progressão constante nos países ocidentais.



Para verificar a sua própria proporção de omega-6/omega-3, pode pedir um técnico para tirar  sangue e enviá-lo para um laboratório especializado que mede ómega-6 e ômega-3 presentes nas células vermelhas do sangue. A relação entre eles é um relfexo relativamente constante das proporções de ómega-6 e ómega-3 em todo o corpo , incluindo o cérebro .



Se a proporção de omega - 6 (total ) / ómega - 3 (total ) é superior a 10 , o corpo está num estado de inflamação - uma inflamação que é, pelo menos, " silenciosa" e possivelmente manifesta ( artrite ou outras doenças ) . A fim de melhor se proteger contra o cancro, você deve idealmente fazer essa relação descer abaixo de 3."




O ómega 3 reduz a inflamação:



A inflamação é a resposta do nosso organismo ao perigo. O ómega 6 proporciona a inflamação, em caso de infeção, contusão, distúrbios emocionais. i.e. quando há perigo para o organismo.

É bom que haja inflamação, pois ajuda-nos a combater os agentes externos potencialmente perigosos, no entanto, um organismo permamentemente inflamado, é um organismo doente. 


Quando a proporção de ómega 3/ 6 está a ser afetada, por exemplo, pela ingestão de alimentos nocivos, o organismo pode começar processos inflamatórios com vista a expulsar o agente inflamatório - o alimento - que provoca a maioria das inflamações crónicas que conhecemos (sejam articulares, resporatórias...).


Óleo de Figado de bacalhau, uma boa escolha?

Não existe em Portugal nenhuma marca de óleo de fígado de bacalhau com as dosagens de Vit A/ vit D corretas portanto é melhor elimina-lo da dieta a não ser que se ingira uma dose elevada de vit D. Aliás, seria interessante todas fazermos uma análise para verificar os níveis de vit D e D3.
As concentrações de  DHA na dieta da mãe, influenciam directamente as concentrações de DHA do feto em desenvolvimento .

O ómega 3 não deve ser ingerido nas duas semanas antes de uma cirurgia pois interfere com a coagulação do sangue. Idem para o ferro. Portanto, nem ómega 3, nem ferro deveriam ser consumidos nas duas semanas antes do parto.
DHA ( ácido docosahexaenóico) é tão essencial para o desenvolvimento de uma criança que, se uma mãe e bebé apresentam uma deficiência deste, o sistema nervoso da criança e o sistema imunológico podem nunca desenvolver plenamente. DHA transforma-se em 15 a 20 por cento do córtex cerebral e 30 a 60 por cento da retina, de modo que é absolutamente necessário para o desenvolvimento normal do feto no útero, tal como, após nascimento do bebé.  
Alguns investigadores acreditam que a pré-eclâmpsia (pressão alta associada à gravidez), parto prematuro e depressão pós-parto, podem estar ligadas a uma deficiência de DHA dado que o feto, para se desenvolver, esvazia as reservas de DHA da mãe.(http://articles.mercola.com/sites/articles/archive/2011/10/18/probiotics-may-reduce-risk-of-birth-defects.aspx) 

doTERRA  xEO Mega® Essential Oil Omega Complex
As duas marcas que utilizo, alternadamente: 
xEO Mega® doTERRA







O Dr Mércola representa a WAPF (weston A Price Foundation). A WAPF considera que não há absorção de vit D sem vit A pelo que continua a recomendar a ingestão de óleo de fígado de bacalhau mas para se ter cuidado com a ingestão de vit D. isto é, a vit A em excesso é toxica se não for acompanhada pela ingestão de vit D. Mais, nos óleos de fígado de bacalhau de compra corrente as dosagens de Vit A chegam ser 120000 vezes superiores às dosagens de vit D, quando devia ser o contrário.


É importante notar que o ómega- 3 de gorduras à base de plantas (como a linhaça ) não oferecem os mesmos benefícios que as de origem animal , porque a maioria de nós não pode converter o ALA em gorduras à base de plantas, para a quantidade adequada de DHA que é necessária . Podemos consumir ómega-3 à base de plantas mas médicos como o Dr. Mércola e Dr. Michel Odent, não recomendam que seja a única fonte. 

Igualmente importante é a componente do ómega 3 designada de EPA pois se o DHA suporta o cérebro, olhos e sistema nervoso central, o EPA, suporta o coração, o sistema imunológico, e resposta inflamatória. 

Aqui um bom resumo científico sobre o tema http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12442909



Fontes Alimentares de ómega 3 e ómega 6:



Os ómegas 3 e 6, nos nossos corpos, advém exclusivamente na nossa alimentação. Para equilibrar o rácio, tudo o que necessitamos de fazer é diminuir as fontes de ómega 6 - promotoras da inflamação 3."

Fontes de ómega 6:
- carne vermelha , especialmente se  é produzida por técnicas de agricultura industrial;
-  laticínios e  ovos de produção industrial;
- óleo de girassol;
-  óleo de milho;
- óleo de palma
- produtos indistrualizados feitos com gosdura vegetal;
- fritos;
- bolachas, batatas fritas, snacks variados e embalados estão incluídos nesta listagem, incluindo os biológicos.


Fontes de ómega 3:

-  azeite; 

- peixes azuis pequenos, 2 x por semana, especialmente sardinha, anchova , cavala, salmão (embora vários investigadores afirmem não ser a melhor fonte de ómega 3 devido à contaminação. ver Mercola e gentlebirth) 

- nozes;

- vegetais verdes;

- sementes de chia;

- sementes de linhaça (moídas na hora, ricas em ALA http://www.mudaomundo.org/nutricao/omega-3/ricos_ala) 

-  óleo de linhaça (apenas no último mês de gestação pois pode acelerar o trabalho de parto http://www.gentlebirth.org/archives/nutrition.html#Omega-3)

- mariscos 

- eliminar peixes grandes e peixes de fundo, pelas concentrações elevadas de metais.

Não ingerir peixes de aquacultura.

Atenção pois ovos, carne peixe alimentados a ração tem a proporção de 03*O6 invertida. Não só não tem ómega 3 suficiente como tem muitas vezes mais ómega seis do que o recomendado.



Ómega 3 da concepção, gestação e parto:
As células fetais não podem formar gorduras ómega 3, ou seja, um feto deve obter todos os seus ácidos gordos através da dieta da mãe.



Com o aumento da ingestão de ómega 3, verifica-se um aumento do perímetro cefálico do bebé o que pode não ser desejável para um primeiro parto vaginal (http://www.gentlebirth.org/archives/nutrition.html#Omega-3)


Mais informações sobre pré-eclampsia e ómega 3 são fornecidas por Michel Odent e podem ser consultadas em wombecology.com (http://www.wombecology.com/?pg=preeclampsia) 

Michel Odent diz-nos que "os reguladores celulares, comummente chamados prostaglandinas, são feitos a partir de ácidos gordos poliinsaturados. Existem três famílias de prostaglandinas, e cada família inclui várias substâncias. A relação entre as prostaglandinas disponíveis é influenciada pelos hábitos alimentares. Este rácio participa na regulação do fluxo sanguíneo que chega à placenta e no crescimento do feto. As prostaglandinas estão envolvidas na fisiologia do parto." (http://www.wombecology.com/?pg=nutritionpregnancy)


Suplementação: 

As recomendações de dosagens, na Europa, variam entre 250 miligramas de uma combinação de EPA E DHA e, em caso de gravidez, um aporte adicional de 200 mg de DHA a, 300 mg de uma combinação de EPA e DHA, das quais, pelo menos 200, deverão ser de DHA. 

Não esquecer a DDR de ómega 3 depende da quantidade de ómega 6 ingerida, é uma questão de proporção 


Dosagens em suplementos.




300 mg de EPA, 300 mg de DHA, 70 mg de outros ómegas 3,  250 mg de ácidos gordos de origem animal, 800 mg IU de vit D, 60 IU de vit E, 1 mg de astaxanthin, antoixidante caretenóide de micro-algas. Cápsula vegetal.





Ómega 3 380g, EPA 180g, DHA 120g, Vit E 5mg. 


Outras marcas, de compra em farmácia e/ou dietéticas:
Multivitaminico Omnibionta que contém 200 mg de DHA mas não contém EPA  


Ergy 3 da Nutérgia contém  360 mg de EPA e 240 mg de DHA 

EPA/GLA da Solgar com 180 mg de EPA e 120 mg de DHA 

Ómega 3-6-9 da Solgar não é aconselhável por ter óleo de linho.

O ómega 3 double strength, também da Solgar, ultrapassa a DDR de EPA E DHA o que pode levar a um aumento do perímetro cefálico de tal forma que se faça sentir no parto vaginal (http://www.solgar.pt/SolgarProducts/Omega-3-Dupla-Potencia.htm)


Contra indicações:

Uma quantidade excessiva de ómega-3 pode causar hemorragia e hematomas. Parar o consumo duas semanas antes do parto. 


Segundo o Dr Mércola, os benefícios do óleo de fígado de bacalhau estão na vit D e não na A que já existe em quantidade suficiente na alimentação ocidental e cuja suplementação pode ser tóxica.

Há estudos que provam que o ómega 3 não surte os efeitos que as marcas que os comercializam garantem. Aqui fica um link para ler e reflectir sobre o assunto: http://www.nutraingredients.com/Regulation/EFSA-rejects-Merck-omega-3-health-claim

Veganas e vegetarianas encontram no site gentlebirth.org muita informação sobre ómega 3, tal como, no site mudaromundo.org que tem uma componente específica sobre o tema. Ler também sobre as algas amarelas  A doterra tem uma opção de suplementação vegana, para mais informaçõesx ocntactar: https://www.mydoterra.com/animumserenum/#/


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Folato na pré-concepção e gestação

O ácido fólico pode ser também chamado de folato, folacina, ácido pteroil-L-glutâmico ou vitamina B9. 

É importante ter em consideração que o folato pode ser encontrado nos alimentos ao passo que o ácido fólico diz respeito à forma sintética de folato que se encontra na suplementação articifial (http://chriskresser.com/folate-vs-folic-acid)

Fontes alimentares:


- Ingerir diariamente vegetais de  folha verde: espinafre, repolho, couve, espargos (frescos, biológicos, crus ou a vapor);


- Algas (demolhadas e não utilizar a água de demolhar);


- Nabo (pode ser ingerido cru se cortado em finas tiras, por exemplo, com um utensílio de fazer espirais);

- Fígado (apenas se for biológico);

frutos secos;

- Levedura de cerveja;

- Diminuir ou eliminar o consumo de grãos, mesmo os integrais, pois o organismo necessita de utilizar as suas reservas de minerais para os digerir;

- Não cozinhar os alimentos a latas temperaturas pois degrada-se;


- Aumentar a ingesstão de gorduras saudáveis (ver mensagem que se segue); 


Para mais informações sobre alimentação e gravidez, para não vegeratianas ou vegans, aconselho a leitura do livro Healing Our Children, baseado numa alimentação de nutrientes densos. (http://www.healingourchildren.net/Pregnancy_Diet/Folic_Acid_for_Fetal_Health.html) 

Suplementação:

O ácido fólico pode ser suplementado isoladamente, ou como parte de um multivitaminico. Para que seja absorvido pelo organismo deve ser consumido sob a forma de metafolim ou metafolato, formas raramente encontradas na medicação disponível em Portugal (http://articles.mercola.com/sites/articles/archive/2011/10/18/probiotics-may-reduce-risk-of-birth-defects.aspx) 

Em Portugal, os suplementos de ácido fólico tem 5 miligramas (5000 micogramas) e recomenda-se que se tome 1 por dia até ao final da gravidez. (http://www.infarmed.pt/infomed/download_ficheiro.php?med_id=49352&tipo_doc=fi...)

Nos EUA recomenda-se 400 a 800 micogramas (0,4 a 0,8 miligramas) por dia, na pré-conceção e nos primeiros meses de gravidez. (http://www.womenshealth.gov/publications/our-publications/fact-sheet/folic-acid.pdf)

Em Inglaterra recomenda-se 400 micogramas (0,4 miligramas) na preconceção e 12 primeiras semanas de gravidez e 0.5 mg em casos de casos risco.(http://www.food.gov.uk/multimedia/pdfs/evm_folicacid.pdf)

O FOLIPER tem 1 miligrama de ácido fólico +  ferro. (http://www.bial.com/imagem/Folifer.pdf)

O FOLIFER, não cumpre as dosagens recomendadas de nenhum dos países anteriormente referidos, não contém metafolin ou metafolato e ainda tem ferro numa forma que não é bem absorvida pelo organismo, provocando transtornos intestinais mais ou menos severos, dependendo da condição prévia da gestante.

O FOLIFER tem também lactose o que pode ser a causa da diarreia observada em algumas das gestantes que o ingerem.

Não há nenhuma explicação para uma tão grande discrepância nas dosagens administradas a portuguesas e Norte Americanas e Inglesas... teremos nós menos folato  à priori? Sendo uma das causas da deficiência de folato a toma da pilula contraceptiva, será que as portugueses tomam a pilula durante mais anos, ou pilulas mais fortes, do que as mulheres de outros países?

Na plataforma HEAL THY SELF, encontra-se uma extensa lista de estudos científicos que analisam as consequências negativas, a longo prazo, da ingestão de ácido fólico durante a gestação, http://heal-thyself.ning.com/profiles/blogs/folate-vs-folic-acid

Sabendo que a alimentação moderna não é exemplar no que concerne o aporte de vitaminas, minerais, ómegas e folato, e no caso de uma grávida optar pela suplementação, recomendo:

Omnibionta pronatal + DHA - vitaminas, minerais (incluindo ferro), metafolin, ómega 3, sem lactose. Infelizmente tem também ácido fólico e vit a e não tem EPA. (http://www.omnibiontapronatal.be/fr/vitamines/quel-produit-choisir/omnibionta-pronatal-dha) 

A Solgar disponibiliza folato sob a forma de prep de acido pteriolmonoglutâmico que não contém metafoli ou metafolato(http://www.solgar.pt/SolgarProducts/Acido-Folico-400-mcg-Comprimidos.htm). A mesma marca vende folato como metafolim, confirmar se é vendido em Portugal e, em caso afirmativo, optar pela dosagem de 400mcg (http://www.vitasprings.com/folate-400-mcg-metafolin-100-tablets-solgar.html#.UvgG_Pl_tvs).

Gratidão ♥ *•.¸Paz¸.•♥•.¸Amor¸.•♥•.¸Sabedoria¸♥ •.¸Prazer¸.•♥•.¸Alegria¸.•♥•.¸¸ Vida

Completamente ko

Jamais imaginei que passar o dia inteiro com crianças e na gestão domestica quotidiana fosse tão (fisicamente) esgotante. Estou completamente ko.

Acorda, dá comida aos gatos, faz oil pulling, ferve água, monta área de trabalho na mesa da sala (computador, impressora, respetivos cabos, papéis e pastas), *bebe café com leite,  responde a e-mails, imprime papelada, fica sem tinta na impressora, constrói presente de ultima hora, criança acorda, prepara pequeno almoço, conversa, responde a perguntas, tira loiça da máquina, guarda loiça, põe loiça na máquina, lava bancada enquanto conversa e responde a perguntas, varre a casa enquanto presta atenção aos desenhos animados e conversa sobre eles, faz camas, dobra e guarda roupa com (des)ajudante, volta para a mesa de trabalho, responde a mais mails e tenta organizar agenda com olho nos desenhos animados e na conversa, recebe amigos, desmonta mesa de trabalho e tenta montar noutro sitio (só tenta), põe mesa de almoço, entrega prendas, despede de amiga e fica com o fiho dela, faz almoço e responde a perguntas por mensagem, recebe/faz telefonemas, diagnostica bolor na parede enquanto crianças brincam na sala (coisa rara), serve almoço, serve água, serve fruta, levanta mesa, come os restos, tira loiça da maquina, põe loiça na maquina, varre o chão enquanto se esconde de radar e mísseis, volta a dar comida aos gatos, volta a fazer as camas, apanha almofadas e 1001 brinquedos do chão enquanto responde a pedidos de este e aquele brinquedo, monta mesa de actividades, faz construções com barro, dança CD dos caricas, destroi construções com barro, põe dvd do iron man, encanta-se a ver meninos abraçados enquanto vêem o dito, organiza (finalmente)  a agenda com criança em cima da cabeça, faz pagamentos, veste fato do buzz e do spider, faz de árbitro na luta de heróis, tenta limpar bolor da parede, monitoriza salto de escadas, prepara lanche, serve lanche, altera lanche, levanta mesa, come restos, filtra e serve água, limpa WC (rapazes e xixi), repõe papel higiénico, lava loiça, dança com o arco, faz corrida das lanternas com a casa escura, acende velas, arruma sapatos e casacos, impede luta de vassouras, recebe mãe do amigo, vai à casa de banho (outra vez finalmente), confirma que a roupa continua molhada, bebe café com leite,  faz jantar, limpa despensa que se transformou em esconderijo, tira tralha do esconderijo, combina organização das proximas duas semanas com a amiga, recebe marido, serve sopa, come sopa (sim, primeira refeição do dia), despede dos amigos, limpa estante livro a livro depois de acidente com água, deita na cama, completamente ko, escreve mensagem.

Eu já trabalhei muito, em muita coisa e nunca fiquei tão cansada. Também nunca fiquei tão satisfeita.

Só há aqui duas coisas mesmo difíceis, pouco espaço físico e saber que para cumprir com os objectivos de trabalho remunerado deveria fazer, depois disto tudo, 6 horas  de trabalho diárias. Já houve tempos em que consegui... outros tempos.

Pensam que o menino está pronto para ir dormir? Naaaa, está entretido a fazer desenhos e livros de actividades com o pai, ainda nem jantou - havia batatas fritas no esconderijo.

E o vosso dia, como foi?

* O meu leite é de arroz e o café xpto com cogumelos e cacau, não se espantem as leitoras cuidadosas com a alimentação.

PS - escova os dentes, aconchega cinto-da-lua e aconchega-se para dormir, ao som dos caricas "salta, salta, salta, salta, salta.."

A minha mensagem de Natal, com amor

Hoje, 24 de dezembro, termina o advento, 4 semanas de celebração e de reflexão sobre a nossa relação com os minerais, os vegetais, os animais, a humanidade, coroados, a 21 de dezembro com a celebração dos elementos, da escuridão e da luz.
Amanha, 25 de dezembro, começa o Natal que vai até dia 5 de Janeiro. 
O Natal são13 noites e 12 dias sagrados, em que somos convidados a trabalhar o  agradecimento, a instropecção, o desapego e o amor.
De 24 dezembro à noite (a primeira das 13 noites de Natal)  a 31 de dezembro, é-nos dada a oportunidade de meditar sobre as alegrias e tristezas de 2013: Quem somos? Quem queremos ser? Como tratamos a nós e aos outros? Que palavras utilizamos para descrever o mundo em que vivemos? O que transparece da nossa alma em cada palavra e acção?  O que nos afasta de nós, dos que amamos, do amor? É tempo de observar atentamente.
A 31 de dezembro, estamos a metade da viagem meditativa, a viragem, o recomeço. 6 noites meditativas em que me me aproximo de mim. Que pensamentos, acções e reacções quero deixar em 2013? Que emoções, sentimentos, pensamentos, palavras, quero cultivar em 2014?  O que posso fazer para atingir os meus objectivos?
Segue-se o dia de Reis, o baptismo de Cristo, dia de celebração, de reforço de intenções, de expansão.
É uma época de crescimento interior, de mergulho em si e nos seus que é mais extensa e mais profunda do que nos habituamos a percepcionar.
Especialmente quem tem crianças, pode experienciar o dar incondicional e regalar-se com as suas reacções exuberantes às mais simples manifestações de amor. É tanto o que temos a aprender com as nossas crianças...
Se ainda não mergulhaste no espírito natalício, convido-te a fazê-lo, durante os dias sagrados que agora se iniciam. É um convite ao auto-conhecimento, ao amor e, para mim, ao silêncio pois é o silêncio, a capacidade de não comentar, não argumentar, não julgar, concordar ou discordar, que quero cultivar em 2014.
Quero também, agora e em cada novo dia que se avizinha, reiterar os votos de amor ao meu marido e filho. Um Novo Ano de conhecimento mútuo, 365 novos dias para amar. Ainda bem que estão na minha vida!
Aos meus pais, avós e ancestrais, o meu mais profundo agradecimento por me terem dado a vida e por me terem apoiado, sempre, de todas as formas e com todas as ferramentas de que dispunham. Sem vocês, nem eu nem o meu filho estaríamos aqui.
Aos meus familiares, os presentes e os ausentes, o meu agradeciento por viverem aqui e agora, comigo. Sinto muito amor e vontade de aproximação. São 24 tios e tias, mais de meia centena de primos e primas, de todas as idades e  muitas personalidades, espalhados pelo mundo... como eu gostava de partilhar com vocês os meus dias, sorrir e chorar convosco... 
A todos os amigos e amigas agradeço o tempo que me dedicaram e que ainda vão dedicar.
A todas as pessoas que me lerem,  desejo um período de Natal cheio de novas descobertas e um ano Novo repleto de concretizações e amor.
Com amor,
Cátia Maciel

Plufff, desapareceu. E agora?

Desde que fui mãe, conheci n mães, umas mais, outras menos, experientes do que eu - e isto, apesar de parecer estranho, é independente no número de filhos.

Muitas delas são idealistas, ou baseiam-se em alguma ideologia para alicerçar a sua identidade materna - e de mulher -  outras, procuram, na teoria, a melhor forma de criar o mais perfeito ser humano possível.

Poucas, vão experimentando o que mais sentido lhes faz de forma a gerir  o quotidiano com tranquilidade e alegria. 

Destas últimas, nenhuma pode dizer que não tenha caído - varias vezes - na armadilha da preocupação, comparação, expectativa, nem que jamais se tenha dedicado à inútil analise de cusalidade do tipo " nasceu assim vai ser assado", " "come - ou não come - disto vai ser aquilo", "depende agora para ser independente depois", "é mais ou menos x ou y do que o filho da Maria da esquina porque eu fiz/sou/dou desta e daquela maneira e ela não" ... e por aí a fora.

 Isto leva, quase sempre, a um angustiado " ohhh coitadinha de mim e da minha prole" ou a um soberbo " ohhh coitadinhos de todos eles, que boa que eu sou".

Vezes há em que o " que boa que eu sou" se disfarça de "que maus são todos eles/elas".

Há medida que o puerpério vai passando, arreigam-se as certezas, as diferenças, consolidam-se os conhecimentos teóricos, desperdiçam-se milhares de minutos em quezílias, leituras, visionamento de filmes, encontros de pares e tantas outras actividades sobre as nossas crianças que pouco mais fazem do que afastar-nos das nossas crianças.

Um dia, e esse dia chega sempre, a criança que nasceu de parto perfeito, foi ao medico "assim", foi amamentado, fraldado, adormecido, alimentado "assado", acorda e diz "EU SOU", " EU QUERO" e a mãe percebe que aquele bebé perfeito - fruto da mãe perfeita - plufff, desapareceu!

Ficam "apenas" dois seres humanos perfeitos na sua imperfeição, como todos os outros, independentemente da forma como nasceram, mamaram, comeram, dormiram...

E, aqui começam os verdadeiros desafios:

Que relação se construiu com a criança?

Que díade formamos - com cada um dos nossos filhos - quando nos despimos de teorias, certezas, expectativas e quezílias com o mundo?

Estamos preparadas para ser mãe da criança real, a que está aqui e agora?

Tenho encontrado várias mães frustradas, mergulhadas na incompreenção pois o bebé que "nasceu na Índia, num parto sublime, agora nem sequer mama" ou o bebé que "Mamou em livre demanda, dormiu sempre com a mãe... chega aos 3 anos e recusa ir para a escolinha"... não foi para isto que se esforçaram  tanto pois tão?

Tanto investimento num parto na água, tanta guerra com o "sistema" contra as vacinas, contra o açucar, os berços e os gadgets, tanta dor de costas do sling e pano não deviam ter como resultado um filho mais seguro, saudável, dócil, educado e independente do que os outros?

Racionalmente responderás que "não, claro que não" mas, desafio-te a olhares mais fundo e tentares descobrir que sentimento ou sentimentos, que medos, culpas, inseguranças podem estar a ser o verdadeiro combustível das tuas práticas? O que necessitas provar e a quem? Contra quem lutas? Por que lugar na organização social e familiar te sacrificas? Que vazio veio preencher esse filho ou filhos?

Só respondendo a estas - e outras - questões, com honestidade, podemos criar com amor em vez de criar com sacrifício.

O sacrifício é independente da criança que temos nos braços, é um modo de vida a que nos agarramos - sem perceber - que nos permite sentir valiosas e úteis, que nos conferem o lugar de boa mãe, boa esposa, boa filha, boa mulher. 

Se há uma mártir - a que se sacrifica - há um carrasco. Quando nos mantemos no sacrifício não podemos ter como expectativa um ser humano equilibrado pois estamos a criar  um carrasco. 

Há quem veja o carrasco estampado no rosto do recém nascido que não mama, no bebé que morde a mãe, na criança pequena que grita sem razão, no menino ou menina mal educado e agressivo, no pré-adolescente indecifrável e problemático ou que rejeita a identidade da mãe, as suas crenças e práticas.

A criança sente a nossa ambivalência, o nosso martírio e sacrifício não expresso e sacode-nos até que o possamos ver ou até que a relação parental expluda, libertando-nos do sacrifício.

O teu carrasco, onde está?


Aprender com prazer - poesia

" I am fond of poetry and know quite a lot of it. When our daughter was little, I used it to put her to sleep. Sometime thereafter we were driving somewhere at night and heard a small voice from the back seat reciting "Lars Porsena of Clusium, by the nine gods he swore"—the opening lines of "Horatius at the Bridge"—in a a two year old’s lisp. She now knows quite a lot more poetry. When I put my son to bed—my wife and I take turns—we generally talk for a while, then he asks for some poems."

http://daviddfriedman.blogspot.pt/2007/12/home-unschooling-practice.html

Vida de Outono


Com o regresso ao trabalho, o pouco tempo que tenho para vir à internet passo-o a ler os blogs do costume que são o Soulemama  e o The parenting passageway 

Continuo a aprender e questionar nos  fóruns e grupos do costume que são o Always Learning e Unschooling em Português 

Espreito a Horta EncantadaEscola é Bela e o Mel do Gabriel. 

Converso, converso e converso com as amigas, por mail e skipe.

Devoro 5 excelentes livros:

Refuse to choose - para quem acredita que não consegue escolher uma só profissão, uma só tarefa, um só projeto, uma só vida.

Slowing down to the speed of life - para quem vive em "modo de sobreviência"

Giving the love that heals - catalogado, pelo meu cansado cérebro como denso, muito sendo e por isso avança uma página por semana, em média.


Gingerbread boy - muito útil agora que apetece ligar o forno 

Room on the broom - a combinar com o chapéu de bruxa que nos tem acompanhado. Também da Julia Donaldson, autora do mostrengo-de-dentes-afiados-que-não-existe, mas, muito melhor. 

Brinco com os amiguitos angry birds, tanto no ecrã digital como espatifando os  ditos gelatinosos contra construções com blocos de madeira.

Descobri as alegrias das tintas ikea que, depois de despejadas em tabuleiros, aguentam os dias no frio. 

Adoro o Gru maldisposto e a Mérida (na verdade, eu queria ser a Mérida) continuo sem vontade de ver os estrunfes e muito menos de lhe mudar o nome. 

Finalmente acertei com um sítio para a mesa da natureza (ou as estações do ano ou o que lhe queiram chamar) que, não sendo uma mesa, cumpre a função sem ser abalroada pelas crianças e pelos gatos. 

A manta que era da minha avó e que foi tecida no tear da sua irmã, voltou ao meu sofá, depois de meses feita refém na varanda da vizinha. Eu pensei que havia caído à rua e sido imediatamente roubada, pelo que, o seu reaparecimento me fez sorrir para a cidade de que tanto reclamo.

Despachei mais roupas e "tralhas" cá de casa, mantendo-me fiel ao princípio "paixão ou lixo" tão bem apresentado pela Mel e algures explicado neste blog. Agora, entre as mudanças de peso e as sacas para doação, falta-me, outra vez, roupa formal de inverno.


A nossa casa, entre crianças que por cá ficam todo o dia em explorações, trabalho fora, micro doenças e cansaço, transformou-se num caos que só a grande amiga Tânia poderia domar mas nem toda a sua sabedoria e boa vontade deram conta do recado. Continuo a precisar de ajuda para as camisas, pólos e calças de trabalho perderem as "gelhas". Fico sempre a pensar como fazem os americanos que tanto dobram roupa sem a engomar?

Não podia estar mais contente com o tempo, chuva, trovões, nevoeiro, nuvens, vento e até um friozito. Perfeito. 

O meu carro funciona. Mesmo, funciona mesmo! Só continua sem rádio.

A "nossa baby sitter" é adorável (mandem sms que eu dou o contacto).

A rotina e actividades planeadas para o Outono foram todas pelos ares pois o trabalho fora de casa intromete-se em tudo mas, outras rotinas começam a  surgir e, finalmente, incluem mais crianças em ED, numa base regular.

A alimentação saudável foi pelo cano. Mantenho as coisas que entraram no dia-a-dia familiar, como rotina - kefir, leite cru, poucos grãos embora eu me empanturre de espelta, 0 trigo, superalimentos -  e tudo o resto, foi-se com os 23% de iva - e outros aumentos que não percebi mas que devem ter existido pois sentem-se na fatura -  e com falta de tempo.

O trabalho é muito, tanto que mal durmo mas é muitissimo bem-vindo e encaixa bem nas horas em que o rapaz dorme, i.e. como agora, por volta das 3 da manhã e por isso mesmo perco o sono. 

Trabalhar bem fora de casa, ser boa-mãe-a-tempo-inteiro-de-criança-não-escolarizada, boa amiga e boa "esposa", parece tarefa impossível! Mesmo com um marido e pai dedicado e presente, sinto-me a fazer tudo pela metade, tudo com falhas e dias há em que me sinto a 1000, prestes a explodir. É por isso que o segundo livrito mencionado lá em cima, vai comigo na mochila para todo o lado.

Nada como um regresso ao trabalho para observar e sentir o quando mudei em 4 anos. Tudo o que faço, digo, sinto, tudo o que vejo, 4 anos depois, é de tal forma diverso que ainda não sou capaz o traduzir em palavras.Não sei se alguém vê ou sente estas mudanças, para além de mim e do óbvio - o filho, as rugas, a memória curta, certo - mas eu vejo e sinto, em cada interação, em cada pequeníssima escolha que faço, a cada minuto do dia. 


Continuo sem perceber como envelopar todos os meus sonhos, como os manifestar, às vezes nem sei se ainda sonho de tão embrenhada que estou em tudo. Um dia, escrevo sobre os sonhos, aqui ou noutro sítio qualquer, só para não lhe perder o jeito. 

E o vosso Outono, que sonhos e realizações trouxe?

E agora, fim da procrastinação e regresso à labuta.

ups, 4, já são 4 da manhã. 

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"I often hear people say that you can only blame your parents for your "issues" as an adult for so long. And that's fair enough, but what if we could raise a generation of kids that don't need to blame anyone for anything? Conscious parenting isn't some abstract concept.
The statistics beginning at 4:00 should concern us enough to make changes. If you want to know the one reason we hurt our children, listen to her explain it at 6:54. And if you're curious about how we define worth and value in our society, stick around until 9:10."


Instead Of Joking About Our Kids Needing Counseling One Day, What If We Really Thought About It?

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O choro como libertação


Diz Barbara Sher, no livro Refuse to Choose, que quando entramos em stress, é a criança em nós que espoleta o mecanismo de "ataque ou fuga" pois é remetida para algo que se passou na infância e que, na altura, provocava stress.
Qualquer criança sabe que se chorar quando esta em stress se sente aliviada e nós, adultos, esquecemos este mecanismo simples e eficaz. Mais do que isso, muitos e muitas de nós, mesmo que sintamos necessidade, não sabemos ou não conseguimos chorar.
 
O que a autora recomenda é que tenhamos "micro ataques de nervos provocados" na razão de, pelo menos, um por dia.
Os "micro ataques de nervos provocados" funcionam assim:
 
- Encontra um sitio onde te possas fechar sozinha;
- Fecha os olhos, respira fundo algumas vezes e diz silenciosamente " estou magoada".  Repete;
- Se sentires a mínima sensação de aperto no peito ou olhos segue-os, finge que estas a chorar e suspira varias vezes;
- Se não conseguires sentir nada, imagina-te com oito anos, com todas as responsabilidades e preocupações que tens agora e diz a ti mesma "algúem me ajude, eu sou demasiado pequenina para aguentar isto tudo. Vou fazer asneira"
- Dá-te tempo para sentir pena de ti, se ela vier a superfície. Silenciosamente liberta os teus sentimentos e nota a tensão a dissipar-se;
- Não tens que chorar com lágrimas, mas, se chorares com lágrimas, melhor;
- Sabes que terminaste quando sentes que a tensão diminuiu, quando abres os olhos e te sentes mais viva;
- Faz isto todos os dias, vais-te sentir mais relaxada;
- A criança assustada dentro de ti precisa de chorar e uma vez que o faz sente-se melhor;
- Podem ser sentimentos difíceis de enfrentar mas se os conseguires libertar só uma vez, de forma consciente, em vez de os calcares e esconderes milhares de vezes seguidas, os deneficios são imensos. Um sentimento (dor mágoa, solidão, abandono...) libertado conscientemente, não necessita de ser recalcado nem descarregado em terceiros;
- Depois disto, a energia pode demorar a voltar, podes ficar cansada pela libertacao de tensão;
- Claro que vais ter que fazer isto mais do que umas vez. É como tirar ervas do jardim, sempre que aparecem, vais tiras-las até que o jardim comece a ficar mais limpo, com mais espaço para flores e legumes do que para ervas infestantes;
- Quanto mais fizeres isto, mais calma e pociente te tornas.  
 
Se ajudar, enquanto choras, podes imaginar a tensão a ir para algum lado, para a terra através dos teus pés, para o mar, levada pela chuva....
 
 
 
 
****

Yesterday, I cried.
I came home, went straight to my room,
sat on the edge of my bed,
kicked off my shoes, unhooked my bra*,
and I had myself a good cry....

I cried until my nose was running all over the silk blouse I got on sale.
I cried until my ears were hot.
I cried until my head was hurting so bad
that I could hardly see the pile of soiled tissues lying on the floor at my feet.
I want you to understand,
I had myself a really good cry yesterday.

Yesterday, I cried,
for all the days that I was too busy,
or too tired, or too mad to cry.
I cried for all the days, and all the ways,
and all the times I had dishonored, disrespected,
and disconnected my Self from myself,
only to have it reflected back to me in the ways others
did to me the same things I had already done to myself.
I cried for all the things I had given, only to have them stolen;
for all the things I had asked for that had yet to show up;
for all the things I had accomplished, only to give them away,
to people in circumstances, which left me feeling empty,
and battered and plain old used.
I cried because there really does come a time when
the only thing left for you to do is cry.

Yesterday, I cried.
I cried because little boys get left by their daddies;
and little girls get forgotten by their mommies;
and daddies don't know what to do, so they leave;
and mommies get left, so they get mad.
I cried because I had a little boy,
and because I was a little girl,
and because I was a mommy who didn't know what to do,
and because I wanted my daddy to be there so badly until I ached.

Yesterday, I cried.
I cried because I hurt. I cried because I was hurt.
I cried because hurt has no place to go
except deeper into the pain that caused it in the first place,
and when it gets there, the hurt wakes you up.
I cried because it was too late.
I cried because it was time.
I cried because my soul knew that I didn't know
that my soul knew everything that I needed to know.
I cried a soulful cry yesterday, and it felt so good.
It felt so very, very bad.
In the midst of my crying,
I felt my freedom coming,
Because...

Yesterday, I cried
with an agenda.

--Iyanla Vanzant
 
 
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Refuse to choose

Hoje acordei atormentada, tão atormentada quanto fico nos dias em que percebo que "nenhuma das ideias que tenho é concretizável", "nunca vou conseguir fazer nada com princípio, meio e fim", "a minha to do list é interminável", "jamais serei capaz de escolher entre o fundamental e o acessório", "tudo o que faço repetidamente me aborrece", "mas porque é que eu não sou capaz de escolher uma coisa e faze-la até ao fim?", "mas, para que é que eu quero saber tanto sobre tantas coisas? assim não sei nada sobre nada?", "´porque é que eu não sou mais como a A. ou a B. que encontaram isto ou aquilo e estão tão animas e tão tranquilas, há tantos anos?"... e a torrente de pensamentos destrutivos continuou, comigo sentada frente à estante de livros enquanto os escrutinava  e deixava que a torrente de pensamentos fosse interrompida, aqui e ali, pela ideia de que só uma mente como a minha poderia ter tamanha quantidade e variedade de livros não lidos, amontoados.


De repente, o fixei-me no "
Refuse to Choose - A revolucionary program for doing everything that you love", da Barbara Sher. OHHH Deuses, eu pedi uma luz e aqui está ela, acompanhada de explicações clarissimas de quem eu sou, porque sou como sou e como posso agir para aproveitar o melhor de mim, sem culpas, sem justificações.

Mal comecei a ler pensei, "vou traduzi-lo", "vou resumi-lo no blog", "vou esquematiza-lo", vou envia-lo à Mel e  à Ana (ups, às duas ao mesmo tempo não dá!). "Ok, escrevo sobre ele no blg e quem quizer pede-o emprestado", "compro uns quantos na amazon e vendo-os", "fotocopio? A A. a B. a C. tem que ler isto", "e se fizer uma mailing list em português? sera que há por aí muita gente como eu?" .... Talvez venha a por em prática todas estas ideias, ou nenhuma delas, não obstante, o que vou seguramente fazer é, agorinha, comprar o mais belo e gigantesco Scanner Daybook que encontrar, com as melhores canetas do mundo e fazer a minha primeira anotação, acompanhada de um bom sushi e chá de jasmim. Pode ser mais um dos meus projectos inacabados mas sera magnífico começa-lo e alienta-lo, enquanto durar, sem culpas.



Digam lá se não é impossível não gostar das ideias que esta mulher transmite?








Não vou resumir o livro pois tal já foi feito:

-
http://livinglagom.com/2013/04/29/refuse-to-choose/
-  http://www.spiritsite.com/writing/barshe/part23.shtml


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P.S. Havia outros tormentos na minha mente, esta manhã, mas deslindar este foi mesmo maravilhoso.

Cáries Dentárias


"Sobre o oil pulling, Que óleos se podem usar para bochechar? A partir de que idade será seguro que as crianças façam? Obrigada"


  • Podem-se utilizar todos os óleos biológicos, de extracção a frio, mas os melhores são óleo de côco - por ser anti bacteriano e combater as caries e sésamo pela sua fluidez.
    O oil pulling pode ser realizado em qualquer idade o que acontece é que uma criança pequena pode não conseguir bochechar, sem engolir o óleo.
    Para crianças pequenas, com caries ou sem cáries, recomendo a utilização de óleo de côco e xilitol que podem ser incorporados na comida/ bebida, bochechados com água e depois engolidos (sem os 20 minutos a bochechar requeridos pela prática do oil pulling) ou utilizados como pasta de dentes, na escova de dentes. Para refrescar e diminuir a inflamação nas gengivas, podemos adicionar ao oil pulling óleo essencial de cravinho ou óleo essencial de menta.
Mais informações sobre o óleo de côco, no combate a cáries: British Dental Journal - http://www.nature.com/bdj/journal/v213/n6/full/sj.bdj.2012.856.html

Medical news today - http://www.medicalnewstoday.com/articles/249804.php

European Research Headlines - http://ec.europa.eu/research/headlines/news/article_12_09_24_en.html


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Planear


Agora que andamos em afã planificador e transformador, gostava de deixar algumas considerações que me fazem sentido:

A Lua nova é tempo de planear, de lançar a semente e a lua cheia tempo de concretizar. Planeio na lua nova o que quero manifestar na lua cheia e, nos dias que as separam, vou acrescentando pormenores à planificação de forma a dar-lhe consistência.

Se menstruar na lua cheia, posso querer adiar o início do planeado (a manifestação) para o final da menstuação, quando a energia começa a aumentar. A menstruação corresponde a uma morte, é tempo de introspecção e luto pelo que não é auspicioso para iniciar novos projectos ou desafios.


O Outono é tempo de celebrar e agradecer (precede o tempo de instrospecção do inverno e sucede o tempo de expansão do verão). Iniciar, no Outono, alterações ao nosso dia a adia que nos desconectam da energia de celebração e agradecimento é desconectar-nos da roda da vida. Assim sendo, se inicio, por exemplo, alterações à dieta, fa-lo-ei do ponto de vista da celebração da vida, da saúde, da harmonia com a mãe terra e não do ponto de vista da privação "não posso", "tenho que".

Todas as células do meu corpo estão mais receptivas a responder positivamente quando o meu cérebro processa a informação de um prisma positivo, alegre e harmónico.

O fim de Agosto e Setembro, remetem para planificação, órdem, renovação. Para muitas pessoas é a herança do ritmo escolar que,consciente ou inconscientemente, move a necessidade de ordenar, limpar, planear, clarificar mas, esta herança do ciclo escolar pode estar carregada de condicionamentos e limitações, pelo que, importa saber se esta ansia planificadora advém de uma vontade de co-criar algo de novo e belo ou da necessidade de se auto-limitar depois do periodo de expansão do verão. É fundamental perceber a diferença pois nela reside a semente do fracasso ou do sucesso do que agora se empreende.


Para muitas e nós, consciente ou inconscientemente, Outubro é o mês de iniciar novos projectos e actividades pois corresponde ao primeiro mês do calendário celta. Arquetipicamente, e porque a mãe natureza assim o expressa, sentio-nos movidas a recomeçar nesta altura do ano. 

Para saber mais sobre Sabahim (Outubro) aqui fica http://pt.wikipedia.org/wiki/Samhain


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Planear o ritmo e rotinas familiares

Planear com vista a imprimir um ritmo na família é diferente de planear com vista ao cumprimento de horários e regras.

Quando planeamos actividades com horário de início e fim, interrompemos o fluxo de aprendizagem numa actividade para passar à seguinte ou, pelo contrário, insistimos em actividades que não interessam à criança apenas por ser o dia ou a hora de as realizar.

Planear para imprimir um ritmo familiar é te em conta os vários acontecimentos da comunidade que nos envolve, as Estações do Ano, os gostos e interesses de cada um dos elementos da família e preparar os dias, as semanas, os meses e o ano, de forma a que todos eles sejam incluídos e respeitados.

Nesta planificação, inclui-se o respeito pelos ritmos de sono de cada um (pelo menos quem não tem que ir trabalhar ou ir para a escola) e é importante ter em conta que estes variam ao longo do ano. Conhecendo bem o ritmo natural dos nossos filhos, conseguimos perceber, com antecipação, a que horas é provavel que tenham sono ara ir dormir e a que hora acordarão e dado dia. Lembro-me bem de dos ritmos de sono do meu filho, a que horas dormia as sestas, a que horas acordava de manhã. Lembro-me de se deitar mais cedo no Inverno do que no verão e, conseguentemente, variar a hora de acordar. Houve uma fase em que fazia 3 dias a dormir  7 as 9 horas por dia e, na terceira noite, dormia 16 horas. Tive a oportunidaed de ter te,mpo para ser a observadora e facilitadora dos seus ritmos naturais, sem interferir, sem o acordar para lhe impor a actividade X ou Y. Por muito interessante que uma ida ao parque ou concerto infantil possam parecer, os seus benefícios são suplantados pelo facto de a criança não ter dormido o tempo necessário, isto é, não ter acordado naturalmente.

Também é importante garantir que a crianças e adultos dormem o suficiente. Isto é, será preferível planear as actividades de forma a não termos crianças cheias de sono e que não conseguem aproveitar nada. Já perdi a conta ao número de vezes em que convivi ou vi crianças cheias de sono a ter que almoçar em família, passear no parque...

A mãe (se for a responsável pela manutenção do ritmo doméstico) também eve garantir que dorme o suficiente, portanto, não é benéfico perder horas de dono para planear um dia, semana ou ano pefeitos e depois estar cansada e sem paciência para viver o planeado, com as c rianças, por estar cansada e irritadiça.

É também importante não equecer a necessidade de alimento e bebida. Muitas vezes vi crianças a sofrer com fome e sede porque os pais esqueceram que comer e beber são imprescindíveis. Na maioria das vezes, não saem de casa preparados e, no local, não encontram À venda o que necessitam. Quants vezes já viste crianças cheias de sede no parque?

Não planear dias, semanas, meses e anos cheias de aventuras maravilhosas, em detrimento do tempo de descanso, de "dolce fare niente", de ociosidade. 


Não é possível integrar novos conhecimentos - adquiridos através da participação - se estes não forem intercalados com tempos de pausa, para que se dê a reificação. Portanto, uma ida ao museu seguida de uma ida a um playgroup, é cansativo e, do ponto de vcista da aprendizagem,  contraproducente. O ideal seria uma visita ao museu seguida de um tempo de conversa, desenho, visualização de filmes, pesquisa on-line, leitura, conto, em torno dos temas que mais chamaram a atenção no museu visitado. 
 

Também fundamenteal é planear actividades que respeitem os interesses actuais da criança. A título de exemplo, o meu filho é apaixonado pelo homem aranha, pelo que, requisitamos, na biblioteca,  livros sobre aracnídeos, como as aranhas comem moscas também requisitamos livros sobre insectos, vamos em visitas a parques e ficamos, literalmente, horas em torno das aranhas, suas teias e formigas, visitamos o Museu da Ciência da Escola Politecnica por ter vários animais.

Para preparar uma visita ao Museu, gosto de requisitar livros sobre o tema a visitar, ler as histórias antes da visita, pintar figuras de colorir impressas on-line, pintar, desenhar, ver vídeos no youtube e, depois da visita, repetir todo o processo mas para as questões específicas que lhe despertaram interesse. Tentarei, este ano, dedicar-me mais a contar histórias de memória pois vejo que o meu filho se já se concentra mais e se interessa por re-contar e recriar - com brinquedos ou desenhos - as histórias que lhe são contadas. Até agora (4 anos) não demonstrava interesse.


Observo muitas vezes, em momentos de lazer com crianças, pais stressados que empurram os filhos de uma experiência para a outra, sem lhe dar tempo para explorar o que, em dado monento, lhes desperta a atenção. Quem valoriza a aprendizagem e os ritmos naturais da criança, está preparado para parar no passeio a abservar uma "árvore dos duendes" mesmo que isso implique chegar uma hora mais tarde do que o previsto ao museu. Uma vez, ajudamos um caracol a atravessar a estrada, eu, o meu filho de 4 anos e uma amiga de 11 anos. Podia passar um carro e atropela-lo, foi uma missão muito importante que o mais pequeno queria empreender e cabia amim, único adulto presente, facilitar esta experiência, mesmo que isso implicasse, como implicou, chegar mais tarde ao almoço de família. Um bom artigo dobre o tempo, aqui.

Se o que estamos a planear fazer impicar deslocações, é importante pensar no que vão as crianças fazer enquanto estiverem no carro ou transportes públicos. Muitos dias de diversão se tornam um desastre por que as viagens - e para muitos as transições casa-carro- local X - são difíceis.




Nada como conhecer as crianças, os seus gostos e interesses para disponibilizar um conjunto de propostas que sejam apelativas e as deixem entertidas todo o caminho. Se não for possível levar materiais como livros, cartões de desenho, marcarores e lapis, livros de pintar... pensar em jogos que se possam fazer em viagem.

Se as crianças forem pequenas, viajar atrás com elas é uma boa opção. Muitos pais, delegam no filho mais velho a responsabilidade de acalmar e fazer companhia ao mais novo mas essa é a responsabilidade do adulto que, muitas vezes, segue alegremente (ou irritado com a gritaria) no banco da frente.

Se  houver apenas um adulto para fazer a viagem e/ou as crianlas forem muito pequenas, seria do interesse de todos não marcar actividades com deslocações de carro/ transportes pois os benefícios da actividade são suplantados pelop stress da viagem. Isto aplica-se especialmente a recém nascidos que não deveriam andar a passear de carro sob nenhum pretexto e, a muitas das crianças até aos 3 anos. Uma criança com medos de 3 anos tem muita dificuldade em compreender que é necessário passar pela viagem de carro para só depois se poder movimentar e divertir.

Uam criança pequena não vê qualquer vantagem na viagem de carro, face ao que poderia estar a fazer em casa, com os que ama. Não tem visão prospectiva e por isso é que é inútil dizer "vamos, a avó está à espera" como facilitador da trasnsição.

O melhor é transformar a viagem numa diversão ou faze-la na hora da sesta da criança. 


Cada família deverá conhecer os seus filhos, necessidades e reacções para perceber a partir de quando as viagens são bem toleradas. Conheci meninos de 2 anos que viajam, tranquilamente, 2 horas e ainda se divertem na praia e meninos da mesma idade que não conseguem aproveitar o parque depois de 30 minutos dentro do carro ou que, não tendo dado sinais de stress durante o dia, sempre que andam de carro dormem pessimamente. Há mães que associam as noites mal dorminas, dos seus bebés, a fome desaquação do leite materno quando, depois de bem observado, se percebe que essas noites de choro intenso se dão sempre aos fins-de-semana que é quando a criança se desloca, bravamente, de casa em casa e de colo em colo, conseguindo descarregar todo o stress acomulado quando, pela noite, chega a casa.


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Celebrar a Roda do Ano - Alimentação e ar livre


Para mim, o verão sempre foi tempo de expansão e crescimento, de fazer actividades ao ar livre, deitar mais tarde, encontrar a família e participar em festividades. Tradicionalmente, Agosto e Setembro são meses de colheita e conservação para preparar o Outono e Inverno que se avizinham. 

Com o Outono, chega a celebração e agradecimento pelas colheitas realizadas, seguindo-se o silêncio e reflexão a que convida o Inverno.


Com a primavera, regressa a preparação que vai dar lugar ao crescimento e expansão do verão.

Durante muitos anos senti-me desconectada da Roda do Ano que é, afinal, a Roda da Vida. Lembro-me de dizer que, na cidade, só percebia as estações do ano pelas montras das lojas até que, chegou o dia, em que as montras das lojas me confundiam propondo roupas inverno em pleno verão e roupas de praia quando o frio ainda se fazia sentir.


Nos últimos anos, redescrobri os prazeres que nos oferecem as 4 Estações. Já pensaram na beleza que é poder vivencia-las? Há latitudes onde faz sempre calor ou sempre frio.

Uma das formas de saborear as 4 Estações do ano é comendo alimentos locais e da época. Para mim, foi uma aprendizafgem perceber quando determinado alimento, cultivado em Portugal,  está pronto para consumo pois, olhando para as prateleiras do supermercado, encontramos de tudo, todo o ano. O Calendário da Produção  Nacional, da DECO, ajudou-me a discernir o que escolher para as nossas ementas. 


A criação de ementas, por estação,  revelou-se uma ferramenta útil para a organização doméstica e para não cair em tentações durante as compras, infelizmente, nem sempre a realizo ou sigo à risca. 

Outra forma de garantir o comsumo de frutas e legumes da época é comprar directamente ao produtor.

Esta nova forma de organização implica estar atento e preparar. Por exemplo, se queremos fazer iogurtes de frutos vermelhos em Dezembro, colhemos e congelamos amoras em Agosto, se queremos pizza com molho de tomate em Março, conservamos tomate em Setembro. 


Igualmente importante, para mim, é conhecer as datas de colheita das flores e frutos selvagens para as incluir nos nossos passeios na natureza. Entre as minhas favoritas estão a flôr de sabugueiro, para fazer xarope e chá para a tosse, as camarinhas que são deliciosas comidas frescas ou em gelados, o rosmaninho, a tilia, as beldroegas para a sopa, a flôr de borragem para a salada... 

Estou a incluir as flores e frutos, tal como locais de recolha favoritos,por Estação, no nosso calendário anual.

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