Higiene Natural - Fraldas, não uso disso!!!!!!!!!!!!

Muito escrevi sobre os produtos químicos e os nosso bebés. Aqui fica uma ideia que penso experimentar e preservevar!

Fraldas: não uso disso!
Esperar até aos dois anos para tirar a fralda? Não tem de ser assim. Há pais que nunca chegam a pôr fraldas aos filhos e levam-nos à casa de banho desde o primeiro dia de vida.

O ritual repete-se todos os dias. Assim que Joana acaba de mamar, a mãe, Sylvia, levanta-se e leva-a à casa de banho. Sobre o lavatório, desaperta-lhe o babygrow, senta-a ao colo virada para a frente e diz a senha: «chichi, chichi, chichi».

Em poucos segundos, Joana começa mesmo a fazer chichi. «Boa bebé!», elogia a mãe, enquanto o pai, ao lado, bate palmas. Joana parece orgulhosa da sua proeza e ri-se mostrando as gengivas ainda sem dentes.

Com apenas três meses, Joana só usa fralda durante a noite e quando sai de casa durante períodos longos. No restante tempo, os pais reconhecem os sinais emitidos pela filha e levam-na à casa de banho sempre que ela mostra vontade.

O método tem vários nomes em inglês: “elimination comunication”, “diaper free”, “infant potty training”, “potty whispering”. As poucas traduções para português, utilizam a expressão «higiene natural do bebé».

A Diaper Free, uma associação sem fins lucrativos que promove o método por todo o mundo, descreve-o desta forma: «Assim como os pais aprendem a ler os sinais de fome e de sono dos seus bebés, podem também aprender ler os sinais de eliminação».

Muitos dos pais que praticam este método seguem o “attachment parenting”, uma pedagogia que tem como objectivo «criar laços mais fortes e emocionalmente saudáveis entre pais e filhos».

O “attachment parenting” baseia-se em oito princípios, entre os quais amamentar o bebé durante o máximo tempo possível, deixar o bebé dormir na cama dos pais ou pegar-lhe ao colo sempre que ele chora.

As primeiras vozes sobre as vantagens de não usar fralda logo a partir do nascimento terão surgido em 2001. A canadiana Ingrid Bauer é considerada a precursora do movimento e o seu livro

«Diaper free: the gentle wisdom of natural infant hygiene» (Sem fraldas: a sabedoria da higiene natural do bebé) é o mais famoso sobre o tema, tendo sido já traduzido em várias línguas. Os adeptos do “diaper free” lembram que já houve tempos em que não existiam fraldas e que, nessa altura, os pais controlariam as necessidades dos filhos quase por instinto.

Em algumas culturas, ainda é assim que funciona. Mas é algo tão natural, que nem tem um nome. No seu livro «A criança e a higiene», o pediatra norte-americano Berry Brazelton dá como exemplo as mães de etnia zinanteco, no sul do México. Estas mães, conta Brazelton, carregam os filhos às costas durante todo o dia e quando sentem que o corpo do bebé dá sinais de querer urinar ou defecar, respondem, levando-o a um local apropriado. Mais tarde, quando a criança começa a andar, já está condicionada a fazer chichi e cocó no sítio certo e é capaz de organizar-se sozinha. Apesar de ter conhecido estas mães, o pediatra considera que «na nossa cultura dominantemente higiénica, temos de encontrar outras formas de respeitar o papel da criança no treino da higiene». No mesmo livro, Brazelton é peremptório: «Antes dos dois anos a criança não está preparada para aprender a usar a casa de banho.»

Texto de Patrícia Lamúrias

Revista Pais & Filhos via http://familia.sapo.pt/bebe/etapas_de_desenvolvimento/outros/983960.html

Conheci duas pessoas que utilizaram este método com sucesso e isso dá-me motivação.

Obrigada Silva e Sandra

Mais sobre este assunto neste blog, aqui

Sobre os quimicos a que obrigamos os nossos filhos a estar expostos

Podemos pensar que estes estão presentes em pequena quantidades e não é grave mas os químicos da pasta de dentes associados aos do shampoo, gel de banho, sabonetes, cremes hidratantes, protectores solares (os mais tóxicos dos cosméticos), detergentes para lavar a roupa e a loiça, o chão, a banheira e as janelas etc, conservantes e todos os EEE dos alimentos ... mais - depois dos bebés nascerem - a exposição 24 horas por dia às fraldas, os químicos presents nas roupas, os formaldeídos dos móveis, a alimentação através de biberões, as chupetas, os mordedores, pratos, copos e brinquedos de plástico, palenas de alumínio e um sem fim de coisas que libertam tóxicos ... tudo isto junto desde o ventre até ... assim já dá que pensar, ou não?


O que podemos fazer?


1. Procurar informação

Aqui encontram um documento oficial e sintético sobre o assunto.

Conhecer os selos de sertificação de produtos naturais, aqui.


De acordo com a Greenpeace, são 10 os grupos de tóxicos a que estamos expostos diariamente:

- alquilfenóis, disruptores hormonais usados em cosméticos e outros produtos de higiene pessoal;
- ftalatos, que são prejudiciais ao sistema reprodutor e são usados principalmente para tornar o PVC maleável, encontrado em brinquedos, interiores de carros e cabos. Também é usado em perfumes e cosméticos, tintas, adesivos e vedadores;
- retardadores de chama, que interferem com as hormonas, usados como substâncias que retardam a propagação do fogo;
- parafinas cloradas, que podem causar cancro, usadas em tintas, plásticos e borrachas;
- organoestânicos, substâncias tóxicas ao sistema imunológico e usados como estabilizadores em plásticos (especialmente em PVC) e como tratamento contra mofo e poeira (ácaros) em alguns carpetes e pisos de PVC;
- bifenilas policloradas (PCBs), que podem causar problemas nos sistemas imunológico e reprodutor e são usadas em transformadores elétricos e capacitadores;
- hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (PAHs), que são potencialmente cancerígenos e mutagênicos são subprodutos da combustão incompleto de materiais orgânicos, tais como carvão, combustíveis a base de petróleo, lixo doméstico, etc;
- pesticidas organoclorados que causam uma variedade de problemas de saúde;

2. Não comprar produtos com componentes tóxicos (basta começar a ver os componentes dos produtos antes de comprar. Cuidado porque os produtos de farmácia e os específicos para bebé não são imunes aos tóxicos)

Alpha Tocopherol ou D-Alpha Tocopherol:
mutagénico; ligado a problemas do sistema reprodutor feminino, desde infertilidade a cancro nos orgãos reprodutores e deficiências no feto; um ou mais estudos mostram efeitos no cérebro e sistema nervoso com doses baixas; testes in vitro em células mamíferas mostram resultado positivo para mutação das células.

Alkyloamides:
geralmente identificados nos rótulos como:
Diethanolamine(DEA); Monoethanolamine(MEA); Triethanolamine(TEA), e por vezes precedido pelo nome "cocamide":
Classificados como tóxicos por alguns governos
Irritante para a pele (comichão, queimadura, urticária, etc)
Combinado com conservantes que contem formaldehyde torna-se cancerígeno- se misturado com agentes nitrosantes na pele ou no corpo após a absorção, pode formar compostos cancerígenos- perigoso para o ambiente (contaminação de água, ar e solos)
MEA - sensibilizador dos pulmões: pode instigar respostas do sistema imunitário, que incluem ataques de asma ou outros problemas pulmonares e das vias respiratórias ; suspeito de apresentar riscos para a reprodução humana e desenvolvimento do feto
TEA - suspeitas com evidências ainda limitadas de causar cancroBenzyl Benzoate:- fregrância química com uso restrito na UE; classificado como tóxico e prejudicial em produtos para usar à volta da boca e nos lábios; ligado a perigos para os trabalhadores que lidam com o produto, nomeadamente efeitos na saúde devido a exposição química.

Benzyl Salicylate:
fragrância química com uso restrito na UE; conhecido tóxico do sistema imunitário e alérgeno para o consumidor.

Complexo Chlorophyllin-copper:
Persistente e bio-acumulativo na vida selvagem; testes in vitro mostraram mutações cancerígenas de células mamíferas, particularmente ao nível do sistema reprodutor feminino.

Colorantes Artificiais, ou Fragrância, “Perfume”(se não for qualificado como um óleo essencial):
“19% das crianças com eczema são sensíveis a fragrâncias”
Vários outros estudos indicam que os constantes aumentos anuais no número de dermatites está ligado ao aumento do uso de fragrâncias químicas.

Nota: Phthalates são alérgenos encontrados em certas fragrâncias químicas e vernizes de unhas – o uso de alguns está restringido a certas quantidades na União Europeia.

Cocamidopropryl Betaine:
sujeito a restrições no uso; conhecido tóxico do sistema imunitário; pode conter impurezas prejudiciais, nomeadamente Nitrosaminas, ligadas ao cancro; pode causar sensitização no contacto directo com a pele, com reacções alérgicas ao nível da pele e pulmões.

Hydrogenated Oils:
Altamente processados e refinados, estas gorduras hidrogenadas não oferecem nenhum valor para a pele, e têm sido ligadas a doenças de coração devido ao endurecimento das artérias.

Lanolin:
Um produto derivado da lã de ovelha que tem sido ligado a sensibilidade da pele, devido a resíduos de pesticidas.

Methyldibromo glutaronitrile:
“..não foi estabelecido nenhum nível seguro de uso de methyldibromo glutaronitrile(MDBGN) em produtos cosméticos…é recomendado que não seja usado em nenhum produto cosmético”Nos últimos anos a EU tem reduzido o nível de uso permitido a este conservante para 0,1% em produtos de lavagem, mas ainda é comummente usado.

Nanopartículas:
Embora ainda não haja provas concretas, existem preocupações quanto a possíveis perturbações da química corporal.

Parabenos (butylparaben, ethylparaben, propylparaben, methylparaben…):
Para além de suspeitas de irritabilidade da pele, o uso de parabenos foi recentemente ligado ao cancro da mama, tendo sido encontrados vestígios destes conservantes em amostras de tumores.

Óleos de Petróleo (petrolatum, parafina líquida, óleo mineral):
· criam uma barreira na superfície da pele que bloqueia os poros, não deixando a pele respirar
· aceleram o processo de envelhecimento da pele ao encorajar a geração de radicais livres
· na União Europeia o uso de Petrolatum é muito restritivo - potencialmente contaminado com químicos ligados a cancro ou outros problemas graves de saúde (pode conter determinadas impurezas que podem causar cancro da mama)
· tóxicos para o ambiente

Propylene Glycol (derivado do petróleo):
· irritante para a pele (comichão, queimadura, urticária, acne, alergias)
· solvente de fácil absorção, altera a estrutura da pele, permitindo que outros agentes e químicos penetrem mais profundamente na pele, aumentando assim a quantidade que chega à corrente sanguínea

Sodium Hydroxide ou Soda Caustica:
testes in vitro mostram mutação cancerígena de células mamíferas; irritante da pele e dos olhos; extremamente tóxico para os trabalhadores, é corrosivo e causa queimaduras severas em contacto com a pele e inflamação dos pulmões se inalado.

Sodium Hydroxymethylglycinate:
pode estar contaminado com impurezas tóxicas, nomeadamente Formaldehyde, conhecido cancerígeno.

Sodium Lauryl(eth) Sulphate (ou outros sulfatos)
O sodium lauryl sulphate é usado em diversos estudos clínicos como um irritante da pele.Podem conter 1,4 dioxane, um potencial carcinogénico e perturbador do sistema hormonal.
Está presente sobretudo nos champoos e gel de banho
Exemplos de produtos que contém SLS: gel de banho da Sanex, os sabonetes líquidos do Carrefour e Feira Nova (produtos brancos) e o shampoo da Dove

LSS
Esta substância faz parte da composição da maioria dos champôs, pois os fabricantes utilizam-na por ela produzir muita espuma a baixo custo. No entanto o LSS é usado para lavar chão de oficinas (é um desengordurante).
Exemplos de produtos que contém LSS: Palmolive, Paul Michell, Organics, Revlon Flex, Dimension o novo HernoKlorane champô, pasta dentífrica Colgate (bubbles),Johnson's Baby

Chumbo:
Está presente nos batons e em centenas de outros produtos.
"o chumbo... é uma neurotoxina comprovada, vinculada a problemas de aprendizagem, linguagem e comportamento... abortos espontâneos, fertilidade reduzida, tanto nos homens, como nas mulheres, mudanças hormonais, irregularidades no ciclo menstrual e atrasos no início da puberdade das meninas". Esta é a substância que mulheres e raparigas se aplicam e reaplicam todos os dias sobre a boca e que vão ingerindo ao passar a língua pelos lábios. (saber mais aqui)

Triclosan:
antibacteriano usado em desodorizantes, produtos de higiene bucal e de lavagem vaginal, sabões líquidos e roupas. Pode converter-se em dioxinas (substâncias cancerígenas) em algumas condições, e é tóxico para o ambiente aquático. A legislação europeia limita a quantidade de triclosan por produto cosmético (um 0,3% de composição máxima autorizada)

AHAs:
ou alfa-hidroxi ácidos, usados como exfoliantes, hidratantes e suavizantes. A sua capacidade de “pelar” a capa mais exterior da pele deu-lhe fama como rejuvenescedor, ainda que depois de ser comercializado durante algum tempo nos USA tenha surgido uma conjunto alargado de denuncias sobre os seus efeitos adversos. Não se sabe o que pode causar a longo prazo mas, devido às suas características, suspeita-se que pode aumentar a sensibilidade ao sol, provocando o envelhecimento da pele e incrementando o risco deste tipo de cancro.

BHT (Butilated hydroxytoluene):
são essencialmente usados como conservantes e antioxidantes. Estão identificados como possíveis alergénios e forma ligados a eventuais efeitos comportamentais, problemas de reprodução e não são permitidos em comida para bebés.

Tolueno:
Comummente encontrados em lacas e vernizes para unhas, podendo os seus efeitos ser particularmente preocupantes para pessoas que lidem com produtos desta natureza com regularidade. É irritante para a pele e tóxico para o sistema nervoso central, os olhos, o fígado e os rins.



3. Comprar produtos que que não são fabricados com ingredientes tóxicos


Para consultar ou comprar em Portugal:
- nozes de saponária
- Distribuidor de cosméticos naturais Rita C
- Be more natural - algoão, toalhas, tampões, cométicos etc...
- Efeito verde - de tudo um pouco
- Equação - Comércio Justo
-
Fraldas de Pano/ reutiizáveisou de produtos naturais/biodegradáveis



4. Implementar algumas destas medidas

- Manter o edifício ou a habitação bem arejados para evitar a acumulação de poluentes.
- Utilizar plantas de interior pois conseguem fixar poluentes existentes no ar.
- Nunca deixar o carro a trabalhar na garagem.
- Evitar a acumulação de poeiras.
- Escolher os produtos de limpeza menos tóxicos e utilizá-los convenientemente.
- Não utilizar tintas com metais pesados; não podendo evitar, fazê-lo em local bem ventilado.
- Na colocação de carpetes ou realização de pinturas garantir boa ventilação durante vários dias.
- Não utilizar insecticidas ou pesticidas.
- Evitar o uso de ambientadores (cuidado com os insensos químicos, as velas aromáticas etc...).
- Não utilizar produtos contendo amianto, as fibras libertadas são cancerígenas.
-Se comprar mobiliário novo prefira madeira maciça.
- Permitir sempre que o mobiliário novo apanhe ar antes de o colocar numa das divisões da casa onde passa mais tempo (exemplo, quarto do bebé). Arejar muito bem a divisão onde se encontram os móves novos durante, pelo menos, um mês. Assim diminui a possibilidade de contaminação por formaldeídos.
-Para o revestimento do solo, prefira materiais maciços ou azulejo, em vez de parquet flutuante com camadas isolantes. Prefira tapetes com uma base têxtil e não de espuma sintética.
- Para o isolamento, a cortiça, a lã, o linho e outras fibras naturais são mais indicados do que a fibra de vidro ou lã de rocha.


Fontes:
Dicas para o teu dia a dia
Relatório "Veneno Doméstico" da Greenpeace
Nutir-me de
Quercus
Rita C Blog

Deco Proteste
Quero um mundo mais justo







Gengivite Gravítica

Já escrevi sobre o assunto neste post mas dada a persistência do problema e a falta de soluções, decidi dedicar-lhe um post inteirinho.

É muito fácil encontrar descrições mais ou menos completas sobre o que é a gengivite gravítica:

Por definição gengivite é a inflamação da gengiva e gravítica quando esta surge durante a gravidez.
Trata-se de alterações hormonais que surgem durante a gravidez, que pode ser devido a um agravamento da gengivite ligeira já existente.
As náuseas frequentes da grávida, bem como, o inchaço e o sangramento típico da gengivite, além de dificultarem a escovagem diária tão importante, é um desconforto constante da grávida, que pode ser minimizado com o acompanhamento do Médico Dentista. (http://www.lagodecarvalho.com/consultorio/faq.html)

É inclusivamente fácil encontrar referências sobre as influências da gengivite no peso do bebé, na possibilidade de esta provocar abortos e problemas no feto etc... não vou aqui colocar nenhuma dessas referências pois não me parecem fidedignas.

No meu caso, uma vida inteira de tabagismo e o facto de não ter feito uma visita ao dentista antes de engravidar devem ter dado uma ajuda ao quadro em que me encontro.

Fiz uma visita ao dentista na semana em que soube que estava grávida (6 semanas de gestação) e tudo parecia bem mas....

O que consegui perceber:

- Durante o período em que interrompi as vitaminas pré-natal senti o aumento dos problemas nas gengivas. Penso que isso pode estar relacionado com alguma carência de B12 dado que como pouca carne e nenhum leite;

- O medicamento receitado pelo dentista, o Hextril, piorou em muito o meu estado porque irritou as gengivas ainda mais. Este produto é excessivamente abrasivo para poder ser utilizado em continuidade. Para além disso, confere aos dentes uma colocação cinzenta muito feia;

- Com o elixir Bexident o resultado foi o mesmo que com o extril - gengivas inchadas e doridas;
- O gel Bexidente (tanto o de aplicação após escovagem como o de escovagem) parecem menos abrasivos mas não surtem qualquer efeito;

- Durante algum tempo também senti melhoras com o Maxius. O líquido para gargarejos é mais eficaz do que o pulverizador bucal que não parece surtir qualquer efeito;

- A pomada PARODIUM refresca e dá alívio imediato mas a longo prazo acaba por se revelar inutil;

- As pastas de dentes são também muito abrasivas (para além de os seus sabores e odores me enjoarem profundamente). Desde o início da gravidez que alterno entre a pasta dentífrica de ratânia da Weleda (Só consegui encontrar a extensão BR da qual não consta a pasta dentífrica a que me refiro) e outras para sentes sensíveis.

- Encontrei algum alivio numa mistura de água oxigenada e água (umas gotas de água oxigenada para meio copo de água). Sei que pode ser utilizada água oxigenada a 70 volumes mas como tive algum receio utilizei a de 10 vol. pelo que percebi a água oxigenada tem mil e uma aplicações e quanto aos dentes e gengivas faz o mesmo efeito que o Hextril e outros;

- Até ao momento o que parece resultar melhor são os gargarejos de 5 gotas de própolis puro em meio copo de água morna. Alivia a dor e estanca o sangue.

- O Balsamo de Silicea também parece ajudar quando gargarejado mas não me parece que vá ter grandes efeitos a longo prazo.

Desde a visita ao dentista que a higiene oral diária inclui escova de dentes para pós operatório, fita dental (mais achatada do que o fio dental e que magoia menos) e escovilhão (para mim foi uma novidade e é excelente só que farto-me de sangrar. )

Tudo sobre fita dental e escovilhão, aqui.

Momentos extraordinários!

Porquê registar os nossos dias?Porque é bom comemorar!
Porque o que é bom registar o que nos sabe bem!

Porque me ajuda a perceber a bênção que são os nossos dias e a ser grata por eles!

Porque me ajuda a lembrar - e avaliar - se as opções que fazemos são as melhores para nós!

Porque me ajuda a responder, abreviadamente e de sorriso nos lábios - "ohhhh, muiiiiiitas coisas" -  sempre que nos perguntam, com ar consternado, "não vai à escola? Então o que fazem todo o dia? E tu não te aborreces?"

 O que fazemos todo o dia, e como são os nossos dias?  

Sem a memória visual que constituem os milhares de fotos que fomos tirando ao longo dos últimos anos, eu não seria capaz de responder a estas perguntas.

Ainda há pouco tempo me questionada sobre a qualidade dos meus dias e das vivências que proporcionava ao meu filho. Não estaria ele melhor na escola? Foi por recorrer ao nosso gigante arquivo fotográfico - bendita a hora em que comecei a registar tudo - que percebi a quantidade e a qualidade das vivências , as aprendizagens, das experiências dos últimos três anos das nossas vidas, os primeiros da vida do Sebastião.


Foram anos, meses, dias, repletos de momentos extraordinários, daqueles cuja lembrança enchem o coração e deixam uma lágrima de emoção no canto do olho.

Se há muita coisa que mudaria? Seguramente que sim, não só mudaria como já estou a mudar, fazendo sempre escolhas que me permitam um dia-a-dia mais tranquilo e feliz.

Assim sendo, comprometo-me a viver, momento a momento, mais três anos extraordinários, feitos de meses, semanas, dias e momentos excecionais, porque todos merecemos uma vida extraordinária!

Talvez um dia tenha tempo para explanar o que me trouxe até aqui, enquanto esse dia não chega estes textos, simples e inspiradores.


Living in Moments instead of whole days - Sandra Dodd

Moments instead of Days - Sandra Dodd 

Being with your child - Sandra Dodd

Mindful Mothering: The Art of Being Present - Sandra Dodd

A little advice on relaxing and bonding - Sandra Dodd


E porque já é de manhã e me espera mais um dia cheio de surpresas, despeço-me citando Louise Hay:


"As you prepare for a wonderful night's (manhã :) sleep, send love out to everyone and to yourself, then affirm "I lovingly release the day and slip into peaceful sleep, knowing tomorrow will take care of itself.""



Tenham um dia exce(p)cional!

 Gratidão ♥ *•.¸Paz¸.•♥•.¸Amor¸.•♥•.¸Sabedoria¸♥ •.¸Prazer¸.•♥•.¸Alegria¸.•♥•.¸¸ Vida

Massagem períneo a partir da 34ª semana da gravidez

Massagem ao períneo trocado em miúdos


- Usa óleo de gérmen de trigo. Inroduz os polegares na vagina.

- Depois de a teres alargado um pouco e espalhado o óleo, usa dois dedos de cada mão, esticando suavemente a vagina, faz o movimento na direcção do anus, em forma de "U"

- Começar 6 semanas antes do parto


Reeita de óleo para massagem ao períneo: Mistura 3 gotas de lavanda, 1 de gerânio em 30 ml de óleo de gérmen de trigo


Massagem ao Períneo (agora como deve ser)

Quando pensamos em como se pode evitar a episiotomia no parto normal, raramente pensamos em alguma coisa além do que os médicos ou as enfermeiras podem fazer por nós. Há muita coisa que podemos fazer por nós mesmas!

A massagem no períneo no período pré-natal tem-se mostrado eficaz na prevenção da necessidade da episiotomia e na diminuição das lacerações que a mulher pode ter durante o parto.

Essa técnica é usada para ajudar no alongamento/flexibilidade e preparar a pele do períneo (parte de pele, músculos etc. entre a vagina e o ânus) para o parto.

Essa massagem não vai apenas preparar o tecido do seu corpo, mas vai também permitir que você conheça e aprenda sobre as sensações do parto e como controlar esses poderosos músculos. Este conhecimento a auxiliará ao preparar-se para dar à luz o seu bebé. O conhecimento do que você sente nessa região do corpo vai ajudá-la a manter-se relaxada e a relaxar o períneo no parto e também durante outros exames vaginais que tenha que fazer em sua vida.

INSTRUÇÕES:

- Encontre um lugar onde se possa sentar e estar sozinha, ou com seu parceiro, ininterruptamente.

- Tente ver seu períneo com ajuda de um espelho, note como ele é. Nem sempre será necessário um espelho para essa tarefa!

- Pode usar compressas com toalhas mornas no períneo por 10 minutos, ou tomar um banho morno (de banheira, assento, ou chuveiro, em último caso), caso precise relaxar.

- Lave as suas mãos e peça ao seu companheiro para fazê-lo também, caso ele a ajude nas massagens.


- Lubrifique seus dedos polegares e o períneo. Você pode usar muitos tipos de lubrificantes: Gel Lubrificante Íntimo (encontrado nos hipermercados e farmácias), KY Gel®, óleo de vitamina E, óleo vegetal puro (óleo de semente de uva é uma boa indicação!), etc.

- Coloque seus dedos polegares um pouco dentro de sua vagina, empurre-os para baixo e pressione para os lados. Deve sentir um leve estiramento, formigamento, ou uma leve queimação, mas nada que seja dolorido. Mantenha esse movimento por 2 minutos ou até que região fique levemente adormecida.

- Se sofreu uma episiotomia ou lacerações prévias, preste especial atenção ao tecido de cicatrização que, geralmente, não é tão elástico e é onde a massagem deve ser feita mais intensamente, com cuidado.

- Massage em volta e por dentro da região mais externa da vagina e seus tecidos, onde ela se abre, e mantenha sempre a lubrificação.

- Use seus polegares para puxar um pouco os tecidos, forçando-os a abrirem-se, imagine como seria se a cabeça do seu bebé estivesse fazendo esse movimento na hora do parto.

- Se seu parceiro estiver fazendo a massagem, pode ser muito útil que ele use os polegares. A sensação pode ser mais bem percebida por você, mas não deixe de guiá-lo com suas sensações para que ele saiba qual a pressão que deve utilizar. Nesta massagem, quando ela está sendo feita pelas primeiras vezes, é comum que seja possível usar somente um dedo, até que a musculatura seja trabalhada e possa ser estendida.

ATENÇÃO:

1. Evite mexer no ou abrir o orifício da uretra (logo acima da vagina) para evitar infecções urinárias.

2. Não faça massagens no períneo se você tiver lesões ativas de herpes (isso pode causar o aumento da área das lesões).

3. Pode começar essas massagens em torno da 34a semana de gravidez. Se já passou da 34a semana e ainda não começou, não desista! A massagem pode trazer-lhe benefícios ainda assim. Pode fazê-la pelo menos uma vez por dia.

4. Lembre-se que a massagem sozinha não vai proteger seu períneo, mas ela é parte de um grande esquema. Escolher uma posição vertical para parir (de cócoras, de joelhos, sentada etc.) favorece a distribuição de pressão no períneo. Se escolher parir deitada de lado, isso também reduz muito a pressão no períneo. Deitada de costas, totalmente na horizontal, é a posição para parir em que há mais chances de se provocar lacerações e necessidade de episiotomia.

Fonte: http://pregnancy.about.com/library/weekly/aa103199.htm via Humpar via, consequentemente

As fontes de ácido fólico, cálcio e ferro

Finalmente temos informação suficiente sobre o que comer para obter o máximo de ácido fólico durante a gestação. Curiosamente, nenhum médico me soube informar sobre isto, será que na faculdade não aprendem nada sobre alimentação e saúde?


As fontes de ácido fólico:

- Germem de trigo;
- Vegetais de flhas verdes crus ou ligeiramente cozinhados (cuidado com a lavagem correcta dos alimentos crus por causa da toxoplasmose - os espinafres interferem com a absorção de cálcio)
- levedura de cerveja (interfere com a absorção do cálcio);
- extratos de leveduras;
- nozes;
- ervilhas;
- laranjas;
- tâmaras;
- abacates;
- cereais integrais (não é daqueles de pequeno almoço :) é arroz, aveia, centeio etc... integral)

As fontes de Cálcio:
Uma falta de cálcio pode levar a caimbras, dores de costas, alta tensão arterial, dores de parto e pós-parto intensas, osteoporose, problemas dentários e eclampsia.

A assimilação do cálcio depende do exercício físico, stress, acidez durante a digestão, e da disponibilidade de vitaminas A, C, e especialmente D, magnésio e fósforo, na dieta e no corpo.

Obter as 1000-2000 mg que precisas diariamente não é muito difícil com a ajudas dos alimentos certos:
- as algas (especialmente o kelp);
- sésamo, que é melhor assimilado moído ou em tahin;
- vegetais de folha verde escura (ex. acelga ou couve portuguesa),
- a maioria das verduras selvagens são abundantes em cálcio (ex. malvas, bistorta, urtiga); a folha do amaranto e o dente-de-leão têm ambos mais cálcio por 100g do que o leite.
- melaço de cana
- frutos secos (ex. nozes, avelãs).
- muitos frutos também são ricos (ex. figos, tâmaras papaia, passas, ameixas e as bagas de sabugueiro).
- nozes
- feijões de soja fermentados/ miso
- figos secos

Casca de ovo demolhada em vinagre de cidra, liberta o seu cálcio no vinagre. Uma colher de sopa cheia diluída em água fornece cálcio e é boa para enjoos matinais.

A infusão de folhas de framboesa, contem cálcio na sua forma mais facilmente assimilável. Além do mais a sua assimilação é facilitada pela presença de fósforo e vitaminas A e C nas folhas.

Salsa fresca e agrião são boas fontes de muitos minerais incluindo cálcio, fósforo e vitaminas A e C.

Quanto mais elevada a acidificação do organismo, maior a descalcificação. Assim sendo deve-se evitar os alimentos transformados (fast food).

Outros almentos acidificantes: carne, peixe, moluscos e vivalves, ovos, queijos, lentilhas, cebola, castanha-do-pará, amendoins, nozes, pão, todos os tipos de cereais, farinhas e massas, mandioca, cacau.

Curiosamente, e ao contrário do que diria o senso comum, as frutas e mesmo as frutas mais ácidas, são alcalinizantes e não acidificantes do organismo.Para que se consiga mater o PH do organismo equilibrado, pode-se inserir na alimentação alimentos alcalinizantes como a fruta, todos os vegetais, mel, melaço, natas e todos os tipos de leite,

As fontes de ferro:
- nozes
- legumes
- cereais
- frutos secos
- melaço
- vegetais de folha verde
- algas


A vitamina C facilita a absorção do ferro.
O chá, café, excesso de farelos e fosfatos impedem-na.

Se a quantidade de hemoglobina nas análises é inferior a 12 g/dL considera-se que há uma deficiência em ferro.
Evitar os suplementos de ferro na forma de sulfatos ou óxidos de ferro, que são mal absorvidos, provocando mudanças nas fezes (ficam mais escuras e duras), ao contrário do gluconato de ferro mais absorvíveis.
Comer em grande quantidade ervas como urtiga, fel-da-terra, dente-de-leão (raiz) e kelp (uma alga). No entanto a melhor fonte é a carne vermelha.
Há quem defenda que a interrupção da menstruação durante a gestação compense a necessidade extra de ferro.

Fontes:
- The vegan Society, Guia prático de Veganismo durante a gravidez e a infância, tradução e adaptação de Edições Frenéticas, 2002
- http://consequentemente.wordpress.com/2008/09/11/alimentos-acidificantes-e-alcalinizantes/#comments

Bionade


Bionade é um refrigerante biológico não alcoólico ideal para quem procura uma alimentação equilibrada e natural mas quer refrescar os dias quentes!!

É mesmo muito bom

vende-se na Biocoop, Projecto 270 e ....

Resumo do encontro Trocal dedicado à gestação e 1ª infância

Bem sei o quanto é difícil fazer resumos de sentimentos e emoções e é verdade que o encontro de Sábado (23 de Maio) foi essencialmente partilha de sentimentos, bem temperados com sonhos, desejos, conhecimentos e, claro, os medos desta aventura da gestação e da parentalidade.

O encontro do Trocal dedicado às mães, pais, avós e tod@s @s amig@s das crianças, foi um foi um dos momentos mais felizes da minha gravidez e para isso muito contribuiram a Sara, a Violeta, a Gaia e o Sana que passaram o dia alegremente em convívio e me fizeram ver que quanto mais simples a vida de um bebé, mais feliz.

Muitos são os pontos de reflexão que tenho para amadurecer:

Gestação:
- Massagem do períneo com óleo de germem de trigo
- Alimentação na gravidez: os chás;

Parto:

- Plano de parto
- Parto hositalar versus parto domiciliário;

Pós parto e 1ª infância:

- Massagem dos bebés;
- Vantagens do contscto do bebé com o ventre materno - o pano;
- Banho do bebé no pós parto - Recomendação da OMS é para ser, no mínimo, 6 horas depois;
- Partilha da cama;
- Amamentação (http://consequentemente.wordpress.com/)
- Vacinação antes dos 2 anos e meio não!
- Alimentação macrobiótica na 1ª infãncia

- Higiene natural:

- A utilização dos creme para as assaduras das fraldas e a exposição ao zinco;
- Limpar a casa com produtos naturais evitando a exposição a produtos toxicos;
- O plástico, PVC - derivados de petróleo e os ftalatos - crianças submetidas aos produtos toxicos do plástico desde os 1º´s 5 minutos de vida;
- Mobiliário novo e os formaldeídos;
- As diversas utilizações do leite materno;
- A utilização da lã de cura;
- Bebés sem fraldas: benefícios e técnicas;


Tudo isto vai-e dar muito que pensar, pequsar, conversar. Temos que fazer mais encontros para aprofundar estas coisas.

Fotos dos trocais aqui

Lista de discussão: http://mail.trocal.pegada.net/mailman/listinfo/maesepais_trocal.pegada.net

Contacto: Maesepais@trocal.pegada.net

Até breve

Os cursos de preparação para o parto e a lei

Informação muito importante da amiga M:

" As/os grávidas/os têm direito a dispensa de serviço para frequência de cursos de preparação para o parto, se for preciso, ver ponto 4 do artigo 46º da Lei 7/2009 Código do trabalho".

Actualização de informação pela Doula Sofia Carvalho:

As grávidas têm dispensa para consultas e preparação para o parto (mesmo assim, agora com a nova legislação é preciso provar que não existe possibilidade de as mesmas ocorrerem em horário pós-laboral) mas os grávidos pais apenas têm direito a 3 dispensas... É pena mas infelizmente é assim...

Vejam aqui:


Dispensa para consulta pré -natal
1 — A trabalhadora grávida tem direito a dispensa do trabalho para consultas pré - natais, pelo tempo e número de vezes necessários.
2 — A trabalhadora deve, sempre que possível, comparecer a consulta pré -natal fora do horário de trabalho.
3 — Sempre que a consulta pré - natal só seja possível durante o horário de trabalho, o empregador pode exigir à trabalhadora a apresentação de prova desta circunstância e da realização da consulta ou declaração dos mesmos factos.
4 — Para efeito dos números anteriores, a preparação para o parto é equiparada a consulta pré - natal.
5 — O pai tem direito a três dispensas do trabalho para acompanhar a trabalhadora às consultas pré - natais.
6 — Constitui contra - ordenação grave a violação do disposto neste artigo.


PORTUGAL. Assembleia da república (12 de Fevereiro 2009). Decreto - Lei n.º 7/2009: Revisão do Código do Trabalho. Diário da República, 1.ª série — N.º 30. 926-1029

A Sofia deixa-nos também o link para a página da CITE (comissão para a igualdade no trabalho e no emprego) que tem um número verde para onde podem ligar sempre que tiverem dúvidas relacionadas com as questões de legislação Maternidade/Paternidade.

http://www.cite.gov.pt/index.html

Obrigada Marta e Sofia

Conferência Cuidar de Nós, Cuidar o Nosso Filho, 3 de Junho/ Aula Magna Lisboa/ Programa Actualizado

A conferência Cuidar de Nós, Cuidar o Nosso Filho vai-se realizar, conforme o previsto a 3 de Junho no Salão Nobre da Reitoria da Universidade de Lisboa.

Além dos conferencistas anunciados teremos o prazer de contar com o professor Daniel Sampaio, que nos falará sobre o papel dos avós na gravidez e nos cuidados ao bebé.

O encontro iniciará às 09h00 e terminará às 17h00 conforme horário anexo.

Poderão assistir a todo o encontro ou apenas às comunicações que mais vos interessem.

Temas:

- Cuidados ao bebé recém-nascido
- Os avós na gravidez e os cuidados ao bebé
- Primeiros soccorros na infância
- Emoções no pós-parto
- Prevenção de acidentes nos primeiros anos de vida
- Relação e sexualiade do casal na gravidez e no pós-parto

A Alameda da Universidade fica junto ao jardim do Campo Grande, em Lisboa. Para quem conheça a Aula Magna, o Salão Nobre é junto à Aula Magna.

Seguindo na segunda circular, sair no campo grande, em direcção ao centro.

Seguir em frente pela faixa mais à direita

Encontrará o relvado da Alameda da Universidade à sua direita, cortar à direita.

A conferência é no edifício central no topo do relvado. A entrada é no centro desse edifício.

O estacionamento pela manhã não é complicado, já a partir das 10h00 pode ser mais difícil encontrar um lugar gratuito para estacionar. Existem no entanto dois parques de estacionamento pagos.

Morada:

Alameda da Universidade
Cidade Universitária
1649 - 004 Lisboa

Telefone

· +351 217 967 624

· +351 210 113 400

Transportes

Metro

Cidade Universitária (Linha Amarela)

Autocarros

Carris

31 - 35 - 738 - 768

Gravidez e chá

Durante toda a gravidez ouvi dizer que não poda beber chás e influsões. Agora que estou no 3º trimestre e em pleno calor, descubro finamente quais os chás que podia ter bebido. Aqui ficam alguns exemplo:

Kukicha também conhecido por três anos
Óptimo sabor, bom para o sistema digestivo e uma fonte de cálcio (três vezes mais do que o leite);


Chá de folha de Franboeseira
- apenas a partir do segundo trimestre de gravidez
Rubus spp é um dos mais seguros tónicos uterinos para a gravidez. Contém fragrina, um alcalóide que dá tónus aos músculos pélvicos, incluindo os uterinos.
Tem uma boa concentração de vitamina C, precursores de vitamina E e cálcio e ferro numa forma fácil de absorver. As folhas de framboeseira também contêm vitaminas A e do complexo B e muitos minerais, incluindo fósforo e potássio.

Benefícios:
• aumenta a fertilidade nos homens e mulheres, quando combinado com o trevo vermelho.
• pode ajudar a prevenir abortos e hemorragias pois dá tónus ao útero.
• ameniza os enjoos matinais.
• alivia a dor durante o trabalho de parto e depois do nascimento.
• tonifica os músculos usados para garantir uma recuperação rápida (no entanto, não actua contra as dores da dilatação do cérvix).
• torna o parto mais rápido e seguro, encorajando o útero a deixar ir e funcionar sem tensão.
• não fortalece as contracções mas permite ao útero funcionar de forma mais eficaz fazendo o parto mais fácil e rápido.
• ajuda à saída da placenta quando combinada com Hera-terrestre (Glechoma hederacea) ou Angélica (Angelica archangelica).
• auxilia a produção de leite materno - o seu alto teor de minerais ajuda a produção de leite, apesar de a sua adstringência poder ter o efeito contrário em algumas mulheres.

Chá de Urtiga


Urtica dioica é um dos melhores e mais nutritivos tónicos conhecidos. A urtiga é reputada por ter mais clorofila do que qualquer outra erva. A lista de vitaminas e minerais que contem inclui quase todas as que se sabe serem necessárias para a saúde e crescimento humano. É particularmente abundante em vitamina A, C, D e K, cálcio, potássio, fósforo, ferro e enxofre.

Benefícios:
• ajuda os rins no seu trabalho de limpar 150% do sangue da mulher durante a gravidez - a capacidade que a urtiga tem de os nutrir e fortalecer é de grande importância; qualquer acumulação de minerais nos rins, como gravilha e pedras, é suavemente amolecido, dissolvido e eliminado pelo uso consistente de infusões de urtiga.
• aumenta a fertilidade no homem e na mulher
• nutre a mãe e o feto
• ameniza caimbras nas pernas e espasmos noutros músculos
• diminui a dor durante e depois do parto - o seu alto teor de cálcio ajuda a diminuir a dor nos músculos uterinos, nas pernas e noutros sítios.
• previne as hemorragias depois do parto com o seu óptimo teor em vitamina K e aumenta a disponibilidade de hemoglobina - sumo fresco de urtiga, servido em colheres de chá abranda o sangramento abundante depois do parto.
• reduz as hemorróidas - a suave adstringência e a sua acção nutritiva é vaso-constritora e fortalece os vasos sanguíneos, ajudando a manter a elasticidade arterial, e a resistência das veias.
• aumenta a qualidade e quantidade do leite materno.

Chá de gengibre
É aconselhado nos enjoos e dores de cabeça
utilizar gemgibre fresco.
Eu prefiro utilizar pequenas tiras de raiz de gengibre do que raspar a mesma.
O resultado final é picante, por isso, o melhor é experimentar com uma pequena quantidade e ir ajustando consoante o gosto.

Chá de funcho
Tomar ao acordar
É bom para combater enjoos, azia e flatulência.
A partir da 40ª semana de gravidez este chá favorece o aleitamento.


Fontes:
- http://consequentemente.wordpress.com

Chá da Naoli



a famosa receita para um bom parto...

Ferver 1 litro de água ao qual se agregam, durante 15 minutos, os seguintes ingredientes:

  • 2-3 paus de canela
  • Pedaço de chocolate tão puro quanto possível
  • 5-10 bolas de pimenta negra inteira
  • 3 folhas de abacate, secas ou frescas.
  • 1-2 ramos de rosmaninho, de preferência fresco mas pode ser seco
  • Açúcar mascavado, ou mel para juntar antes de beber
Ingredientes opcionais para aumentar o efeito das contracções:
  • Gengibre fresco
  • 1-2 colheres pequenas de paprica em pó
  • Meia colher de óregãos, tomilho, mangericão
  • 6-8 folhas frescas ou secas de Zoapatle (montanoa tomentosa) ou 1 colher de tintura de zoalpate em brandy

Beber este chá generosamente durante o trabalho de parto para aquecer, estimular, relaxar e energizar o corpo. A parteira, doula e companheiro podem beber o chá sem os ingredientes opcionais.
Este chá pode ser bebido para indução do trabalho de parto quando a gestação se aproxima das 42 semanas.


Tradução livre por Want a Miracle.
Fonte http://www.nacimientonatural.com/Naoli-Vinaver/Recetas-y-Recomendaciones.html
via:
" Para mudar o mundo é preciso mudar a forma de nascer": Chá da Naoli

No mesmo site encontram uma sugetsiva receita de Banho de recuperação pós parto

" Para mudar o mundo é preciso mudar a forma de nascer": Chá da Naoli

Relatos de experiências de parto

Ja havia dito que chegamos ao momento de pensar, imaginar e sentir o parto. Para isso, temo-nos socorrido de leituras, vídeos, conversas e relatos.

Hoje foi o dia dos relatos de parto na net. Acabo de encontrar o grupo Brasileiro de Apoio à Maternidade Activa, onde se podem encontrar imensos relatos de parto. De todo o tipo, bsta escolher :)

Os relatos a ujudam a desmistificar muita coisa como o facto de "ser necessário fazer a eposiotomia", "bebés sentados ou com o cordão umbilical enrolado no pescoço tem que nascer de cesariana" etc..

Relatos de Experiências

As histórias vividas por outras mulheres podem servir de grande inspiração para muitas outras. Pensando nisso o GAMA selecionou alguns relatos de mulheres que estiveram próximas a nós de alguma forma, quer virtualmente, quer nas listas de discussão, quer pessoalmente através da nossa assistência direta.

PARTO NORMAL HOSPITALAR

* Patricia Carvalho NOVO
* Camila Gentile (parto natural) NOVO
* Adriana Cerqueira Malteze (I - complicado, com bebê na UTI)
* Adriana Cerqueira Malteze (II - Tão rápido que nem a enfermeira presenciou)
* Andrea Carvalho (Parto Pélvico, bebê com síndrome de Prader-Willi)
* Andréia Gebrael Sobreira (segundo parto normal)
* Áurea Gil - parto normal com plantonista em hospital de convênio
* Daniela Buono (Parto Natural)
* Debora Regina Diniz (Parto Pélvico, ou seja, sentado)
* Fabíola Glenia Paschoal (Parto Natural tranquilo)
* Fernanda C. Poletto Oliveira (Parto Normal com indução)
* Joseli Alves (Parto Normal após indução)
* Léa Lopes - parto natural depois de várias trocas de médicos
* Patricia Scano - parto natural, enfrentando os medos
* Raquel Hönig (Parto Natural após troca de médico no final da gravidez)
* Roberta Marcinkowski (bolsa rompida há algum tempo e mecônio)
* Suzana Sóos (primeiro bebê, chegou no hospital com dilatação total)

CESÁREA

* Maria Celia Tanus Barletta (cesárea e VBAC) NOVO
* Andrea Fangel (Cesárea após tentativa de Parto Normal depois de duas cesáreas)
* Adriana Ortega (Cesárea porque a bolsa rompeu)
* Isa Mascheretti (Cesárea humanizada)
* Cíntia Suguino (Cesárea depois de tentativa de indução)

PARTO DOMICILIAR

* Fernanda Passos (primeiro bebê) NOVO
* Éllade França (primeiro parto) NOVO
* Éllade França (segundo parto) NOVO
* Denise Gonzalez (com depoimento também do pai)
* Denise Gonzalez Haendchen (segundo parto) NOVO
* Mariana Betioli (1º parto, casal jovem)
* César Betioli (ponto de vista do pai)
* Cesar Betioli (escrito pelo pai, 2º parto, s/ assistência) NOVO
* Debora Regina Diniz (2º parto, parto no chuveiro)
* Virginia Cristina Fabi Brandi (segundo filho)
* Lucymara Apostolico (parto com parteira profissional)
* Juty Chen (1º parto, aos 35 anos)
* Márcia Baltazar (1º parto, com parteira)
* Ana Paula Caldas Machado (parto normal depois de cesárea, com parteira)
* Fernando Ramos (ponto de vista do pai)
* Relze Fernandes (parto com tombos, gritos e sorvete)
* Ana Thomaz (parto normal depois de cesárea, com parteira)
* Meire Shiraishi II (parto sozinha com o marido)
* Rosana Araújo (Parto em casa depois de duas cesáreas)
* Márcia H. Golz (Parto Domiciliar depois de cesárea)


PARTO NORMAL DEPOIS DE CESÁREA (PNAC ou VBAC)

* Katia Zeny (parto normal após 2 cesáreas) NOVO
* Priscila Teixeira (parto normal após 2 cesáreas) NOVO
* Maria Celia Tanus Barletta (cesárea + parto normal) NOVO
* Maria Fernana Zipinotti (parto normal após 2 cesáreas) NOVO
* Crystiane Galante (parto normal após 3 cesáreas) NOVO
* Meire Shiraishi I (42 semanas e 3 dias de gestação)
* Meire Shiraishi II (parto sozinha com o marido em casa)
* Ana Paula Caldas Machado (parto normal depois de cesárea, com parteira)
* Fernando Ramos (ponto de vista do pai)
* Ana Thomaz (parto normal depois de cesárea, com parteira)
* Rosana Araújo (Parto em casa depois de duas cesáreas)
* Márcia H. Golz (Parto Domiciliar depois de cesárea)

PARTO EM CASA DE PARTO

* Priscila Ferri

Uma experiência de parto domiciliar por Maria João Pereira

(A Maria João é a autora do Blog http://www.moyinha.blogspot.com/)

Olá,

Voltei, já-mamã, a pedido de uma amiga [Wink]
Não tenho que explicar nada a ninguém mas foi-me pedido que partilhasse a minha experiência pois pode abrir lugar a debates construtivos e a desmistificação de ideias erroneamente pré-concebidas.
Pensei bastante se devia começar um novo tópico, porque disse que não escreveria mais neste mas depois de matutar, achei que era um bom remate, visto que fui eu que o comecei [Wink]

Se virem o primeiro post deste tópico, peço informações sobre os procedimentos nos Lusíadas, até agora no segredo dos Deuses, visto que fui lá seguida toda a gravidez, pelo Dr. Pedro Martins, um AMOR de médico!
O que se passou foi que apesar de termos podido falar de tudo com o nosso médico e de lhe termos entregue o plano de parto - que ele leu e disse que seria respeitado, se tudo decorresse normalmente - ele nos mandou discutí-lo com a Enfª Chefe do bloco para polir detalhes mais técnicos. Ora no geral a Sra. Enfª apesar de ser uma simpatia, estava mal informada sobre uns assuntos, foi preconceituosa em relação a outros e remeteu os restantes para o médico que me assistisse na altura.
Assim, fiquei com a certeza que "todos fariam o melhor" para que nós tivessemos uma experiência gratificante, mas vi que o meu plano não ia ser oficialmente aceite e que o pessoal de saúde ia andar a fazer "ping-pong" com o plano de parto até eu me fartar ou a minha Joana nascer.

Segundo o Dr. PM, iria fazer de tudo para que as nossas escolhas fossem respeitadas na altura, consoante o desenrolar do parto, mas o facto de não existir uma "oficialização" desse compromisso, fez-nos ponderar pela primeira vez a hipótese do parto domiciliar. Quanto mais liamos e sabíamos sobre esta opção, mais ela fazia sentido para nós. Falámos com vários casais que também tiveram esta experiência, a quem agradecemos do fundo do coração pela amizade, e então já o parto hospitalar nos parecia "fora do normal" e uma opção de último recurso.

Reunimo-nos com uma Enfª Especialista em Saúde Materna e Obstétrica com mais de uma década de trabalho hospitalar e vários anos de prática domiciliar e expusemos o nosso quadro clínico e o plano de parto. Visto que não íamos poder ter a experiência que desejávamos e não tínhamos garantidas as condições para um parto "seguro" no hospital (porque a partir do momento em que nos começam a medicalizar e instrumentalizar, é uma bola de neve que desencadeia a necessidade de mais intervenções) decidimos explorar a hipótese do parto domiciliar.

Até ao último momento, mantive em aberto a hipótese de ir para o hospital caso fosse necessário (i.e., se não me sentisse confortável com algo ou a parteira achasse que era o melhor) mas à medida que íamos tendo mais informação sobre os riscos e benefícios, mais convencidos ficávamos que era a melhor decisão a tomar. Graças a Deus que existem hospitais para quando há complicações, mas o parto é um processo fisiológico que se for respeitado é do mais simples que há (eu escrevi SIMPLES, não INDOLOR [BigGrin] )

Com grandes remorsos, porque sempre o adorámos, deixei de ir às consultas do Dr. PM às 39 semanas, passando a ser seguida em casa, pela nossa parteira: ela trazia o aparelho de CTG (tenho os registos de papel de recordação), o doppler e fazia o teste da urina com o papelinho das cores. Gostei muito de ser seguida por ela também (houve períodos em que era seguida pelo Dr. PM e por ela), porque nos mostrou como palpar a barriga para saber ver a posição da Joana [Smile] , algo que nunca nos foi explicado no hospital, mesmo com a eco.

Às 40 semanas (ironicamente num dia em que o Dr. PM não estava no hospital, ou seja, em que teria que ser assistida por outro médico caso lá tivesse ido parar), precisamente à meia-noite, a gravidez de baixo risco e vivida em pleno por nós estava a chegar ao fim!

00h00. Comecei a perder líquido: primeiro parecia urina incolor, uma colher, mas depois o líquido tornou-se de um rosado leve e a dúvida que o meu inconsciente repetia, tornou-se em certeza: tinha chegado a hora! Chamei o meu marido e beijámo-nos entre sorrisos [Smile]
Ligámos logo à Doula e à Parteira, nossas amigas e companheiras desta viagem, que me recomendaram que descansasse o mais possível para guardar forças para depois. Assim fiz.

00h30. As contracções começaram com duração e frequência inconstante mas consegui dormitar entre elas.

2h30. Acordei com uma contracção mais forte. Já não me apetecia estar deitada pois as contracções pareciam mais intensas nesta posição. Levantei-me e fui imprimir o plano de parto (já conhecido de todos, mas pronto) e escrever um aviso para colocar no patamar. Fui tomar um duche morno para acalmar as contracções e tentar dormir mais um pouco. O meu marido veio ter comigo e insistia que eu devia ir deitar-me "para guardar forças" mas nessa altura já não conseguia estar deitada. O meu corpo dizia-me que o t.p. já estava bem estabelecido (tive que ir ao wc 3 vezes em 10 minutos, para a necessidade nº2, LOL) mas nós continuávamos a pensar que ainda faltava muito.
Voltámos para a cama... Por pouco tempo.

4h. Já não conseguia estar deitada, mesmo de lado. Levantei-me e comecei a preparar o local onde a nossa filha iria nascer. O meu marido ajudou-me a colocar a piscina de parto e o material necessário, e servia de intermediário entre mim e a Doula e a Parteira ao telefone. Vinham quando quiséssemos mas assim que deixei de ter vontade de falar, perceberam que estava a entrar na fase crítica! Quando vinha a contracção só estava bem inclinada para a frente ou de quatro.

6h00. Elas chegaram. Como anjos da guarda. Guardiãs do nosso parto. Eu deambulava pela sala, as contracções só me deixavam deitar ou sentar por breves momentos. A Doula massajava-me as costas na zona dos rins e às vezes, as ancas, o que me trouxe bastante alívio durante as contracções.O uso de sacos de gel ou de sementes quentinhos nos rins eram uma maravilha! Enquanto isso, a Parteira e o meu marido enchiam a piscina. Só me apetecia entrar, mas tive que esperar estar mais cheia!

7h00. Entrei para a piscina. O alívio foi imediato e ainda consegui estar de barriga para cima por alguns momentos, mas a água acelerou o processo e apesar de maior alívio, também tornou as contracções mais eficientes: o ritmo e intensidade aumentaram. Nessas horas, em que perdi a noção do tempo, já nada importava a não ser ter o meu marido frente-a-frente e visualizar o processo de nascimento na minha cabeça: o colo a abrir, a cabeça da Joana a descer, a rodar, a sair... De joelhos na piscina e apoiada na sua borda, deitavam-me água morna pelas costas, o que me sabia muito bem. As contracções estavam mais intensas e prolongadas e lembro-me da preparação para o parto: "quando chegarem àquele momento em que pensam que já não aguentam mais, é porque estão mesmo quase!". Apeteceu-me gritar que já não aguentava mais, mas pensei: "e se depois me dizem que ainda falta muito? Não vou aguentar..." E então voltei à "partolândia" e comecei a falar com a nossa filha, pedindo-lhe ajuda para sair e acalmando-a.

Durante as 3h antes do nascimento auscultou-se o seu ritmo cardíaco várias vezes com o doppler e estava tudo ok. Nessa altura só pensava: bolas, se eu estivesse no hospital, não conseguiria fazer o que estou a fazer aqui: relaxar, gritar, e principalmente não estar deitada por estar ligada ao CTG! Não consigo imaginar ter que passar por tudo isto de costas assentes numa cama, porque, pelo menos para mim, as dores aumentavam exponencialmente!

8h30. E aí a água começou a ficar quente... quente demais! (apesar de na realidade ninguém a estar a aquecer). Num gesto, rejeitei a água morna que me despejavam por cima, e sem uma palavra sequer, a Doula percebeu e começou a colocar toalhas embebidas em água fria nas minhas costas: o alívio foi imediato. Passadas algumas contracções, comecei a sentir vontade de fazer força e então muni-me dela e rugi! E rugi! E senti o que a Parteira chamou o "anel de fogo", um ardor circular no períneo. Algumas contracções mais tarde e ouvi dizerem: "ena, tanto cabelo!!!". E num ápice, a cabeça saiu. Senti movimento e pensei estarem a apará-la, mas quando olhei para trás, não estava ninguém! Que sensação maravilhosa saber que era a minha pequenina que se movia para mim! Duas contracções depois e o resto do corpo seguiu a cabeça. Ouvi: "então?pega na tua filha!". Virei-me e sentei-me, segurando no meu raio de sol às 9h00, 9 horas depois de ter entrado em t.p. (e meia-hora depois de começar a gritar a plenos pulmões: não era só a dor, que admito que foi algo intensa, mas nada que não se aguentasse, especialmente com o apoio que tive, mas a vontade de fazer força: os gritos ajudaram-me a concentrar e a fazer força)...

9h00. O pai saltou para dentro da piscina e abraçou-nos. Ela olhou para nós como que ainda confusa sobre o processo passado, mas de olhos bem abertos, calma e alerta! 3,340Kg de gente! Eu só repetia: "já está! não acredito que a tenho nos braços!! é MINHA!"

Esperou-se que o cordão parasse de pulsar e o pai cortou-o. Dei imediatamente de mamar, o que estimulou as contracções para a expulsão da placenta, muito menos dolorosas que as do parto. E só 1/2h depois, a minha filha de Apgar 10 ao primeiro minuto chorou (por sair do meu colo para o do papá, hehe). E 6 horas depois, a placenta nasceu, sem recurso a qualquer fármaco. Uns pontos depois, no conforto da minha cama e sim, com recurso a uma anestesia local, a minha filha e eu fizemos uma merecida sesta! A primeira de muitas!

Resta apenas dizer "obrigada". À minha filha, que esperou até estarmos "maduros" para vir ter connosco e por partilhar este percurso comigo; ao meu marido, que sempre me apoiou e me deu o incentivo que precisei para acreditar em mim; à minha Doula - Catarina Pardal, que me tratou como a uma irmã, filha, mãe, amiga... e me acompanhou desde antes da Joana sequer existir; e à minha Parteira - Ana Ramos, que se manteve vigilante mas silenciosa, encorajando-me sem me dirigir, para que eu pudesse fazer o que o meu corpo já sabia de forma inata.

Foi um parto. Não digo "natural", "humanizado" ou outro adjectivo qualquer. Nada pode descrever ou rotular a experiência que nos foi permitido viver. Foi:
- sem data marcada: a Joana é que escolheu nascer
- sem toques: não havia pressa para apanhar o comboio
- sem amniotomia: as águas rebentaram quando a cabeça nasceu
- sem drogas: estivemos sempre conscientes e alerta: a dor ajudou-me a posicionar o corpo para um parto rápido
- sempre com o meu marido: o meu pilar
- sem gritos que não fossem os meus
- sem palavras que não fossem de encorajamento
- sem agulhas (pronto, só uma, depois da placenta nascer, para a anestesia local e para os 4 pontos que levei)
- sem separações abruptas ou indesejadas
- com MUITO AMOR e CONFIANÇA

Tenho a agradecer também ao pessoal dos Lusíadas, que me recebeu de braços abertos quando lá fui mostrar a Joana e marcar a consulta do pós-parto (apesar da parteira também ma ter feito!).

Gostaria também de agradecer à jornalista da SIC, Manuela Vicêncio, pela bela (embora curta) reportagem "9 meses depois", em que a nossa Joaninha é uma das estrelas [BigGrin] Para quem não viu: http://sic.aeiou.pt/online/video/informacao/Reportagem+SIC/2009/5/9-meses-depois.htm
Quanto mais se falar neste tema, mais mitos se vão desvanecer. E tal só pode ser bom, seja para partos hospitalares, domiciliares ou nas futuras casas de parto ou espaços que surjam: Haja informação para as pessoas poderem escolher em consciência!

Um grande abraço a todas as futuras e já-mamãs,
moya (Mª João Pereira)




Fonte: http://foruns.pinkblue.com/Topic104224-9-8.aspx#bm1739343